“Então
dirá: Onde estão seus deuses? E a rocha em quem confiavam? Deuses que comiam a
gordura de seus sacrifícios e bebiam o vinho de suas libações? Levantem-se e
eles vos ajudem, para que haja esconderijo para vós outros” (Deuteronômio
32:37-38).
A SUA
CONFIANÇA PODE ESTAR NO HOMEM: “Maldito o homem que confia no homem...”
Assim como Abraão, também Moisés era um
instrumento de confiança dos judeus. Nosso Senhor fala àquele povo no cap. 5,
dizendo que eles firmavam sua confiança em Moisés (verso 45). Quando a fé tem
como base um homem mortal, seja ele quem for, tal fé é perigosa e chamada por
Deus de incredulidade. Há muitas religiões no mundo que não têm qualquer objeto
de idolatria e até mesmo recusam essa prática. Os judeus nos dias de Jesus
mostravam que haviam sido curados desse ato tão perverso e que trouxe tanto
castigo à nação. Mas o fato é que eles mantinham a idolatria oculta e esta é a
pior que existe, porque ela opera de forma camuflada. Os piores ídolos são
aqueles que estão alojados no coração e são eles que fazem os homens perversos,
rebeldes e obstinados contra Deus e seu reino.
Nada contra Moisés, Paulo, Abraão, Maria
e outros nomes. O perigo está no fato que os homens ignoram a glória de Deus e
buscam a glória dos homens, e quando isso ocorre, eis que o mal começa a
penetrar, trazendo consigo outros inúmeros males. Na igreja de Corinto
aconteceu isso, pois o povo começou a abandonar o Senhor, a fim de elevar
Paulo, Apolo e Pedro. Parecia algo normal e ninguém consideraria como algo
pecaminoso, até que Paulo enviou sua carta e mostrou o quanto o fermento da
iniquidade já tinha entrado e solapado toda igreja com confusão, imoralidades,
ódios, e outros perigos que ameaçavam a integridade espiritual daqueles irmãos.
No caso dos judeus, a confiança deles em Moisés revelava ser idolatria, porque
mostraram desprezo ao Senhor e aos seus ensinos santos.
Quanto perigo envolve o viver dos homens
religiosos neste mundo! Quantos estão partindo para o sofrimento porque a fé
nada tem a ver com a obra da cruz, igualmente ao homem levado pela correnteza
em direção à uma catarata. Na ânsia de escapar da morte segurou-se num tronco
que descia, mas a verdade que o tronco de nada servia, porque não tinha nenhuma
conexão com o lado de fora. Sua morte foi inevitável. Assim muitos seguram
confiantemente em pessoas, na sua religião, etc. achando que poderão escapar
como pensavam os judeus. Algumas pessoas confiam em seus pais, porque eram crentes e acreditam que a fé passa de pai
para filho. Quanto engano! Josafá foi um rei piedoso, mas um de seus filhos,
Jeorão subiu ao trono e se tornou um verdadeiro assassino. No reino de Deus
nada há com essa ligação de sangue que há aqui. Às vezes acontece que um filho
seja salvo e preservará a verdadeira fé para a próxima geração, segundo os atos
misericordiosos do Senhor.
Alguém pode nascer numa religião,
crescer nela e se apegar a ela até à morte porque seus pais foram fieis àquela
entidade. Mas isso nada tem a ver com a fé verdadeira. Se a fé estiver firmada
na segura obra da salvação em Cristo, sem dúvida alguma é um forte cabo de aço
que jamais arrebentará. Aquele que começa a boa obra, Ele mesmo a aperfeiçoa
(Filipenses 1:6). Mas a fé daqueles judeus era feita de material humano, por
isso arrebenta imediatamente quando chegava perto da verdade salvadora. Alguns
confiam num pastor, porque muitos deles são homens de forte personalidade, são líderes
e santos no viver. Muitos olham para esses homens e se firmam neles, assim como
alguns judeus confiavam em João batista. Alguns confiam em pastores, porque
acreditam supersticiosamente que eles têm alguma ligação com o céu; que têm
poderes extraordinários. Mas tal fé é sinônima de idolatria e essa fé não
caminha com segurança nesta vida aqui, porque segue para a fatal condenação que
paira sobre a cabeça daqueles que permanecem rebeldes contra o Filho de Deus
(João 3:36).
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