“Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em
caminhos de morte” Provérbios
14:12.
É bom que examinemos bem o ensino tão norteador que nos traz
este verso. Ele mostra o quanto a Palavra de Deus é um livro revelador, e que
nada pode ficar oculto diante da Suprema verdade inspirada. Este verso aparece
como um raio-X do céu para mostrar aquilo que está oculto no coração, que
parece sábio e espiritual aos olhos humanos, mas que, sob o escrutínio bíblico
não passa de ser loucura.
Importa que primeiramente saibamos que há caminho
claramente não direito. Sua sujeira é perceptível de longa distância. Por
exemplo, tem o caminho da desonra. Alguém poderá fugir do pecado do roubo a fim
de que não seja preso. Ele quer preservar seu nome de uma infâmia tal. Tem
também o caminho que expõe claramente o abismo lá adiante, e muitos são aqueles
que evitam transitar por esse caminho. Muitos podem fugir das drogas, ou de
outro vício que poderia empurrá-los para a morte repentinamente. Religiosamente
falando, muitos fugiriam de uma seita claramente satanista e com o envolvimento
direto com as trevas. São muitas as religiões que fazem isso, mas de forma tão
encoberta que seus seguidores não percebem as artimanhas do pai da mentira.
Mas tem o caminho aparentemente direito. Por quê?
A avaliação desse caminho é feita pelo próprio homem: “... que ao homem...”. Não é
uma avaliação baseada em convicções documentadas. O homem examina o caminho que
aos seus olhos parece direito, porque foi feita uma avaliação à luz da presente
situação. Ele não examinou nem o que ocorreu no passado, nem tampouco as
conseqüências futuras. Foi baseado em pura emoção, à luz do presente contexto
social, firmando na possibilidade de que no final daquele caminho não haverá
qualquer juízo, porquanto muitos já tomaram o mesmo caminho e estão indo muito
bem. Também, o caminho é examinado à luz da facilidade com que o homem enganado
pode transitar por ele. Tudo fácil, sem qualquer empecilho em sua frente.
Mas há um final desastroso. Por quê? A primeira
coisa a considerar neste ponto é que todo caminho tem um final. Nesta vida
sempre estamos indo em direção a um final. O final desse caminho é desastroso
porque não houve o apoio de Deus e de Sua Santa lei. O homem tomou sua decisão
e ignorou o Grande e Sábio Senhor que vê todas as coisas e que Seu juízo
permeia toda terra. É um caminho desastroso também porque está desvinculado da
abnegação e do amor ao próximo. Parece direito ao homem, mas no final trará
prejuízo aos seus semelhantes. Devemos considerar também o fato que o ser
humano está cumprindo a lei da semeadura, e que ele há de ceifar aquilo que
semeou. Consideremos também o juízo. Ninguém pode ficar impune em seus atos
tortuosos. O juízo virá na eternidade, mas também acontece aqui com tristes
resultados.
Mas o verso não termina assim, pois nos mostra
também o resultado do “caminho que ao homem parece direito”.
Resulta em “Caminhos de morte”. São “Caminhos de morte” nos seus resultados
imediatos. Todo pecado tem como seu efeito a morte. Ela aparece trazendo suas
desgraças em forma de tristeza, depressão, angústia, dor, e outras coisas
semelhantes. Também são “caminhos de morte” no sentido que
ela aprisiona a alma nesta vida. E pode chegar ao ponto de que a alma fica sem
qualquer esperança nesta vida. Uma enfermidade mortal, ou mesmo um percurso de
dor e solidão pelo resto da vida. E podemos adicionar que dará em “caminhos de
morte” quando a alma poderá ser empurrada para o abismo eterno em vergonha e
horror eternos.
Amigo, o único caminho seguro para a alma é o
caminho da cruz. Não tem esperança para o perdido fora do sangue do Cordeiro de
Deus. Certamente é humilhante a decisão de ir a Cristo, mas é o caminho certo
da paz com Deus e da segurança eterna. O caminho para o céu é o único caminho
documentado e triunfante para o céu.
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