“Então
dirá: Onde estão seus deuses? E a rocha em quem confiavam? Deuses que comiam a
gordura de seus sacrifícios e bebiam o vinho de suas libações? Levantem-se e
eles vos ajudem, para que haja esconderijo para vós outros” (Deuteronômio
32:37-38).
A
CONFIANÇA PODE ESTAR DEPOSITADA NAQUILO QUE PODE LEVAR À SUPERSTIÇÃO.
A bíblia ilustra o perigo de alguém
estar envolvida numa religiosidade, firmar-se nela a tal ponto de se dedicar
zelosamente por aquilo e ainda estar condenado. O testemunho que Paulo dar em
Filipenses 3, mostra onde alguém pode chegar na superstição religiosa. Paulo
era ardente em seu zelo e acreditava com toda sua força que estava no caminho
certo, rumo à ressurreição eterna. Não fosse a atuação da poderosa graça, não
haveria ninguém capaz de dissuadir aquele homem em sua tresloucada caminhada
rumo à punição eterna. Quantos já caíram e vão cair tarde demais, para perceber
a cilada em que caíram ao descansar na sua denominação religiosa.
Nosso Senhor adverte seus discípulos,
que homens usariam sua religião e até mesmo o nome de Deus, a fim de matar e
perseguir o povo de Deus (João 16), como vemos hoje em muitos lugares no mundo.
Satanás tem suas jogadas religiosas, e quando chega a querer agir neste mundo
como se fosse um deus, nem sequer podemos imaginar o que ele é capaz de fazer,
enchendo corações de homens e mulheres de fanatismos religiosos. Seus ardis são
inúmeros, em sua jogada para tornar os homens ainda mais cruéis, usando o nome
de Deus na prática de suas maldades. Por detrás de toda religiosidade falsa,
mesmo aquela que mais parece ser evangélica, há uma disposição para práticas
perversas. A mentira religiosa não admite nenhum adversário, e se ela não for
calada pela verdade, certamente há de empunhar suas armas de perseguição.
Digo mais, que o batismo também pode
servir de apoio para muitos numa confiança vã. Falo isso porque já tenho ouvido
da parte de muitos essa inútil confissão, porque no íntimo, pessoas creem que há
um poder nas águas batismais para purificar pecado. É claro que não estou
condenando o batismo, porque nosso Senhor ordenou que todos os salvos fossem
batizado (Marcos 16:16), desde que o pecado se converteu de coração, assim como
ocorreu com o eunuco (Atos 8), quando entendeu a verdade, se converteu e
realmente quis descer às águas e obedecer ao Senhor. Dentro do contexto da
salvação bíblica o batismo é aceito como uma obediência ao Salvador e nenhum
crente se submete a isso mergulhando em superstições. Sem a verdade no coração
o ato de ser batizado tende a ser usado como um instrumento de salvação e de
curtir bênçãos materiais aqui, e o ser humano tão achegado à idolatria pode se
entregar com prazer a esse ato, a fim de sentir-se “abençoado” por Deus.
Paulo faz questão de dizer aos coríntios
que seu ministério não era batizar, mas sim pregar o evangelho (1 Coríntios 1:17).
Então, o apóstolo coloca a mensagem santa acima desse ato, porque se a pessoa
não for salva, para que servirá o batismo? Creio que fortalecerá ainda mais seu
orgulho próprio. Tudo e todas as coisas desta vida aqui devem ser retirados da
frente, a fim de que nada sirva como idolatria. A mensagem da cruz, do Cordeiro
de Deus, deve ser a mensagem exaltada e proclamada, e assim os humildes possam
entender que houve alguém que morreu em seu lugar, a fim de dar-lhes perfeita e
eterna salvação. Não foi isso o que ocorreu com o ladrão na cruz? Foi mostrado
a ele o maravilhoso caminho aberto para o paraíso e ele foi salvo por Cristo e
imediatamente entrou no reino celestial.
Ora, desejo ver muitas almas sendo
batizadas em meu ministério, mas não luto incansavelmente por mais batismos.
Almejo ver pecadores se arrependendo de seus miseráveis caminhos e reconhecendo
Cristo Jesus como Salvador e Senhor de suas vidas. Assim o batismo será motivo
de grande alegria em nosso meio.
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