“No dia seguinte, viu
João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (João 1:29).
O VERDADEIRO
SALVADOR: “...o Cordeiro de Deus...”.
Caro leitor, qual é o homem que
realmente quer esse Salvador apresentado por João? Quem de nós por natureza
teria coragem para escolhê-Lo? Nada havia no Salvador que nos chamasse a
atenção; nada de beleza natural havia Nele que nos atraísse assim. Por natureza
somos apegados àquilo que tanto atrai a corrupção de nossos corações. O que
realmente nos atrai é a formosura, a força, a grandeza e a sabedoria humana. O
Jesus mundano é muito adaptado aos gostos e às opiniões de todos. Veja o que o
mundo pinta a respeito de Cristo, porque nada compara com o que é apresentado
acerca do Cordeiro de Deus, conforme a descrição de Isaías 53. Quem deseja uma “raiz
de uma terra seca”? Somos atraídos por um Jesus fisicamente bonito e simpático.
Mas, pisemos firme o solo bíblico,
vejamos o Salvador conforme o padrão de Deus, porque João foi realmente fiel em
sua apresentação: “Eis o Cordeiro de Deus...”. Aquele que João apresentou aos
discípulos, primeiramente é o eleito de Deus para tal obra salvadora, é de fato
o “Cordeiro de Deus”. Não foi escolhido segundo a opinião e o gosto dos homens,
porque a multidão mundana jamais queria tê-lo. Os homens nada querem do céu,
porque odeiam tudo o que emana de Deus, tudo o que é santo e puro. Os homens já
escolheram os reis da terra (Salmo 2), assim como o próprio Israel queria um
rei conforme o costume das nações e assim rejeitou no coração o Senhor. Veja a
maneira como os judeus trataram o Filho de Deus; veja como foi rejeitado,
odiado, desprezado, mesmo diante de tantos sinais e maravilhas, mesmo diante de
tantas obras de bondade, mesmo ouvindo verdades ensinadas plenamente de acordo
com as Escrituras que tanto eles achavam que buscavam e criam:
Os judeus O
rejeitaram, escolhendo outro rei.
Pergunto agora aos crentes: Era de fato
esse o Senhor que na carne nós queríamos tê-Lo? Claro que não! Nós não O
escolhemos, mas sim foi Ele quem nos escolheu (João 15:16), caso contrário
teríamos ajuntados à multidão para apedrejá-Lo. Nossos atos provavam isso, como
sabendo de Sua história, do Seu sacrifício, do Seu amor provado, mesmo assim
corríamos para o mundo, para beijar a face do homicida, e obedecer os impulsos
do espírito que agora opera nos filhos da obediência. Não era assim? O Cordeiro
veio de Deus, do coração de Deus, do perfeito amor de Deus. Deixado à nossa
decisão, estaríamos prontos para fabricar nossos ídolos, enfeitá-los do gosto
nosso e carregá-los para “abençoar” nosso viver mundano e carnal. Quanta
loucura do pecado! Quantos atos de miséria provamos em nossa jornada de terror!
Mas o Cordeiro é o eleito de Deus, amado
de Deus, Servo de Deus e quanto ao mundo é o rejeitado das nações. Jamais
deixou de ser assim. Mesmo quando aqui andou rumo à cruz, jamais desviou de Sua
função para a qual se santificou. Em tudo desejou fazer a vontade do Pai,
jamais desviando nem sequer um pouco do seu alvo santo, da intenção de salvar o
povo escolhido. Ele é, de fato, o Cordeiro de Deus, e isso indica que veio do
céu à terra; que é Ele o mais precioso tesouro enviado aos homens; de toda
graça é a mais fascinante, aquilo que está alem da nossa compreensão e que está
também acima de tudo o que foi criado no mundo e no universo. Somente um mundo
louco e insensato rejeita o Cordeiro de Deus. Mas é na salvação que homens e
mulheres se encantam com essa provisão do Alto. Corações transformados podem
chorar em pranto agora e admirar essa riqueza providenciada desde a eternidade
e que desceu do céu aqui na terra para trazer salvação perfeita, eterna para
aqueles que creem Nele de todo coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário