“Saberá toda esta multidão que
o Senhor salva, não com espada, nem com lança, porque do Senhor é a guerra, e
ele vos entregará nas nossas mãos” (1 Samuel 15:47).
Caro leitor somos chamados a encarar de
perto o que aquele herói da fé – Davi falou aos ouvidos dos tímidos soldados de
Israel, assustados diante do desafio do filisteus Golias. Já pudemos ver que a
guerra é do Senhor; que as batalhas contra o mal, contra a mentira, contra toda
perversidade e impiedade pertencem ao Senhor. Davi estava consciente que por
ele mesmo jamais conseguiria vencer aquele poderoso soldado inimigo. Seria por
demais presunçoso entrar naquela batalha confiando em sua capacidade própria.
Então, se a guerra é do Senhor, ignoremos
toda oposição que venha contra nós. Os inimigos que devem saber que estão
cercados de perigos eternos; que o Todo-Poderoso está contra eles e quem pode
resistir ao Senhor dos exércitos? Vejo agora como os inimigos cercaram a igreja
do Senhor; como estão bem armados com novas armas da mentira religiosa e como
se gabam de que nada há de derrotá-los! Ó quão imbecis eles são! Não foi assim
que agiu Senaqueribe? (2 Reis 19). E qual foi o resultado?
Também, se a guerra é do Senhor, jamais
ficaremos intimidados por causa de nossa fraqueza. Realmente somos
frágeis. Nós os crentes nada temos de defesa, pois nossas armas não são aquelas
que nossos inimigos utilizam, pois eles se vangloriam em suas armas carnais.
Nós os crentes somos fortes quando estamos fracos, pois o poder de Deus toma
nossa vida quando nos achamos desarmados de nós mesmos, de nossa confiança vã.
Somente nessa condição que o Senhor há de nos fortalecer em Sua própria luta.
Se a guerra é do Senhor, nos atiraremos
a essa santa guerra de todo coração. Nós nos apresentaremos a Ele
voluntariamente; obedeceremos às ordens do nosso capitão, pois Ele chegará e
verá se Seu exército é santo e cheio de confiança Nele. Ele não vai admitir que
nenhum covarde entre em Sua batalha, mas sim os que realmente creem e que estão
prontos a abandonar qualquer coisa, tendo em vista a glória do Nome Dele.
Devemos tanto a Ele, por isso em gratidão entraremos nesse santo combate.
Se a guerra é do Senhor, então escolheremos
as melhores armas. Davi recusou as armas que os medrosos não ousaram usar.
Se não serviam para eles, como vão servir à fé cristã? A fé toma o caminho
certo, utilizando aquilo que aos olhos do mundo não serve. Nós entramos na
guerra do Senhor usando os instrumentos que o diabo utiliza. O que a mentira
sempre usa é aquilo que o mundo tem com suas manobras psicológicas. Nós
entramos na guerra do Senhor carregando conosco as munições da verdade, do
amor, da paciência, da oração perseverante.
Se a guerra é do Senhor entramos
nela confiantes na vitória. A causa é Dele, o Nome é o Dele; a glória é
Dele. Ninguém pode contra Ele, porque todos esses inimigos já foram derrotados
na cruz. Olhamos o passado e vemos a destruição causada pelo Senhor contra os
Seus adversários. Milhões de “Golias” perderam suas cabeças, porque ousaram enfrentar
Deus. Os “Golias” modernos são diferentes? Não! Não passam de vermes rastejando
nesta vida oca e vã. Em oração Lutero rogava continuamente: “Senhor, esta causa
é Tua e não minha. Portanto, faze Tua própria obra; porque se este evangelho
não prosperar, não ser prosperar, não será Lutero sozinho que sairá perdendo,
mas o Teu próprio Nome será desonrado”.
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