Josué
2
A RAZÃO
DE SUA FÉ. “O temor ao Deus vivo” (8-11).
É bem claro que Raabe em sua alma estava
sofrendo, porque ela no coração sabia quem era o Deus de Israel; estava
consciente que os ídolos de Jericó eram nulos, obras de corações rebeldes. Deus
em sua graça abriu o coração daquele mulher; usou de compaixão para com ela e
estava atraindo para seu lugar de amor eterno. Que confissão impressionante
saiu da sua boca enquanto falava com aqueles dois espias: “Ouvindo isso,
desmaiou o nosso coração”. O temor invadiu sua alma porque realmente foi
visitada pelo amor. Raabe não estava se ocultando, armando projeto para escapar
da morte física. Seu temor era de fato o temor que vem do próprio Deus; era a
humilhação que Deus requer da parte do pecador. Suas armas de defesa tinham
sido atiradas fora e ela queria segurança da parte do próprio Deus.
Também, fica bem evidenciada a conversão
genuína porquanto Raabe também abre sua boca para dar honras e glórias ao Deus
de Israel, porque o vosso Deus lançou fora o aos seus deuses. Na conversão
verdadeira os homens abandonam imediatamente a confiança tosca em seus ídolos.
Raabe estava perante Deus pela fé; ela contemplava o Deus invisível e os espias
eram apenas o contato humano para o grande desdobramento desse espetacular
evento de salvação. Ela não estava confiando nos espias, mas queria apenas
demonstrar a todo Israel que de fato ela já pertencia àquele povo santo. Que
espetáculo da graça! Em meio às manifestações de juízo, eis que o Senhor
demonstra seu grande amor pelos eleitos e sua graça os cobre de tal maneira que
eles ficam fora da zona de juízo: “...não entram em condenação, mas passou da
morte para a vida” (João 5:24).
Caro amigo, muitos homens e mulheres
podem até chegar à profunda aflição na alma, mas sem qualquer sinal de
conversão a Deus, porque estará resistindo ao Senhor. Muitos vendo sinais e
maravilhas, mesmo assim no íntimo estão declarando que nada querem com o Deus
da revelação bíblica. Muitos chegam até mesmo à beira da morte, mas a verdade é
que vão querer a cura e a recebem, mas mesmo assim vão levantar e ignorar todo
bem, assim como o homem que encontrou uma víbora congelada; com dó pegou-a
levou para casa para aquecê-la e quando a restaurou ela o picou, matando o
homem. É exatamente isso o que ocorre com o homem visitado pelas misericórdias
de Deus, mas que jamais se converte a Deus. Não foi assim com aqueles crentes
de Tessalônica, pois quando ouviram a mensagem de Paulo, eis que se converteram
a Deus, abandonando seus ídolos, a fim de servirem ao Senhor (1 Tessalonicenses
1:9,10).
Conversão sincera mostra que a alma
abandona sua religiosidade falsificada, inventada no coração. A conversão
sincera não usa de desculpas; não tenta encobrir seus planos perversos. A
conversão genuína faz o homem de fato vê o Deus da bíblia pela fé. Podemos
lembrar bem da falsa conversão de Simão (Atos 8), porque não demorou muito para
que ele manifestasse suas reais intenções. Ele achava que o cristianismo seria
de fato uma fonte de renda, por isso teve que ser repreendido por Pedro
imediatamente.
Ó quanto precisamos ver almas se
convertendo em nossos dias! Estamos em dias perigosos, quando vemos o juízo de
Deus se despontando como nuvens negras nos céus. Que o Senhor nosso Deus venha
trazer sua graça e encher nosso ambiente dessa presença tão gloriosa que aviva
coração ao quebrantamento. A conversão sincera supera toda manifestação de
juízo, faz recuar os horrores, anula a morte e tranca as portas do inferno. São
essas as maravilhas da graça compassiva de Deus atuando neste mundo tão
perverso.
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