sexta-feira, 1 de maio de 2015

“OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS” (12)




“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS PELA FÉ QUE CONFESSA A SOBERANIA DE DEUS: “...O Senhor o deu e o Senhor o tomou...”
        Caro leitor, posso afirmar que o Senhor toma aquilo que deu, a fim de crucificar aquilo que é idolatria. Quanto somos nós apegados às coisas! Quanto damos valor àquilo que passa! Quanto estamos prontos a agir como Acã, escondendo aquilo que achamos ser verdadeiros tesouros na vida! Não é assim? Porventura, não sabe disso o Senhor? Por que muitas vezes Ele recusa ouvir nossas petições? Não é porque queremos gastar com nossos deleites? Não é perfeitamente sábio nosso Senhor? Não é Ele mesmo quem sabe das perigosas armadilhas armadas na estrada?
        Também, Ele toma aquilo que deu, a fim de mostrar a transitoriedade daquilo que achamos no coração que deveria ficar sempre conosco. Por que o Senhor tirou os filhos de Jó? Por que não os conservou para chorar com o pai e por um pai tão piedoso e exemplar, que agora tanto sofria externa e internamente? Notemos bem, que no final Jó recebeu dos materiais tudo em dobro, menos os filhos? Por quê? Os que morreram estavam no céu. Tudo aqui passa, tudo aqui desaparece com o tempo. Como somos lerdos para entender essas coisas! Mesmo aqui nada fica conosco, nada temos para prestar homenagens a nós; estamos à serviço e nossos bens e filhos realizam serviços excelentes no reino soberano de Deus, a fim de que tudo funcione para Sua glória e para nosso bem eterno.
        Mas findo aqui com chave de ouro, para mostrar que Ele toma, a fim de nos dar aquilo que é excelente e eterno. José foi cruelmente vendido para estrangeiros, a fim de amargar dura solidão e sofrimento longe da segurança do seu pai e de toda sua família. Mas ao ser colocado tão distante e sem qualquer esperança, eis que o Senhor lhe preparava para algo infinitamente melhor, porque pode ser elevado à posição de segundo regente no Egito e assim trazer grande livramento aos povos da severa fome que assolou o mundo. O Senhor tirou o melhor de José para dar-lhe a excelência. Com os crentes tudo funciona assim, porque Deus sempre estará tirando algo bom, porque aquilo que aos nossos olhos parece ser bom, realmente será desastroso para nós. Mas Seu alvo é nos dar o melhor. Pegando um pedaço de vidro, pensando que é pedra preciosa, mas Deus toma isso, para nos dar joias de inestimável valor.
        Caro leitor, mesmo a morte, ela chega a nós como o último degrau para alcançarmos a glória. Moisés não entrou na terra prometida porque o Senhor simplesmente disse-lhe: “Não!”. Mas eis que Moisés aparece com Elias numa posição eternamente gloriosa com Elias no monte da transfiguração; também aparece na ressurreição e logo quando o Senhor sobe para o céu, esses dois que foram gigantes na fé aparecem ali para consolar aqueles perplexos discípulos (Atos 1:10).
        Finalmente, não é assim que acontece com os ímpios, porque aqui nesta vida Deus há de tomar deles tudo o que eles ajuntaram. Deus toma dos ímpios aquilo que para eles é excelência, o melhor que eles têm para a segurança de suas vidas. O Senhor toma deles o que para eles é sua torre forte, seu motivo de orgulho e vaidade. Deus toma para dar-lhes miséria eterna. Veja como Deus tomou tudo de Herodes, e debaixo da ira partiu deste mundo para ocupar o lugar no além, juntamente com todos os orgulhosos (Ezequiel 32). Ele toma e os fazem escorregar no abismo. O céu e a terra pertencem ao Senhor e tudo lhe rende louvores (Salmo 150), porque Sua glória e divindade marcam cada item da criação.
        Mas, de muitos pecadores Ele toma o que têm, a fim de atraí-los para a mensagem da cruz e assim serem resgatados e salvos pelo sangue do Cordeiro de Deus.

       

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