“Então
dirá: Onde estão seus deuses? E a rocha em quem confiavam? Deuses que comiam a
gordura de seus sacrifícios e bebiam o vinho de suas libações? Levantem-se e
eles vos ajudem, para que haja esconderijo para vós outros” (Deuteronômio
32:37-38).
A SUA
CONFIANÇA PODE ESTAR NO HOMEM: “Maldito o homem que confia no homem...”
Há possibilidade de alguém estar
confiando num pobre ser mortal e ainda acreditando estar salvo? Claro que há!
Não podemos esquecer que nosso coração é tremendamente enganoso, porque a
função do pecado é ludibriar o homem no íntimo. É minha função através desta
mensagem esclarecer o perigo que envolve milhares de pessoas e que funciona
como uma enfermidade cujos sintomas não se manifestam em dores físicas. Eis que
tomarei o que a própria Bíblia nos mostra, a fim de que toda farsa do pecado
seja descoberta e toda sua fortaleza feita de mentiras seja desmantelada com a chegada
da luz do evangelho da glória de Cristo.
Estou certo que o evangelho tão
humanista apregoado em nossos dias tem levado muitos à essa confiança banal. Eu
mesmo como pregador já tive a experiência com várias pessoas que confiavam no
homem, por isso a reação deles contra a verdade era normalmente violenta. Mas
eu não estou só e minhas experiências são nada quando comparadas com aquelas
que nosso Senhor teve aqui quando enfrentou a oposição dos judeus. Tomemos esse
povo dos dias do Senhor, a fim ajudar muitos que se submeteram a esse perigo
carnal e encobertamente soberbo.
Os judeus normalmente tinham Abraão como
fonte de apoio, a fim de que eles mantivessem a esperança de morar no Paraíso
celestial. A declaração de fé normalmente era timbrada com essa frase: “Temos
por pai Abraão” (Lucas 3:8). É claro que Abraão foi um homem de Deus, possuidor
da fé que todos os verdadeiros crentes têm. Ele, de fato é o pai espiritual de
todos os crentes em Cristo. Mas era totalmente a confissão de fé dos judeus.
Nós não vemos nenhum crente sincero confiando em Abraão; não o têm como um
mediador. A fé que os salvos possuem, essa fé é exatamente a fé que Abraão teve
e que fará com que todos os salvos entrem no reino de Deus, assim como Abraão
entrou.
Mas era diferente com os judeus, pois
eles confiavam nos méritos de Abraão, tomando tais méritos para si. Eles
mostram isso em João 8:33 quando diziam: “Somos descendência de Abraão...”.
Declaravam isso com soberba e não estavam dispostos a enfrentar qualquer
oposição. Nessa defesa estavam prontos a matar qualquer pessoa, assim como tentaram
eliminar o Senhor com apedrejamento. Mas nosso Senhor não se intimidou perante
aqueles arrogantes religiosos, por isso fez brilhar sua verdade perante eles.
Para que entendamos ainda melhor uso aqui uma ilustração daquele acontecimento
narrado em Lucas 16, acerca do homem rico e Lázaro. Assim como qualquer judeu,
aquele homem pensava no íntimo que sua condição de descendente de Abraão lhe
assegurava um lugar no Paraíso. Mas foi surpreendido quando após sua morte se
viu em agonia no inferno (Lucas 16:24).
Mas nosso Senhor sempre deixou claro em
suas mensagens que os filhos de Abraão eram os que tinham a mesma fé de Abraão,
mesmo sendo eles considerados escórias da sociedade judaica, como foi o caso de
Zaqueu (Lucas 19:9). Qualquer pessoa, de qualquer nação, de qualquer condição
social que demonstre a conversão genuína em Cristo Jesus, tal pessoa é filha de
Abraão. A promessa de Deus com Abraão foi que com sua descendência abençoaria
todas as nações na face da terra, e não somente aos idólatras judeus.
Milhares hoje seguem a mesma pisada da
incredulidade dos judeus; milhares ficam envoltos nas trevas e descansam ali,
esperando que a mão de um pobre mortal será o poderoso instrumento que lhe
garantirá um acesso ao reino de Deus no céu. Que o Senhor venha livrar muitas
almas desse embuste do coração.
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