“Ninguém há que clame
pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é
nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam
ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um
dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5).
VISTO INDIVIDUALMENTE NAQUILO QUE PRODUZ: “...concebem o mal...”.
Caro leitor devo laborar-me
em mostrar a você o que o texto nos ensina acerca da atual apostasia, tomando
como modelo o que ocorreu nos dias de Isaías e que avançou até o tempo de
Jeremias e Ezequiel com o consequente juízo sobre a nação de Israel. Estamos
vendo o quanto na apostasia reinante os homens concebem o mal, como o pecado no
íntimo gera enganos perniciosos e pervertidos. Avancemos um pouco mais no exame
do texto.
Ao conceber o mal, eis que
os homens estão sempre carregando a no íntimo aquela confiança vã de que o
mundo há de mudar, de que esse reino de maldade é algo passageiro e de que há
nos homens algo bom e que eles vão evoluindo aos poucos nessa bondade. Sempre
os homens estão achando que ao descobrir os potenciais religiosos e morais nos
homens, é só revestir tais potenciais com versos e ensinos bíblicos e eles
assim melhorarão. Na apostasia os homens ficam ainda mais cegos, nada veem de
perigo, do domínio do pecado, do diabo e da morte. Todas essas realidades ficam
ocultas pelo engano de seus corações; eles são seduzidos no íntimo e são
mantidos nessa obscuridade. Nessa condição, eis que os homens vão caminhando de
mal a pior, suas forças para a maldade vão crescendo mais e mais; seus corações
vão ficando ainda mais endurecidos e aptos estarão para abraçar todo tipo de
ensino religioso e fraudulento.
Mas o fato é que quando os
homens estão concebendo o mal, significa que há de nascer uma nova maldade do
coração. Na apostasia vemos como isso acontece, como novidades perigosas,
letais e encobertamente religiosas aparecem. O que está acontecendo é que o
pecado no íntimo gera novidade e novas perversidades surgem. Nem temos como
descrever tantas coisas que tem surgido em nossos dias, novos planos de
maldade, novos meios de enganar, novos meios para fazer com que as
perversidades não apareçam tão perversas, novos meios de dizer que o roubo não
é roubo, que o adultério não é tão feio assim, que as abominações são “santas”.
Meu caro leitor, quando os
homens concebem o mal, eis que novas e fascinantes maldades aparecem. Por exemplo,
vemos como o amor ao dinheiro pode conceber ganância e estimula a buscar meios
mais bonitos e sofisticados de roubo. Um amor obcecado pelo sexo tem concebido
a luxúria e prazeres ilícitos e desordenados. E em meio a tudo isso satanás tem
feito com que o nome de Deus esteja envolvido e até mesmo “abençoando” tais
maldades. Poderia ampliar bem aqui as ramificações de tanta maldade que tem se
alastrado em nossos dias, como o ódio concebendo assassinatos e práticas cruéis
feitas contra pessoas inocentes. Nesse amplo afastamento de Deus e da Sua
Palavra viva eis que os homens estão se tornando cada vez mais monstros no viver
e será assim inevitável o juízo de Deus.
Meu caro leitor, mesmo
diante desse quadro espiritualmente tétrico, ainda a graça de Deus está
salvando e transformando homens e mulheres e novas criaturas feitas do céu. A
porta da graça não está fechando, ela ainda está completamente aberta aos
pecadores. Significa que o Senhor em Sua longanimidade está chamando pecadores
ao arrependimento e que há lugar para todo aquele que anseia a salvação. Por
essa razão não cessamos de orar, interceder e pregar, para que essa compaixão
de Deus manifeste em nossos dias, atraindo homens e mulheres à verdade bíblica
da tão grande salvação em Cristo Jesus.
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