“Eu, porém, olharei
no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Miquéias 7:7)
A CORRUPÇÃO SOCIAL (versos 1-6)
Entendemos
em Miquéias que quando a corrupção envolve toda sociedade, eis que o mal chega
com todo poder e toma todo ambiente, assim como uma batata podre começa a
deteriorar as outras. Então, o profeta diz que foi à procura daquele que
parecia ser mais piedoso, mas o que ele achou foi como estivesse entrando num
espinheiro. Não é exatamente isso o que está ocorrendo em nossos dias? Claro,
podemos ainda achar pessoas piedosas, homens fieis, justos e santos no viver.
Mas o fato é que a cada dia os fieis e sinceros santos de Deus estão
desaparecendo da face da terra. O cristianismo hoje não pode ser comparado a
uma árvore frutífera, mas sim a uma árvore que só produz espinhos e abrolhos.
Nos dias de
Miquéias e Isaías a religião judaica só produzia frutos amargos (Isaías 5). Nos
dias de hoje vemos esses resultados tão desastrosos. Quando a religião não
resulta em homens e mulheres santos e justos, eis que a religião passa a ser a
maior calamidade que existe; funcionará como uma máquina mortífera. Em nossos
dias elementos gananciosos encheram as igrejas; homens perigosos tomaram os
púlpitos e escândalos e mais escândalos acontecem. Lembro-me de ter chegado
numa casa para entregar um folheto evangelístico para um casal, mas eles
rejeitaram abruptamente, porque frequentaram uma igreja “evangélica” onde os “pastores”
só curtiam malícias e maldades contra aqueles que ali frequentavam. Por essa
razão aquele casal não tinha qualquer interesse pela verdade que queria mostrar
acerca da salvação bíblica.
Além disso,
o profeta vai à procura de alguém que parece ser mais reto, mas o que ele percebe
é que é como “sebe de espinho”. Não é triste isso? “Sebe” era um tipo de tapume
feito com vegetal para proteger a entrada em terras cultivadas. Mas a sebe na
linguagem de Miquéias era feita de espinhos. A linguagem figurada mostra o que
acontece com os que parecem ser os mais retos, é que eles se tornam
impenetráveis. Parecem ser tão espirituais, mas realmente não são, porque
demostram egoísmo e não valentia; mostram o quanto não querem confronto com a
verdade e nem qualquer disposição para servir. A verdadeira santidade nos faz
atirar na sociedade, a fim de que possamos brilhar por Cristo. Os crentes são
as pessoas de extrema utilidade neste mundo, mas na apostasia tais elementos
desaparecem.
Então, nessa
situação tão drástica, eis que surge a necessidade de juízo. Sabemos que quando
o mal prevalece na terra, eis que o Senhor se manifesta em sua ira a fim de
lidar com severos castigos contra os homens. Sempre Deus agiu assim neste
mundo. A presença de homens e mulheres em abundância é sinal de que Deus está
agindo em misericórdia. Quando isso não ocorre, eis que Deus manda seus
profetas o quais chegam para trazer um prenúncio de juízo. Foi assim com Jonas
em Nínive, onde anunciou que Deus iria castigar a cidade inteira, caso não se
arrependesse de suas obras perversas (Jonas 4).
Neste caso
eles aparecem como “sentinelas”. Não é exatamente isso o que ocorre em nossos
dias? Não um clamor por homens profetas? Não há necessidade que Deus envie sua
compaixão do céu sobre este mundo? Os verdadeiros crentes ficaram confinados;
muitos têm medo de agir; muitos desconfiam de Deus; muitos acreditam no íntimo
que Deus simplesmente se afastou; muitos se atiram às maldades e mentiras da
época, assim como Demas que abandonou Paulo porque amou o presente século. Não
é um momento adequado para que todos os santos de Deus venham a firmar sua fé
no Senhor, o Deus da Bíblia?
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