“Então, lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim
os que praticais a iniquidade” (Mateus 7:23)
A MUDANÇA DE SALVADOR PARA JUIZ:
Caro leitor, Aquele
que agora é perfeito e suficiente advogado e salvador do Seu povo, também foi
nomeado pelo Pai para ser o Juiz dos vivos e dos mortos. Esse fato deve mover
todos ao temor e tremor e não ao deboche e zombaria, como podemos observar hoje
nas asas desse evangelho moderno. Tenho procurado mostrar que Ele é competente
para julgar, porque É perfeito homem, conhecedor profundo do real significado
da humanidade. E pelo fato que jamais pecou, mesmo sendo punido em nosso lugar,
nosso Senhor é realmente capaz, justo, eficiente e suficiente para julgar e
punir definitivamente todos quantos viveram e vivem agora como inimigos de
Deus.
Continuo mostrando a
todos que mesmo em Seu ministério de salvação no meio dos homens, nosso Senhor
sempre postou-se para julgar e punir toda manifestação do pecado. Ele não
atingiu os homens, mas sim o pecado, e nisso Ele estava antecipando o que
acontecerá quando Ele assentar-Se em Seu trono para julgar vivos e mortos. A
própria presença santa do Senhor já era um ataque frontal a toda e qualquer
manifestação do pecado, para que todos soubessem que em nada os homens não
podiam manipulá-Lo e enganá-Lo. Sua presença era a presença da verdade e a
verdade em si mesma já condena as trevas. Aliás, todo ministério de
misericórdia do Senhor no meio dos homens era um aviso de que Seu juízo não
tardaria. Os homens precisavam saber que a rejeição ao Filho de Deus como
profeta, sacerdote e Rei era uma atitude suicida. Notemos bem que nosso Senhor
jamais deixou de avisar aos homens. Um dia Ele encarou Jerusalém e cheio de
ternura mostrou que aquela população ao lhe rejeitar estava caminhando para os
terrores do juízo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram
enviados! Quantas vezes quis eu reunir teus filhos como a galinha ajunta os do
seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Lucas
14:34).
Nosso Senhor também
apontou o juízo quando percebia a dureza e incredulidade do povo, mesmo em face
dos seus atos de bondade curando enfermos e fazendo toda sorte de bem. Cidades
como Cafarnaum e Betsaida não escaparam dos anúncios de juízo que certamente
cairia sobre elas: “Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao
inferno. Porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se
fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje” (Mateus 11:23).
Então, vemos que Sua misericórdia opera em salvar, mas ao mesmo tempo mostra
como um dia a porta será fechada e que muitos serão acordados para o juízo.
Também, nosso Senhor embutiu o juízo na própria mensagem do evangelho que foi
entregue aos apóstolos: “...Quem crê e for batizado será salvo, quem
porém não crê será condenado” (Marcos 16:16).
Caro leitor, noutras
palavras a mensagem chega para trazer temor; a mensagem chega para declarar aos
homens a urgência para o arrependimento; a mensagem chega para dizer aos homens
que eles devem aproveitar essa hora oportuna, esse momento especial, enquanto
brilha o sol da misericórdia sobre suas cabeças; a mensagem chega para mostrar
a liberdade da soberana atuação de Deus em usar de compaixão com uma raça
culpada; a mensagem do evangelho chega para declarar que todos os homens
merecem o castigo, merecem a severa punição; que homens e mulheres são culpados
e que não há esperança para nenhum deles fora de Deus. O evangelho anuncia que
homens e mulheres estão aprisionados aqui; que estão sob a tirania do diabo e
da morte e que o inferno lhes aguarda com voracidade. O evangelho chega para
mostrar o quanto o Senhor é longânimo e tardio para mostrar Seu juízo, mas que
quando o juízo chega é aterrorizante e eterno.
Portanto, agora é o
momento do arrependimento e conversão a Cristo!
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