“Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais.
Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha” I Pedro 1:18,19).
AVALIANDO
A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ (verso 17)
Caro leitor, avaliemos bem a nossa
confissão, porquanto o verso 18 nos chama a considerar nossa fé, onde ela está
estribada, se realmente entendemos nossa salvação, se está firmada no sangue
remidor, ou se ainda estamos levados pelo engano de uma salvação firmada em nós
mesmos, em nossas obras. Normalmente somos inclinados a esquecer as maravilhas
da graça; somos voltados a render culto a nós mesmos e seguirmos um padrão de
vida como o mundo segue, sem qualquer temor. Veja bem, porque se estivermos
firmados em nós mesmos, imediatamente perderemos o temor e a ingratidão virá.
Muitos simplesmente agarram ao fato que foram salvos, se tranquilizam num
descanso de que de fato vão para o céu, mas seguem a vida sem qualquer entendimento
do custo da fé, das implicações de um viver santo e da necessidade de depender
humildemente de Deus.
Então, tomemos o verso 18, porque ele
vai faz brilhar o altíssimo preço pago. Lembremos bem que ninguém pode trilhar
o caminho santo com Deus sem estar firmado na verdade da cruz. A vida cristã só
pode ser vivida por homens e mulheres que um dia conheceram a redenção, que
entenderam o perdão de Deus por meio do Cordeiro puro. Não há como separar a
cruz do nosso modo de viver, porque é do calvário que brilha o facho de luz no
caminho rumo ao céu. Nosso farol está na colina do Calvário e não do monte Sinai,
nem de qualquer organização religiosa. A nossa salvação grandiosa, eterna e
gloriosa nos faz olhar para traz, para a compra que foi feita e assim marcar
nosso ser com humildade e disposição de obediência.
Eis como o Espírito Santo inspirou Pedro
para essa santa exortação do verso 18. A primeira lição que o texto nos fornece
é que é dissipado todo engano natural, que nossas obras, nossas atividades,
nosso esforço, nosso empreendimento, etc. nada disso teve qualquer valia para
nossa salvação e para nosso viver agora como crentes. O fato é que ainda na
carne somos constantemente cortejados a pensar que temos algum valor em nós
mesmos, no íntimo achamos que temos merecimento e que as atividades carnais
tiveram alguma validade para Deus. O pecado sempre se manifesta na carne para
se exaltar e dizer que temos alguma glória em nós mesmos. Se não cuidarmos o
orgulho toma a dianteira e nos puxa para uma queda terrível. O engano do pecado
trava o motor do viver do crente e o paralisa; o engano do pecado vem sempre
nos tirar do rumo certo e mostrar que temos o direito de regressar, viver para
o mundo, para esse Egito enganador e ainda sentir a aprovação de Deus.
Mas eis o que aparece em franca
repreensão no verso 18: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro...”. Pedro nos leva a pensar, a voltar à verdade bíblica, para
que jamais nos afastemos desses fatos da redenção. Podemos esquecer de qualquer
outro detalhe, de qualquer bênção material, de qualquer ato de fé, mas jamais
devemos esquecer que éramos cegos, mas agora vemos, que estávamos mortos, mas
que agora vivemos, que éramos escravos que foram libertados. Que verdade! Nunca
devemos esquecer da mensagem cheia da compaixão de Deus por nós. Tudo o que
fazemos e agora devemos fazer tudo para a glória de Deus, lembrando que éramos “escravos
de Faraó”, que fomos arrancados do mundo por uma poderosa mão de graça e de
poder.
Não é maravilhosa nossa história? Volte
agora para relembrar caro leitor, do que você era e o que é agora em Cristo!
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