quarta-feira, 21 de março de 2018

“O VIVER ENGANOSO DOS MUNDANOS” (5)


                             
“Por que te orgulhas de teus vales? Por que te orgulhas dos teus luxuriantes vales? Ó Filha infiel! Tu confias em tuas riquezas e dizes: Quem me atacará?” (JEREMIAS 49:4).
AS PALAVRAS DE UM DEUS QUE REVELA ONDE OS HOMENS      ESTÃO: “...te glorias nos vales...”.
        O texto nos leva também ao próximo assunto, mas sempre mantendo em vista o tema central. Onde os homens estão vivendo? “...nos vales...”. Vamos checar bem as santas palavras do nosso Senhor, sempre as vendo à luz daquilo que aprendemos acerca do nosso Deus. Só Ele conhece cada ser humano; só ele sabe de tudo o que passa, até mesmo aquilo que está oculto nas profundezas de nossas intenções, assim como podemos entender a linguagem que Ele mesmo usa acerca do arrogante rei da Assíria: “Mas eu conheço teu assentar, teu levantar e teu furor contra mim” (2 Reis 19).
        Onde os homens estão? “No vale”! E eles se orgulham disso: “Por que te orgulhas...?”. Ora, essa linguagem do nosso Senhor nos traz importantes lições para nossas vidas, a fim de que aprendamos acerca deste mundo. A ideia de “vale” é que o mundo está localizado, não lá em cima, mas sim nos lugares baixos. O vale é sempre notável pelas montanhas, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo. No Velho Testamento os “montes” (na linguagem profética e poética) normalmente trata-se de destaque, posição, orgulho humano, etc. Mas quando se refere a Deus e ao Seu lugar de habitação, então se trata do lugar inatingível pelos homens. No texto Deus está mostrando o quanto os homens estão enganados; o quanto estão sob o orgulho do pecado, porque estão lá embaixo; que há um Deus que os vê em todos os detalhes da vida. Por causa desse terrível efeito do engano do pecado é que eles vivem assim, se vangloriando de suas paixões.
        Também, do texto emergem outras lições que vêm do Senhor. Ele mostra que as bênçãos no “vale” vêm dos “montes”. De lá descem as águas que fertilizam os vales. Os mundanos nem sequer cogitam essas coisas; eles comem e bebem sem qualquer motivação para dar glórias a Deus. O mundo inteiro mostra a mesma situação dos homens, porque eles são cegos e vivem no endurecimento do pecado; eles tratam a criação de Deus como se fosse possessão deles e que aqui podem se extravasar em seus atos iníquos.  Mas, das montanhas vem o juízo de Deus. Quando Deus começa a trazer punição a este mundo, normalmente olhamos para cima; os juízos de Deus aparecem com um efeito devastador. Quando ele envia seus juízos normalmente os homens aqui não têm como evita-los, porquanto Deus se utiliza de instrumentos visíveis e invisíveis para que sejam objetos da sua fúria contra o mal: “Será que sobrevirá algum mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?” (Amós 3:6).
        Podemos perceber que há neste “vale” uma aparência de segurança e prazer. Na linguagem do Senhor em relação aos amonitas, vemos que eles se sentiam bem, que as anormalidades eram logo esquecidas, que as mortes eram recebidas como coisas normais da vida e que podiam continuar do jeito que estavam vivendo sempre, pois o pecado dava a eles um senso de prazer e conforto aqui. Nada, nada mesmo pode tirar os mundanos dessa falsa paz, dessa impressão de bem-estar que os leva à perdição. A voz de Deus ressoa como misericórdia.
        Quando o evangelho chegou em Tessalônica, eis que tudo ali seguia a normalidade deste vale. Ali tinha idolatria, trabalhos, maldades, etc. tudo misturado com outras atividades certas e justas. Mas assim que as almas foram se convertendo em virtude da pregação, eis que Deus começou a sacudir aquela cidade com o poder da sua palavra. É claro que foi mesmo que mexer com casa de marimbondos e os apóstolos com os novos convertidos sofreram com a perseguição.
        Oh! Que o Senhor estenda esse toldo de sua misericórdia sobre esta atual geração!

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