Josué
2
A
PETIÇÃO DA FÉ (versos 12,13).
Avanço um pouco mais para explicar o que
significa conversão genuína, porque a vida de Raabe é um exemplo muito claro da
conversão que tanto precisamos ver em nossos dias. O que aquela mulher convicta
pediu? É claro que a fé chega como mendigo, conforme vemos em Mateus 5:2. A fé
diante de Deus realmente se humilha, porque nada tem para dar, mas sim para
erguer sua petição perante o Senhor. É exatamente isso o que ela faz com toda
coragem.
A primeira lição que vemos nos versos 12
e 13 é que ela não amaina sua culpa, mas ela reconhece que a única forma de
conseguir livramento da visitação julgadora de Deus era apelando para a
misericórdia dele. Que grande é a fé daquela mulher, porque ela incrivelmente
barganha com aqueles moços, mostrando a eles que havia usado de misericórdia,
que ela os guardou de serem mortos. Ela queria que eles usassem para com ela de
compaixão também. Que lição dada pela fé corajosa e decidida! A fé tem uma
compreensão completa dos desígnios do Senhor em sua justiça, mas também em sua
ação compassiva pelos homens. Raabe sabia que o Deus do céu age com os homens
por misericórdia e que a nação de Israel fora alvo dessa intensa compaixão.
Essa lição nenhum homem consegue passar, porque é aula que é dada no coração
pelo Espírito Santo.
Mas há também outro detalhe no tocante a
ação da fé atuante dessa mulher. Ela pediu uma base sólida para alicerçar sua
fé; ela queria pisar em terreno sólido, porque estava no meio de uma guerra e
que a ira de Deus despencaria sobre a cabeça de todos ali naquela cidade: “...e
que me dareis um sinal certo”. Ela
estava diante dos emissários de Deus e eles tinham a solução correta. Ela não
podia sair dali com sua família, ela queria proteção do próprio Deus e não de
meros homens. Então Raabe pediu exatamente aquilo que ela precisava: “...e de
que livrareis a nossa vida da morte” (verso 13). Que lição impressionante de
santa coragem, de plena confiança e esperança no Deus de Israel!
A incredulidade se esconde e com loucura
desafia Deus; a vil incredulidade acha que pode vencer o Todo-Poderoso e
acredita que tem armas capazes de vencê-lo. A incredulidade não acredita que
Deus opera sozinho, que os homens não passam de meros instrumentos, por isso
acreditam que não são vistos em seus lugares de refúgio. Para os moradores de
Jericó, o muro era sua proteção; nada imaginavam de que para Deus aquela
poderosa construção não passava de pó diante do poderio do Senhor. Foi assim
com Senaqueribe e seu exército, pois aquele monarca arrogante acreditava que a
força e o poderio para conquistar reinos vinham dele mesmo. Até que
experimentou a amarga visitação de Deus, pois numa só noite quase duzentos mil
homens foram mortos pelo Anjo do Senhor (2 Reis 19).
A conversão a Deus tira o homem de suas “cavernas”
e de todo tipo de esconderijo; a conversão faz o homem render-se a Deus de todo
coração; faz o homem reconhecer que é loucura desafiar o Rei da glória. A
conversão é um verdadeiro milagre, porque é Deus agindo e trazendo o homem para
si mesmo. A conversão tira toda arrogância e prepotência do perdido, a fim de
que ele veja o quando Deus é rico em compaixão. A conversão encontra o lugar de
refúgio no próprio Deus e se esconde nesse Deus. Que Deus maravilhoso, pois
enquanto ele caminha executando seus santos juízos neste mundo, eis que ele
chama homens e mulheres para a tão grande salvação. A bíblia ordena que os pecadores clamem porque serão ouvidos: “Clama-me
e responder-te-ei”.
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