“Feliz o homem constante no temor de Deus;
mas o que endurece o coração cairá no mal” Provérbios 28:14
A PIEDADE
DEFINIDA: “feliz o homem constante no
temor do Senhor...”
Caro
leitor é necessário que avancemos mais no conhecimento das lições que envolvem esse
texto de Provérbios. Não há dúvidas que vivemos dias terríveis, quando as
forças do mal têm chegado com novas e belas propostas religiosas para este
mundo. Quase não vemos mais homens e mulheres piedosos, eles são raros. Sem
esses homens justos e santos a sociedade sofre efeitos drásticos da investida
de todo tipo de maldade, exatamente como experimentamos em nossos dias. Se tem
algo que mais necessitamos em nossos dias é a presença de homens e mulheres que
vivam a vida de Deus, para a glória de Deus.
O
próprio texto define a piedade em poucas palavras, pois o homem piedoso é feliz
porque anda constantemente no temor de Deus. Vamos verificar mais de perto essa
bem-aventurança que envolve a vida do piedoso. Já pudemos ver que piedade não é
um aprisionamento religioso; não é uma
sujeição vil a qualquer organização; não é a sujeição a um sistema legalístico.
O texto afirma que o piedoso é alguém feliz: “Feliz o homem...”. Essa felicidade, entretanto não é algo
circunstancial, puramente externo. O texto parece ser cheio de contradição,
pois como pode o temor gerar felicidade? Mas sabemos que a ausência de temor a
Deus que faz pairar sobre a cabeça do homem uma felicidade banal e transitória.
Notemos
o homem mundano, pois ele parece ser mais feliz que os crentes. Foi exatamente
isso o que o salmista quis mostrar no Salmo 73. Ali estava um crente sofrendo,
passando por dificuldades financeiras e com muitas lutas e provas, enquanto o
ímpio vivia em pleno progresso material. Então, não parece combinar bem, pois
os santos de Deus passam por provações aqui, enquanto os ímpios são bem
sucedidos, mesmo mostrando no viver o quanto odeiam e desprezam a Deus. Mas a
verdade deve ser vista do ponto de vista da felicidade que vem de dentro para
fora, e não ao contrário. A felicidade que os ímpios têm depende inteiramente
das circunstâncias nas quais ele vive.
Mas
sabemos que este neste mundo tudo passa e a correnteza do tempo leva tudo para
o abismo. O homem ímpio transita em lugares perigosos; como cego ele não
percebe os perigos terríveis que de repente vêm como assolação. Mas o salvo não
vive mobilizado pelas circunstâncias. Notemos a vida de Mardoqueu, o primo da
rainha Ester. Sua felicidade consistia em viver para o Deus de Israel e servir
seu povo. Quando foi elevado à categoria de príncipe em lugar do perverso Hamã,
tal posição não alterou seu viver. Ele continuou o mesmo e usou sua posição
para servir ao seu povo (Ester 10).
Onde
está a felicidade de um homem piedoso? Ela tem como fortíssima e inabalável
estrutura o conhecimento de Deus. O homem só é feliz a partir de sua conversão,
caso contrário é um miserável, pobre, cego e nu (Apocalipse 3:17). Essa
felicidade é chamada de “bem-aventurança” (Salmo 32:1), porque de repente a
pessoa percebe que fora achada por Deus. De repente ela percebe que seus olhos
foram abertos e seus ouvidos passaram a ouvir a verdade de que era um perdido
pecador e que estava condenado para ser atirado merecidamente às prisões
eternas. Ele é uma alma arrependida, humilhada e convicta, mas pronta para
confessar.
Ele
ouve que Deus lhe amou, que providenciou Sua salvação quando o Cordeiro foi
entregue na cruz, a fim de ocupar nosso lugar. Ele ouviu sobre o perdão dos
seus pecados, da purificação do seu coração e da perfeita justiça do Filho de
Deus e que por isso ele é aceito. Ora tudo isso gerou imediatamente a
felicidade eterna em seu coração.
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