quarta-feira, 27 de maio de 2015

O CONSTANTE CHAMADO (8)




“O Espírito e a noiva dizem: vem! Aquele que ouve diga: vem! Aquele que tem sede: venha e receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22:17).
A ATUAÇÃO INDIVIDUAL DA IGREJA: “Aquele que ouve diga...”
        Caro leitor, como o crente deve atuar neste mundo como um verdadeiro missionário? Como isso acontece? A sua voz vinda de um coração salvo, cheio de misericórdia e gratidão deve estar sempre proclamando: “...vem...”. Creio que a casa de sua vida deve estar sempre aberta aos pecadores. Nunca o coração do salvo deve estar fechado; nunca as atitudes da carne devem fechar a porta; sua face deve estar corada de graça e aceitação, mesmo que os perdidos estejam carregados de pecado, ofensa e transgressão. O amor de Cristo em nós deve ser um poder atrativo que continuamente convida o pecador a vir. O convite no salvo aparece com constante perdão, nenhuma ofensa oculta, nenhuma retaliação, nada de medo, porque a santidade há de santificar tudo e todos.
        Também, o convite deve ser o de Cristo em nosso viver, porque assim como Ele nos aceitou, devemos aceitar os pecadores. Cada crente deve apontar o caminho do Paraíso; nossas mãos devem estar estendidas a eles, nosso caminho deve estar aberto para achegar a eles; nossos bens devem alcançá-los como se fossem pontes de acesso. Não foi assim que nosso Senhor nos achou? Veja quantos crentes Ele usou para chegar até nosso coração; veja quantos instrumentos do Senhor se entregaram a si mesmos para que a mensagem doce e suave fosse até aos ouvidos incrédulos! Caro irmão, que a mensagem seja constante; que não fiquemos mudos e nossas bocas travadas, devido nossa carnalidade e mundanismo.
        Também, a mensagem deve fazer contraste à voz do diabo por meio de suas mentiras. Nossa voz nunca deve empurrar as almas para o abismo. Muitos são aqueles que afirmam serem crentes, mas suas vidas dão péssimo testemunho. Uma razão é porque jamais tiveram uma mensagem correta da salvação. Se não souber comunicar a mensagem da graça, o testemunho da tão grande salvação é melhor calar. Se o viver não pode transmitir mudança feita pela graça; se o viver estiver estribado em leis e regras de homens, então é melhor alinhar-se aos incrédulos do que ser instrumento que torne pecadores duplamente condenados. O fato é que muitos caíram no abismo por causa de maus testemunhos de falsos crentes.
        Também, o constante “vem” deve estar em santa harmonia com o trono da graça. Muitos são os crentes que jamais oram pelo seu testemunho, por isso jamais podem falar com suas vidas. Se não levarmos os pecadores perante Deus com nossas orações e intercessões, certamente não iremos a eles com nossos corações. Corações que amam têm forças para carregar o peso atroz das almas perante Deus. Crentes quando amam têm força de guindaste. Foi com um grande coração que Moisés sozinho se colocou entre Deus e seu povo, para que não fosse exterminado (Êxodo 32). Quando oramos, suplicamos e intercedemos pelos pecadores, eis que teremos em nós o santo combustível a fim de chegarmos a eles neste vale de dor. Não fomos chamados para fugir de defuntos espirituais, mas sim para abraçá-los e passar nosso calor espiritual para eles, orando como Eliseu para que sejam erguidos pela vida que há no Filho.
        Caro leitor, você é um crente? Que influência está tendo no meio dos pecadores? Lembre-se que nosso Mestre foi chamado de “amigo dos pecadores”. Por que não podemos nós identificar com eles? Por que não abrir nossos corações e comunicar graça a eles? Por que não podemos lembrar que eles agora no pecado são o retrato falado daquilo que nós éramos? Mesmo aqueles que estão atirados nas profundezas do mal, nós não somos melhores do que eles e estamos no mundo para querer o bem eterno deles – a salvação de suas almas.

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