Salmo
126
IMEDIATA MUDANÇA:
oração.
O que vimos no início desse Salmo foi o
testemunho que a igreja dá e a fé de cada crente espera do Senhor enquanto os
salvos prosseguem rumo à Nova Jerusalém. Até o verso 3 é louvor, adoração,
porque a vida cristã é assim enquanto os santos estiverem neste mundo. Hoje
estamos lá em cima, desfrutando de bênçãos, alegria, com a luz da graça
irradiando nosso caminho e os inimigos recuando ante o poder do Senhor. Mas
noutro dia tudo mundo porque descemos aos vales para sentir de perto o cheiro e
a atração do mundo; descemos para lugares escuros e perigosos e sentimos muitas
vezes que parece que Deus não está presente. Todos os verdadeiros santos já
enfrentaram esses momentos. A prisão e a longa espera por justiça pode ter sido
para José motivo de tristeza, saudades e até mesmo de desistência da vida aqui.
Será que os santos de hoje são
diferentes? Claro que não! O mundo é o mesmo e até mesmo mais sofisticado em
suas armadilhas. O ódio acerbo do inimigo sobe como fogo do abismo para
destruir todos quantos lhe opuserem. Além disso, os santos passam por
inesperadas provações para anular o louvor, frustrar nossa alegria, findar
nossas esperanças e destruir tudo o que amamos aqui. Não há sossego na jornada,
a não ser quando o Senhor manda que paremos e busquemos um lugar como Elim,
onde há sombras e águas cristalinas (Números 33). Mas não há como fixar
residência aqui; não há como saudar este mundo como sendo nosso lugar permanente.
Fomos chamados para a glória, ainda não recebemos nosso galardão, a nossa cruz
precisa ser carregada e o mundo não perdeu seu ódio insano contra os seguidores
do Cordeiro.
O que fazer nesses momentos? Agora a
nossa fé precisa entrar em ação, mas não para desesperar-se e tentar mundo o
rumo deste sistema mundano. Os santos não prevalecem aqui sem Deus: “...sem mim
nada podeis fazer”, conforme as palavras do nosso Senhor. Não tentemos estender
nossas mãos para os mundanos, pois não há como associar nem mesmo com a
religião deles. Os homens no pecado permanecerão como sempre inimigos do Senhor
e impróprios para o culto a Deus. Não fomos chamados para cantar os louvores
dos deuses da nova era, pois eles não passam de ser os mesmos do passado, os
quais foram erguidos pelo pai da mentira, a fim de enganar os incautos. Nossa
pátria está no céu; nossa família habita lá; o trono de glória está lá e toda
inimizade erguida pelo pecado ali não pode entrar.
Então, o que os santos devem fazer
nesses momentos difíceis? Eis que de repente o louvor do Salmo 126 é
transformado em oração, súplica e rogos perante o Senhor: “Restaura, Senhor, a
nossa sorte, como as torrentes no Neguebe” (verso 4). Agora sim, tudo começa a
mudar quando os santos começam a voltar para Deus em oração! Todo problema dos
crentes está no fato que atualmente querem resolver as dificuldades sem
humilhação e oração. Quando isso acontece, eis que o Senhor deixa que soframos
nossos fracassos. Nós achamos que somos hábeis para mudar nossa sorte. Mas a
igreja nunca mostrou ser vitoriosa assim. Quando Pedro desceu do barco e pisou
na água, eis que tudo foi muito bem, até que ele deixou de fixar sua atenção no
Senhor, por isso começou a afundar.
Neste mundo quando seguimos nossa carne
e olhamos para o mundo querendo seguir seus conceitos de vida, eis que o mundo
há de mostrar-se muito mais forte e poderoso contra nós. O Senhor chamou para
si um povo débil, fraco, a fim de mostrar seu poder ao mundo salvando aqueles
que foram desprezados aqui. Por que, então voltar para este reino ateu,
materialista e odiador de Deus?
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