“Vinde
a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração;
e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo
é leve” (Mateus 11:28-30)
AQUELE
QUE CHAMA:
Vemos um dos mais impressionantes textos
das Escrituras, onde nosso Senhor mostra o fato que ele é Deus. A religiosidade
moderna vive proferindo o nome de Jesus, e para todo lugar em nosso país vemos
homens e mulheres declarando que creem em Jesus e até mesmo fazendo do nome do
Senhor instrumento para exibir seus poderes contra as trevas e maldições. O
mundo tem seu Jesus e gosta de usar esse nome. Mas a verdade é que desconhece
quem é realmente o Filho de Deus. Lembramos dos judeus, como eles ficavam
impressionados com o Nazareno, como eram atraídos pelos milagres e
prosperidades terrenas. Mas quando as palavras do Senhor irradiavam sua glória
celestial, então eles se afastavam e ameaçavam matar o Senhor da glória.
Mas nos versos 25 a 27 nosso Senhor
entra no seu recinto sagrado, no lugar que para o mundo está completamente
fechado. O que nosso Senhor faz? Ele mostra o relacionamento que sempre houve
dele com o Pai. É a comunhão entre as Pessoas da divindade. É claro que o nome
do Espírito Santo não aparece, porque a função da terceira Pessoa é relatar
essas verdades, o que homem nenhum pode fazer. Também esse relacionamento entre
o Pai e o Filho aparece no Velho Testamento em muitos lugares, conforme vemos
em Isaías 5 onde uma Pessoa chama a outra de “meu Amado”. Também vemos no Salmo
110: “Disse o Senhor ao meu Senhor”. O que estamos presenciando em Mateus é a
comunhão perfeita de Deus e para tal comunhão ninguém pode entrar.
A primeira lição que vemos é o Filho
exaltando a posição soberana do Pai em todas as coisas: “Graças te dou, ó Pai,
Senhor do céu e da terra...”. que ensino tão precioso, porque aquilo que não
podemos entender acerca do que acontece aqui, tudo é explicado nessas palavras
do Senhor. Ele exalta o Pai como o Senhor do céu e da terra. Não é somente do
céu, mas também da terra. Sendo ele Senhor da terra, então tudo está sob seu absoluto
controle. Nos versos anteriores vemos a tristeza de Jesus ante o comportamento
endurecido de três cidades onde ele havia operado maravilhas, mas aquelas três cidades
não se humilharam e não se arrependeram como aconteceu com Nínive nos dias de
Jonas. Como Homem nosso Senhor se entristeceu e comunicou à Betsaida, Corazim e
Cafarnaum que o juízo contra elas seria terrível.
É aí que entra a poderosa doutrina da
soberana atuação de Deus neste mundo, porque tudo acontece segundo a sua
vontade; o Senhor Jesus sempre agiu observando perfeitamente a autoridade do
Pai em tudo o que fazia. Então, o que vemos aqui, a dureza dos homens, a
persistência no pecado, a arrogância e rebelião contra Deus, os olhos e ouvidos
tapados contra a verdade revelada, etc. Nós não sabemos explicar nada,
absolutamente nada, a não ser que nosso Senhor abra o cenário da eternidade e
mostre as coisas segundo o ponto de vista daquele que opera todas as coisas
segundo o conselho da sua vontade. E é exatamente isso o que vemos não só no
verso 25, como também em tantas outras passagens correlatas, como Romanos 8;
Efésios 1; João 5 e 6 e muitas outras vistas em toda Escritura.
Ora, todo esse ensino vem nos humilhar,
nos colocar no pó, vem desmanchar toda nossa arrogante pretensão de fugir para
não adorar o grande Deus, dando-lhe glórias, honras, louvores e ações de graças
por ser ele que faz o que ele quiser fazer e que tem misericórdia com quem
quiser usar de misericórdia. Foi assim com as três cidades mencionadas e será
assim com todo aquele que não se curvar perante ele em humilhação.
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