segunda-feira, 21 de outubro de 2013

JÓ E SEUS AMIGOS (1a)




                                                                  
MAKINTOCH
         O livro do Jó ocupa um lugar muito particular na Palavra de Deus. Tem um caráter totalmente próprio, e ensina lições que as não vamos encontrar em nenhuma outra parte do inspirado Volume. Não é nosso propósito abordar a questão da autenticidade deste precioso livro nem contribuir as provas de sua divina inspiração. Estas coisas temo-as por certas; e não temos a menor dúvida quanto à sua veracidade, por isso deixamos tais provas em mãos mais capazes. Recebemos o livro do Jó como parte das Santas Escrituras e, por conseguinte, para o proveito e bênção do povo de Deus. Não necessitamos de provas para nós, nem tampouco pretendemos oferecer nenhuma delas aos nossos leitores.
         E cabe agregar ainda que não temos intenções de entrar em investigações em relação à autoria deste livro, o que, por muito interessante que seja, cremos que se trata de um assunto puramente secundário. Recebemos o livro como procedente de Deus, e isto basta-nos. Cremos de todo coração que é um escrito inspirado, e sentimos que não nos incumbe discutir a questão referente a onde, quando ou por quem foi escrito.
         Resumindo, propomo-nos, com a ajuda do Senhor, oferecer ao leitor alguns pensamentos simples e práticos sobre este livro, o qual cremos que requer um estudo mais detido para poder ser melhor compreendido. Queira o Espírito eterno — o Autor do livro— explicá-lo e aplicá-lo às nossas almas!
PROSPERIDADE DE JÓ
         Na primeira folha deste notável livro vemos o patriarca Jó rodeado de tudo quanto o mundo podia fazer agradável aos seus olhos, assim como de coisas que neste mundo lhe podiam outorgar um lugar importante. “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.” (Jó 1:1) Vemos aqui o que era Jó na sua vida. Vejamos agora o que ele tinha.
         “E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente. E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.” (Jó 1:2-4 ) Por último, para completar o quadro, nos consigna o que Jó fazia.
         “Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente. (Jó 1:5) Aqui temos, pois, um modelo de homem bastante fora do comum. Era perfeito e reto, temeroso de Deus e afastado do mal. Além disso, a mão de Deus o protegia em tudo, e derramava sobre o seu caminho as mais ricas bênçãos. Jó tinha tudo o que o coração pudesse desejar: filhos, abundância de riquezas, honra e distinção sobre todos os que o rodeavam. Numa palavra, quase diríamos que a taça do seu deleite terrestre estava cheia.

(extraído de “no caminho de Jesus”, com tradução de Antônio Carlos”

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