Salmo
126
UM TESTEMUNHO GERAL
(versos 1-3).
Precisamos ver mais de perto esse
testemunho dos crentes, pois eles não veem a vida cristã aqui como paradoxo,
cheia de contrastes. Quando Deus opera no meio do seu povo, salvando pecadores
ou trazendo bênçãos quando tudo parece ser terrível e cheio de escuridão, eis
que eles abrem suas bocas para mostrar a intensa alegria que há em seus
corações: “Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo”.
No momento a igreja do Senhor neste mundo passa pelos momentos mais terríveis,
pois vemos o crescimento da maldade, do afastamento da verdade; vemos como
muitos que antes pareciam firmes na fé, de repente mudaram de lado e se
ajuntaram às fileiras mundanas. A igreja do Senhor está perplexa, atirada num
canto, ou mesmo como choça no pepinal, na linguagem de Isaías.
Nessa situação a igreja fica sufocada,
porque a todo instante satanás e seu mundo cercam o povo de Deus, a fim de que
os crentes não venham a se erguer em fé. O perigo para o inimigo do povo de
Deus não é igrejas cheias, com muito canto e barulho. Ele sente-se ameaçado
quando a palavra da verdade está sendo pregada em sua glória e poder. O pai da
mentira não tem medo de programas e planos de crescimento numérico e ele mesmo
sabe como encher uma igreja de elementos que nada querem com a verdade. O medo
dele é que a luz da glória de Cristo venha a brilhar, porque assim ele será
descoberto.
Então, diante dessa sequidão espiritual,
não há de chegar esse momento tão precioso para nós? Será que o sol da justiça
continuará encoberto pela nuvem de enganos dos falsos mestres? Nós os santos
estamos com nossas bocas fechadas, enquanto o mundo proclama suas festas pagãs.
Não é o momento para que o povo salvo se reúna, a fim de clamar ao Senhor, para
que ele venha e restaure a sorte de Sião? É claro que estamos caminhando para o
lar, mas queremos andar em júbilo, plena alegria e mostrando que somos
triunfantes contra um mundo maligno, contra o pecado, a morte e o inferno.
Quantas vezes o Senhor fez isso pelo seu
povo no decorrer da história. Houve casos da visitação de Deus em lugares onde
tudo parecia que o pecado traria completa devastação e que a ira de Deus
chegaria trazendo juízo aos povos. Mas de repente eis que o clamor do povo de
Deus foi atendido, almas começaram a ser salvas e a pregação do evangelho foi
exaltada. Foi assim que o povo santo regozijou proclamando que Deus havia
restaurado sua sorte aqui. Onde a palavra pregada entra eis que é como chuva de
bênçãos descendo do céu; é como o sol em sua força, chegando para desfazer toda
escuridão e matar toda moléstia do pecado.
Nós não estamos precisando disso agora?
Claro que sim! Nosso motivo de alegria é ver o Senhor em grande atuação em
nosso meio; é ver o Senhor mostrando a este mundo o quanto sua palavra é
suficiente e quanto seu povo é cheio de fervor e amor por ele. A alegria banal
deste mundo é motivo de nossa tristeza; as mentiras religiosas deste mundo não
fazem parte da nossa confissão de fé; as músicas e louvores deste mundo não vêm
de Sião, elas brotaram deste ambiente cheio de espinhos e abrolhos. Estamos
rogando ao Senhor, para que ele venha e visite seu povo; que ele venha e
restaure a sorte de Sião; que ele venha e traga do céu à terra suas maravilhas
da graça a um mundo marcado para a destruição eterna.
Estes comentários em torno do Salmo 126
têm como objetivo despertar os leitores crentes, para que juntos clamemos de
todo coração, a fim de que Senhor derrame do céu sua compaixão, e assim o povo
dele proclame seus louvores e mostre que eles sim, formam o povo salvo, valente
e cheio de vitória.
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