“Ninguém há que clame
pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é
nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam
ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um
dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5).
VISTO NAS MENTIRAS DOS FALSOS MESTRES: “confiam na vaidade...”
Caro leitor, creio que é
vastíssimo o lugar ocupado pela apostasia, pois ela como água penetrou em todos
os cantos, como fumaça do inferno tem sugado o oxigênio espiritual dos
ambientes mais santos. Por essa razão creio que devo examinar ainda mais fundo
esse assunto que o Senhor traz à baila em Isaías 59:4,5. Não podemos descansar
nessa sob essa atmosfera que parece tão agradável, mas que não passa de ser um
bafo venenoso do diabo.
Digo que em consequência dessa
busca frenética pela vaidade, cresce o ódio pela verdade absoluta e pela
ortodoxia, pelo absolutismo bíblico, o que resulta
em perseguição à verdade. Hoje nada mais pode ser tratado como verdade
absoluta; a única coisa que pode criar raiz sem sofrer qualquer resistência é a
mentira. A verdade que vai fundo, que pisa a sólida Rocha da salvação, ela tem
que ser extirpada. Tudo deve ser tratado com um leve chá, e com dose
homeopática de conselhos bíblicos. A sociedade é vista como vítima da situação
e Deus é tratado como vilão. Por essa razão todos recebem ordens para não “ofender”
as pessoas, mas sim dar-lhes exatamente aquilo que elas querem.
Quanto engano da carne! Se
a verdade não vier como autoridade final, certamente a mentira será e mostrará
aos poucos o quanto ela quer ocupar todo espaço. A luz não se associa com as
trevas, pois onde a luz as trevas imediatamente desaparecem. Onde há qualquer
sinal de escuridão, é claro que a luz ali não entrou. Assim, a verdade (que na
linguagem bíblica é luz) tem sido rejeitada em nossos dias, justamente porque a
verdade vem condenar as trevas, vem revelar o que está oculto nos corações,
denuncia o diabo e traz o temor do Senhor. Então, pastores e líderes
evangélicos devem estar prontos a renunciar qualquer verdade ortodoxa. Eles
podem guarda-la consigo, podem dizer a todos que creem como a Bíblia ensina,
mas há clara diferença na aplicação. Tudo o que é visto nas igrejas é a mentira
enfeitada com algumas cores vivas daquelas verdades que o mundo tanto gosta.
Também, como resultado das
mentiras infiltradas pelos falsos mestres, eis que aparece também uma confissão
enganosa, conforme vemos a denúncia da parte de Deus no texto em pauta: “...e
falam mentiras...”. Mas não é essa a confissão de nossos dias? O que vemos hoje
é mentira, porque não é algo do coração, mas sim das emoções, das
circunstâncias e de uma fé estribada na carne e no mundo. O que vale agora é
uma religiosidade superficial, tudo agora é feito de “plástico”, nada mais
aparece como “aço” do céu. O que conta agora é o que eu sinto no momento e não
aquilo que vem das Escrituras e que é praticada pela fé firme e definida. E
mesmo que tenha apoio bíblico, esse apoio vem como um molho para dar sabor
espiritual àquilo que falam.
Vemos na música um completo
desdém às verdades; elas são desprezadas, porque à natureza corrompida e
mundana ela é também desprezível. O que cantam nos cultos em nossos dias são
meios psicológicos usados para “enganar” Deus; são meios usados para encobrir
corações corrompidos, para mostrar uma espiritualidade forjada pelo próprio
homem. Nada há mais de hinos espirituais, de letras maravilhosas as quais expõem
corações santificados, que amam a doce verdade da cruz e que enfrentam dia a
dia a jornada nessa peregrinação rumo ao lar. Então, tais louvores não passam
de mentiras, porque com suas bocas se aproximam de Deus, mas em seus corações
estão bem distantes.
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