“Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais.
Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha” I Pedro 1:18,19).
AVALIANDO
A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ (verso 18)
Caro leitor, o verso 18 nos leva a
avaliar bem nossa confissão, para ver se somos crentes em Cristo ou apenas
pessoas tentam com suas obras ganhar um lugar no céu. O verso 18 nos leva à uma
santa meditação, nos empurra até ao altar de holocausto, a fim de que vejamos
nossa miséria e penúria. Já pude mostrar o quanto somos enganados
instintivamente para acreditar que podemos pagar alguma coisa para Deus. Mas o
texto vai mais longe, porque alem de mostrar a completa inutilidade de nossos
atos e revelar nossa extrema pobreza perante o reino do céu, eis que o Espírito
de Deus também nos mostra nossa vil condição no pecado, porque nos leva à nossa
origem natural: “...da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição
recebestes dos vossos pais”.
Eis que de repente ficamos emudecidos,
porque agora a Palavra de Deus mexeu com nosso orgulho natural. De repente a
salvação não é vista como um mero presente, como apenas um ingresso que
acredito ter recebido para entrar no céu. Oh! Quantas almas enganadas! Veja
amigo, a salvação bíblica foi uma compra completamente fora de nosso alcance.
Nós éramos pobres escravos sem qualquer recurso, em plena miséria, prontos para
ser jogados no inferno, depois de servirmos a satanás aqui. A salvação veio
para nos resgatar dessa vil condição; veio para nos desarraigar desse lugar de
trevas, onde a presença da morte nos amedrontava, onde estávamos presos e
acorrentados em prisões e correntes invisíveis (Salmo 107:10). Nessa obra
salvadora não há diferença, não há alguns que são melhores, não há pecadores
que precisam de pagamento cujo preço é maior. A redenção foi uma só e o
pagamento foi um só, porque foi uma só redenção, um só preço pago igualmente.
Também, o texto aprofunda mais quando as
palavras ditas pelo Espírito Santo atingem nossa família: “...que vossos pais
vos legaram”. No engano do pecado sempre estamos conduzidos pela mentira de que
viemos de um nascimento nobre; que nossos pais geraram filhos maravilhosos e
que recebemos deles maravilhosa herança de virtudes, amor e santidade. Quanto
engano! Quando olhamos o mundo com a visão terrena, de fato pode haver
diferença. Mas estamos vendo nossas vidas do ponto de vista Daquele que em nada
faz acepção de pessoas. Um Saulo é tão pecador quanto um Barrabás; um Nicodemos
é tão caído como um Judas, pois para Deus este mundo é visto em sua totalidade
como uma só família – a família adâmica.
Então, quão necessário é que agora nos
humilhemos, que curvemo-nos perante a verdade revelada a nosso respeito! Quem
sou eu? Sou melhor? Não! Um Paulo diria em confissão que é ele o “principal dos
pecadores”. Agora é o momento de confissão, de choro, de angústia, de tristeza,
porque nós fomos elevados às alturas pelo orgulho; satanás conseguiu colocar
sua coroa de vanglória em nossas cabeças. Agora é o momento para que ouçamos
aquilo que vem tapar nossas bocas, acabar com nossas festas e nos levar ao pó.
Quem somos nós? De onde viemos? O que recebemos de nossos pais? O que nosso
viver natural pode produzir? O que podemos dar a Deus? Antes de subir, não é
melhor descer? Como funciona a “Escola da Graça”? Ela é diferente, porque as
lições do nosso Professor nos leva ao pó, nos fazem corar de vergonha, porque
primeiramente nos mostra que nossa origem é antiga, muito antiga. Nossa
história é narrada por Deus desde aquele dia, quando ali no Éden, num ambiente
santo negamos a Deus e confessamos que éramos do pecado e do diabo.
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