quarta-feira, 20 de maio de 2015

O ALTÍSSIMO PREÇO PAGO (10)




“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais. Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha” I Pedro 1:18,19).
AVALIANDO A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ         (verso 17)
        Prezado leitor, o verso 17 nos leva à fazer uma avaliação pessoal de nossa fé. É importante que nós venhamos a julgar a nós mesmos à luz da verdade bíblica. Nesse ambiente onde tudo que recebemos tem que ser positivo e deve ser saudado com nosso “amém”, precisamos lembrar que a Palavra de Deus em nada deve ser aceita assim. O trigo deve ser examinado, para ver se não é joio; a palha deve ser arrancada e separada para o fogo. Não esqueçamos que tem a fé verdadeira, mas tem a fé espúria. Em tudo satanás procura imitar Deus e suas imitações vistas superficialmente parecem ser mais bonitas e agradáveis aos olhos. Por essa razão quero trazer aqui o verso 17: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação”.
        Na primeira lição somos exortados a avaliar o Deus afirmamos crer Nele: “...se invocais...”. É preciso que encaremos isso com extrema seriedade, porque ao lidar com o Deus da Bíblia, devemos saber que isso não pode ser levado com brincadeira, mas sim com temor. Quem é esse Deus que invocamos? É o verdadeiro Deus? Lembremos bem que homens religiosos invocam seus deuses, assim como os adoradores de Baal invocavam seu ídolo (1 Reis 18). Homens podem criar seu ídolo no coração, chamá-lo de Jesus e passar a invocá-lo constantemente. Já lidei com pessoas que afirmaram ser crentes, mas claramente mostravam que sua fé estava depositada num deus diferente, um deus que ele mesmo inventou e criou para si.
        A confissão de alguém pode parecer ser bela e bem religiosa, mas em nada pode estar ligada à verdade conforme as Escrituras. Conheci alguém que confessava ser de Deus, ser um crente, mas o seu deus era diferente, era mais brando, que não punirá eternamente os rebeldes. Ele aceitava porções das Escrituras que combinassem bem com aquilo que ele afirmava crer. Muitos afirmam ser crentes porque querem ir para o céu e assim escapar do inferno; muitos confessam uma fé assim, totalmente confiante na sua condição após a morte, mas em nada tem qualquer compromisso de viver aqui em santidade e marchar com firmeza rumo ao céu aliado ao povo de Deus.
        Mas Pedro segue firme nessa exortação. Quem é o Deus que invocamos? Quem é esse que afirmo categoricamente que creio Nele? Quem é esse que afirmo ser meu Pai? É verdade isso, ou estou apenas dizendo balelas? Quando afirmo que o Deus da Bíblia é meu Pai, tal confissão pode acarretar seríssimas responsabilidades no meu viver. Quem é esse que chamo de “meu Pai”? É o Deus santo e justo? É o Deus que está completa e eternamente distante do pecado? É o Deus que é imutavelmente santo? Compreendo essa confissão minha à luz daquilo que toda Escritura fala acerca de Deus, ou estou simplesmente errando não conhecendo a verdade conforme foi registrada? Israel nos dias de Ezequiel afirmava que o Deus santo era seu Deus, mas a nação estava no coração afastada do Senhor e o nome Santo de Jeová era desonrado no meio dos gentios (Ezequiel 20:14).
        Meu amigo, em sua confissão de fé, qual é o seu Deus? Lembre-se que o seu Deus é mostrado em sua vida, por meio de seus atos e palavras. Lembre-se que há perigo de viver enganado e enganando. É essa a lição que aparece no verso 17. Cuidado com a falsa fé, especialmente porque satanás tem enganado milhares com uma paz perigosa e letal às suas almas.

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