quinta-feira, 15 de março de 2018

QUATRO REQUISITOS PARA UM AVIVAMENTO (13)




“Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
                QUARTO REQUISITO: Conversão sincera “...e se converter...”
        O que realmente significa conversão, conforme a advertência do Senhor a Israel no texto? Primeiramente vemos que Deus está se dirigindo ao Seu povo: “Se o meu povo...”. Claro que está referindo ao povo de Israel, o povo de Deus naquele tempo. Vemos o quanto Deus toma para si o direito de ser dono daquele povo. É o povo da aliança feita com Abraão; é o povo que ele foi buscar no Egito com mão forte e poderosa; é o povo com quem ele fez a aliança da lei, por isso ele tem autoridade e direitos sobre aqueles que ele mesmo resgatou. Então, qualquer atitude da parte deles em afastar-se do Senhor seria motivo de sua ira e de seu zelo. Isso ficou claro para Salomão.
        Deus exigia do seu povo conversão sincera a ele. Os dias de felicidade passam; os dias de prosperidades vão embora; os dias de bonança e felicidade nesta vida somem e desaparecem. Aliás, tais dias tendem a tirar o coração de Deus. Foi assim nos dias do rei Uzias (Isaías 6:1). O que Deus requeria da parte do povo não era melhorar periodicamente a aparência do templo, mas sim a atitude que mostraria a disposição de temor, de reverência, de mostrar perante as nações a glória do Deus de Israel. É claro que Israel falhou, por isso Deus entrou em ação para punir seu povo em várias ocasiões.
        Podemos tomar essas verdades para a igreja de Deus – o povo da sua graça. O povo de Deus foi chamado para ser participante da sua santidade. Nós somos o povo diferente, salvo pelo Senhor e posto neste mundo, a fim de representar sua glória, seu reino e, sobretudo seu grande nome. Quanto privilégio temos! Como essa verdade nos chama à lida espiritual! É verdade que a igreja não está sob o fundamento da lei, mas sim da eterna graça. A aliança feita com os santos que foram tirados de cada nação neste mundo é a aliança que Cristo fez por meio do Seu sangue. Ele ali na cruz comprou para si aquele que ele intitula de “Sua esposa”. Por isso, conversão significa algo sério; significa que o pecador realmente voltou de coração para Deus.
        Hoje, mais do que nunca precisamos dessas mensagens que evocam urgência, exame de cada coração. Não podemos brincar neste mundo; não podemos nos divertir de crentes; não podemos achar que tudo vai bem, quando o que se chama evangélico em nossos dias só toca na superfície e não na profundidade do coração. O Senhor quer conversões sinceras, provando pelo abandono dos maus caminhos. Ele não aceita mera decisão mental. É claro que a mente é tocada pela verdade, mas acima de tudo o coração deve ser renovado, a fim de que homens e mulheres mostrem que estão desviados dos seus maus caminhos.
        O que é o pecado? Porventura, Deus passou a aliar-se com o pecado? Ele mudou com o passar dos anos? Até pensar nisso nos envolve em blasfêmias. Mas a verdade é que o programa atual do movimento “evangélico” transborda dessa mentalidade tão letal às almas. A mensagem do evangelho precisa ser pregada nos púlpitos das igrejas; precisamos voltar aos tempos dos grandes pregadores, homens que sacudiram o mundo com fé corajosa. Se não houver isso não veremos avivamento. O que Deus falou com Salomão precisa chegar aos nossos corações. A graça não é sinônima de libertinagem, não é motivo para nosso mundanismo. A graça age com um amor que chega ao ponto de Deus chamar elementos perigosos no mundo, a fim de purificar sua igreja daquilo que a contamina, trazendo infâmia ao nome do Senhor.

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