“Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais.
Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha” I Pedro 1:18,19).
AVALIANDO
A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ (verso 17)
Prezado leitor, o verso 17 nos leva à
fazer uma avaliação pessoal de nossa fé. É importante que nós venhamos a julgar
a nós mesmos à luz da verdade bíblica. Nesse ambiente onde tudo que recebemos
tem que ser positivo e deve ser saudado com nosso “amém”, precisamos lembrar
que a Palavra de Deus em nada deve ser aceita assim. O trigo deve ser
examinado, para ver se não é joio; a palha deve ser arrancada e separada para o
fogo. Não esqueçamos que tem a fé verdadeira, mas tem a fé espúria. Em tudo
satanás procura imitar Deus e suas imitações vistas superficialmente parecem
ser mais bonitas e agradáveis aos olhos. Por essa razão quero trazer aqui o
verso 17: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga
segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa
peregrinação”.
Na primeira lição somos exortados a
avaliar o Deus afirmamos crer Nele: “...se invocais...”. É preciso que
encaremos isso com extrema seriedade, porque ao lidar com o Deus da Bíblia,
devemos saber que isso não pode ser levado com brincadeira, mas sim com temor. Quem
é esse Deus que invocamos? É o verdadeiro Deus? Lembremos bem que homens
religiosos invocam seus deuses, assim como os adoradores de Baal invocavam seu
ídolo (1 Reis 18). Homens podem criar seu ídolo no coração, chamá-lo de Jesus e
passar a invocá-lo constantemente. Já lidei com pessoas que afirmaram ser
crentes, mas claramente mostravam que sua fé estava depositada num deus
diferente, um deus que ele mesmo inventou e criou para si.
A confissão de alguém pode parecer ser
bela e bem religiosa, mas em nada pode estar ligada à verdade conforme as
Escrituras. Conheci alguém que confessava ser de Deus, ser um crente, mas o seu
deus era diferente, era mais brando, que não punirá eternamente os rebeldes.
Ele aceitava porções das Escrituras que combinassem bem com aquilo que ele
afirmava crer. Muitos afirmam ser crentes porque querem ir para o céu e assim
escapar do inferno; muitos confessam uma fé assim, totalmente confiante na sua
condição após a morte, mas em nada tem qualquer compromisso de viver aqui em
santidade e marchar com firmeza rumo ao céu aliado ao povo de Deus.
Mas Pedro segue firme nessa exortação.
Quem é o Deus que invocamos? Quem é esse que afirmo categoricamente que creio
Nele? Quem é esse que afirmo ser meu Pai? É verdade isso, ou estou apenas
dizendo balelas? Quando afirmo que o Deus da Bíblia é meu Pai, tal confissão
pode acarretar seríssimas responsabilidades no meu viver. Quem é esse que chamo
de “meu Pai”? É o Deus santo e justo? É o Deus que está completa e eternamente
distante do pecado? É o Deus que é imutavelmente santo? Compreendo essa
confissão minha à luz daquilo que toda Escritura fala acerca de Deus, ou estou simplesmente
errando não conhecendo a verdade conforme foi registrada? Israel nos dias de
Ezequiel afirmava que o Deus santo era seu Deus, mas a nação estava no coração
afastada do Senhor e o nome Santo de Jeová era desonrado no meio dos gentios
(Ezequiel 20:14).
Meu amigo, em sua confissão de fé, qual
é o seu Deus? Lembre-se que o seu Deus é mostrado em sua vida, por meio de seus
atos e palavras. Lembre-se que há perigo de viver enganado e enganando. É essa
a lição que aparece no verso 17. Cuidado com a falsa fé, especialmente porque
satanás tem enganado milhares com uma paz perigosa e letal às suas almas.
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