“Se o meu povo que se
chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
QUARTO REQUISITO: Conversão sincera
“...e se converter...”
O que realmente significa conversão,
conforme a advertência do Senhor a Israel no texto? Primeiramente vemos que
Deus está se dirigindo ao Seu povo: “Se o meu povo...”. Claro que está
referindo ao povo de Israel, o povo de Deus naquele tempo. Vemos o quanto Deus
toma para si o direito de ser dono daquele povo. É o povo da aliança feita com
Abraão; é o povo que ele foi buscar no Egito com mão forte e poderosa; é o povo
com quem ele fez a aliança da lei, por isso ele tem autoridade e direitos sobre
aqueles que ele mesmo resgatou. Então, qualquer atitude da parte deles em
afastar-se do Senhor seria motivo de sua ira e de seu zelo. Isso ficou claro
para Salomão.
Deus exigia do seu povo conversão
sincera a ele. Os dias de felicidade passam; os dias de prosperidades vão
embora; os dias de bonança e felicidade nesta vida somem e desaparecem. Aliás,
tais dias tendem a tirar o coração de Deus. Foi assim nos dias do rei Uzias (Isaías
6:1). O que Deus requeria da parte do povo não era melhorar periodicamente a
aparência do templo, mas sim a atitude que mostraria a disposição de temor, de
reverência, de mostrar perante as nações a glória do Deus de Israel. É claro
que Israel falhou, por isso Deus entrou em ação para punir seu povo em várias
ocasiões.
Podemos tomar essas verdades para a
igreja de Deus – o povo da sua graça. O povo de Deus foi chamado para ser
participante da sua santidade. Nós somos o povo diferente, salvo pelo Senhor e
posto neste mundo, a fim de representar sua glória, seu reino e, sobretudo seu
grande nome. Quanto privilégio temos! Como essa verdade nos chama à lida
espiritual! É verdade que a igreja não está sob o fundamento da lei, mas sim da
eterna graça. A aliança feita com os santos que foram tirados de cada nação
neste mundo é a aliança que Cristo fez por meio do Seu sangue. Ele ali na cruz
comprou para si aquele que ele intitula de “Sua esposa”. Por isso, conversão
significa algo sério; significa que o pecador realmente voltou de coração para
Deus.
Hoje, mais do que nunca precisamos
dessas mensagens que evocam urgência, exame de cada coração. Não podemos
brincar neste mundo; não podemos nos divertir de crentes; não podemos achar que
tudo vai bem, quando o que se chama evangélico em nossos dias só toca na
superfície e não na profundidade do coração. O Senhor quer conversões sinceras,
provando pelo abandono dos maus caminhos. Ele não aceita mera decisão mental. É
claro que a mente é tocada pela verdade, mas acima de tudo o coração deve ser
renovado, a fim de que homens e mulheres mostrem que estão desviados dos seus
maus caminhos.
O que é o pecado? Porventura, Deus
passou a aliar-se com o pecado? Ele mudou com o passar dos anos? Até pensar
nisso nos envolve em blasfêmias. Mas a verdade é que o programa atual do movimento
“evangélico” transborda dessa mentalidade tão letal às almas. A mensagem do evangelho
precisa ser pregada nos púlpitos das igrejas; precisamos voltar aos tempos dos
grandes pregadores, homens que sacudiram o mundo com fé corajosa. Se não houver
isso não veremos avivamento. O que Deus falou com Salomão precisa chegar aos
nossos corações. A graça não é sinônima de libertinagem, não é motivo para
nosso mundanismo. A graça age com um amor que chega ao ponto de Deus chamar
elementos perigosos no mundo, a fim de purificar sua igreja daquilo que a
contamina, trazendo infâmia ao nome do Senhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário