sexta-feira, 25 de julho de 2014

DEUS E SEUS INIMIGOS (22)



Apresentar-se-á voluntariamente, o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens (Salmo 110:3)
A MARCA DISTINTIVA DO POVO DE DEUS: “com santos ornamentos...”.
         Caro leitor temos visto o quanto o Senhor opera Sua soberana salvação em pleno território inimigo; como Ele, no dia do Seu poder chama os pecadores ao arrependimento. Sempre foi assim que Deus operou e opera neste mundo, a fim de chamar Seu povo eleito ao lugar de salvação e tudo ocorre como Ele quer e quando ele quer. Toda tentativa de levar o homem à salvação fora desse dia do poder Dele é um esforço inútil, que resulta em problemas sérios para a causa do evangelho, exatamente como vemos ocorrendo em nossos dias.
         Então vemos no texto que há uma marca que distingue o povo chamado ao arrependimento. Ora, sem esse elemento que mostra a real diferença na vida do povo de Deus neste mundo, tudo acarretará em confusão. A salvação opera santidade no viver e essa santidade aparece no texto lido como os “...santos ornamentos...”.     É claro que a salvação não é pela santidade, mas sim pela convicta fé em Cristo. Este é o ensino claro em Romanos. Todo pecador arrependido que põe sua confiança no sangue remidor do Cordeiro de Deus é salvo imediatamente; é justificado e aceito por Deus legalmente sem qualquer culpa. É firmado nessa tão grande salvação que todo crente vive na paz com Deus (Romanos 5:1) e está apto para andar firmemente para o céu, sem qualquer medo da condenação (Romanos 8:1).     
         Mas santidade aparece nos salvos como os “...santos ornamentos...”, mostrando que algo aconteceu, que há novidade de vida (Romanos 6), que os salvos trilham um caminho diferente e que agora pertencem a Deus. Caro leitor, não esqueçamos que Deus deu essa marca que mostra exatamente quem é Seu povo. Notemos que a santidade apareceu ornamentando o viver daqueles que se converteram no dia de Pentecostes (Atos 2), pois estavam juntos cheios de júbilos, em santo temor e com novas e surpreendentes atitudes, não só para com Deus, como também para com seus semelhantes.
         O que realmente acontece? O que o Espírito Santo quer nos ensinar com esses “...santos ornamentos...”? A resposta é simples. Deus salva pecadores a fim de mostrar ao mundo a incrível força do Seu braço em dar aos homens a vida que há no Seu Filho. Santidade é o que? É a vida de Jesus numa alma que antes vivia em seus pecados. Agora tudo mudou e a pessoa para a viver para agradar ao Senhor. Digo mais, santidade a alma nada tendo de engano no íntimo; é a presença do Espírito de Deus habitando no salvo e conduzindo num viver reto e justo. Coletivamente, santidade o povo de Deus vivendo como “sal da terra e luz do mundo”. Santidade é o povo de Deus amando a justiça e odiando a iniquidade.
         Caro leitor, eis aí os “...santos ornamentos...”. A santidade aparece pluralizada no texto, porque se manifesta com vários adornos, assim como uma jovem se enfeita a fim de ficar mais bela. Esses santos ornamentos caracterizam os verdadeiros crentes, declaram que eles são realmente crentes; são “enfeites” vindos da Palavra e colocados no coração pelo Espírito Santo. Esses ornamentos são internos, mas aparecem no viver, são presenciados por fora e trazem bênçãos ao mundo.
         Caro leitor, não pensemos que tais ornamentos são resultados de legalismos, de obras externas, conforme viviam os fariseus. Elas são evidências de que Cristo vive nos crentes; que o Santo Senhor habita no meio do Seu povo. É o crente mostrando que é piedoso, obediente a Deus e que anda para o céu. Ora, isso irrita o mundo, porque mexe com esse sistema maligno. Mas é o que o mundo precisa. Sempre foi essa gloriosa obra de arte da graça que Deus usou para beneficiar e trazer ao mundo uma atmosfera de paz e justiça.

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