terça-feira, 22 de outubro de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (31)




“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
                                                        O JUIZO DE DEUS
         Querido leitor estou certo que a Palavra de Deus é suficiente para trazer aos corações atentos o verdadeiro entendimento do terror promovido pelo pecado nesta vida e na eternidade. Tenho envidado esforços para atrair aos corações dos leitores a bênção da humilhação, porque grassa neste mundo o orgulho do pecado, e o falso evangelho promove a soberba religiosa que parte de corações não regenerados. Que a doce misericórdia do Senhor venha alcançar milhares nesses dias de trevas e ignorância das realidades eternas.
         Davi experimentou o fel das obras infrutíferas resultantes do seu pecado. O prazer de tão pouco tempo resultou em aflição pelo resto da sua vida. Mesmo obtendo o perdão de Deus, viu quão amarga foi a colheita tempestuosa daquele vento que havia plantado. O último petardo da implacável perseguição do pecado foi quando sofreu a amarga e feroz perseguição de Absalão, seu filho, que a qualquer custo queria o reino.
         O amigo leitor pode perceber que onde a maldade é semeada, o pecado imediatamente faz cessar todo sentimento e amor natural. O amor paterno, materno e filial é como as pétalas de uma rosa, tão frágeis que um simples sopro são desprendidas e jogadas fora. A rosa é bela com suas pétalas, mas uma vez retiradas, toda sua beleza desaparece e os espinhos aparecem logo abaixo no galho. O amor natural não suporta a força impetuosa do pecado num ambiente. Um homem cujo viver é tortuoso destrói o ambiente seguro e agradável dentro da sua família. Tudo é transtornado e a insegurança aparece, trazendo sofrimento para os mais fracos.
         Amigo leitor, o pecado traz escuridão e desespero à sociedade; desmancha qualquer alicerce moral e afugenta os verdadeiros valores. No pecado um homem deixa de ser homem e age como um animal no seu relacionamento. No pecado a mulher perde seu conceito de mulher, fazendo com que desapareça sua graça e dignidade. Quando o pecado não é tratado como um verdadeiro inimigo e uma abominação, seu veneno vai destruindo e aviltando tudo, como um fogo que tudo consome. Tudo o que é belo ao derredor vai desaparecendo, fazendo com que a vida perca a graça da vida, mesmo com favores materiais.
         Ora, o rei Davi conseguiu viver e reinar o restante de sua vida por causa do seu temor ao Senhor. Encarou a morte de Absalão seu filho como culpa sua; sabia que toda aquela desgraça fora causada por ele e não pelo jovem que na guerra foi morto. Por isso a morte de Absalão pesou tanto na alma de um pai amoroso! Como não haveria de chorar? Seu choro foi porque aquele pai estaria disposto a morrer no lugar do filho. Foi uma experiência que dilacerou sua alma. Ora, aquele herói de guerra nunca fugira de uma batalha, mas na perseguição preferiu agir como agiu. Não estava segurando seu reino com unhas e dentes. O que restou foi um coração arrependido perante o seu Deus e pronto a sofrer as mais graves conseqüências de sua maldade. No Salmo 51 as palavras de Davi pintam em vívidas cores o significado de um coração arrependido. Deus é o Deus dos corações arrependidos. Normalmente o pecado endurece o homem e o torna violento e fugitivo. Mas não foi o caso daquele gigante que tombou ferido pelo seu egoísmo.
         Meu amigo, no meio de tanta desgraça causada pelo pecado, eis que as boas novas chegam para declarar que Cristo Jesus veio ao mundo para destruir as obras do diabo. O homem arrependido vai ao pó, ao desespero, mas o Senhor inclina-se para conversar com uma alma aflita. Cristo veio ao mundo para erguer o caído! Quem mais pode fazer isso? Amigo, tente se erguer da queda do pecado por si mesmo e você verá que está se atolando na areia movediça do mal. Confesse agora a Cristo e conheça Seu perdão, amor, purificação e novidade de vida.

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