“Se o meu povo que se
chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
TERCEIRO REQUISITO:
buscar a face: “...buscar a minha face...
O terceiro requisito apresentado por
Deus é um impressionante desafio que aparece na linguagem comum do Velho
Testamento “...buscar a minha face...”. Com a graça de Deus hei de ajudar meus
leitores na compreensão dessa incrível verdade. Como já havia falado
anteriormente, os dois primeiros nos tirou da nossa zona de conforto, do nosso
querido egoísmo. Este agora nos impulsiona subir as alturas da verdadeira
oração. Creio eu que são poucos os crentes atuais que realmente oram. Posso
assegurar que nós não conhecemos o que significa “buscar a minha face...”. O
fato é que se quisermos vencer e conquistar grandes coisas no serviço de Deus,
realmente precisamos nos exercitar, de forma prática no aplicar esse terceiro
requisito.
Creio que será de muito valor se
tomarmos lições práticas de homens de Deus, os quais conheciam o Senhor, a
ponto de buscar sua face naquilo que eles sabiam bem que poderiam achar. Jacó
entendeu a grandeza do Deus de seus pais, por isso aquele encontro com Deus no
Vau de Jaboque foi o momento crucial para ele. Ele estava sozinho; ele teria
que enfrentar a face do seu irmão Esaú; sua família poderia ser massacrada pela
fúria de um irmão que anos antes prometera mata-lo. O que Jacó faria? O que ele
não sabia é que Deus preparou tudo para aquele encontro e foi ali que Jacó
realmente pode “buscar a face” do Senhor, e realmente achou: “Não te deixarei
se não me abençoares” (Gênesis 32:26).
Outro exemplo de grandioso valor podemos
extrair na vida de Abraão. Aquele homem de Deus recebeu três anjos em sua casa
e um deles era o próprio Senhor. Abraão ficou sabendo que Sodoma e Gomorra
seriam destruídas e Ló seu sobrinho morava lá com sua família. Quando dois dos
anjos foram para Sodoma eis que o Senhor ficou com Abraão e ali o homem de fé
pode encarar a face bondosa do Senhor numa oração de incrível intercessão.
Abraão conhecia seu Deus, sabia que era um Deus justo e compassivo, por isso
ele ali, com temor, reverência e humildade pode pedir indiretamente o
livramento do seu sobrinho com sua família (Gênesis 18).
Mas a verdade de “...buscar a minha
face...” foi realmente compreendida por Moisés, naquela ocasião, quando Israel
fez os dois bezerros de ouro e os constituiu com seus deuses e até mesmo confessaram
unanimemente que foram eles que os tiraram do Egito. De fato foi um terrível
pecado; foi uma manifestação de profunda ingratidão, de rebeldia e de afronta
ao Senhor. De fato, o Senhor estava pronto para descer e aplicar sua ira,
destruindo aquele povo. Mas foi ali que Moisés se tornou um tipo de Cristo, pois
foi perante a face do seu Deus; compreendeu que aquele ser justo, santo e puro
era o mesmo Deus de Abraão, o Deus de misericórdia. Por essa razão Moisés se atirou
aos pés do Senhor, a fim de implorar sua compaixão. Moisés sabia como buscar a
face do Senhor; soube como conquistar um coração de amor, não obstante a ira de
Deus ardia contra um povo que merecia castigo.
Trouxe para meus leitores essas
ilustrações. Elas são suficientes para nosso propósito em explicar o texto.
Salomão precisa saber que o Deus de Israel agiria sim, com justiça e juízo contra
um povo rebelde. Aquele lindo e caríssimo templo em nada conquistaria o coração
de Deus, porque sua habitação é nos céus. Salomão mesmo havia dito que os céus
dos céus não podem conter a presença do Senhor. Tudo isso tinha como mira
trazer o povo ao temor e até mesmo tremor. Como passar isso às nossas vidas
hoje?
Nenhum comentário:
Postar um comentário