“Se o meu povo que se
chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
PRIMEIRO REQUISITO:
humilhação “...se humilhar...”
Sem mais delongas devo entrar para
considerar cada requisito desses, apresentados pelo Senhor perante Salomão.
Algumas observações são de grande importância para nosso saber. A primeira é
que devemos saber que esses acontecimentos estavam sob a égide da lei. Deus
estava lidando com seu povo, tendo como base a aliança que havia sido feita lá
no Sinai e era uma aliança amaldiçoadora. Isso quer dizer que devemos tomar as
palavras do Senhor e avaliar seus princípios eternos, porquanto servem para
qualquer tempo e para qualquer povo.
Firmados nessa verdade, saibamos também
que Deus não está lidando hoje com templos. O templo construído por Salomão foi
um símbolo local da presença do Senhor e de sua aliança feita com seu povo, a
fim de que houvesse temor e todos os povos soubesse que o Deus de Israel era o
glorioso e soberano Deus do céu e da terra. Nós hoje, em pleno período da graça
não precisamos de templos para a presença de Deus. Ele veio habitar nos
crentes; cada pessoa que é salva passa a ser habitação do Espírito de Deus,
conforme vemos em 1 Coríntios e Efésios, passagens que se juntam à promessa do
Senhor em João 14. Usamos um salão de cultos hoje a fim de ajuntarmos com os
irmãos em Cristo para adoração e serviço ao Senhor.
Outro detalhe que considero de grande
valor à nossa compreensão é que Deus fez promessa vinculado à terra: “...e
sararei a sua terra”. Ele está referindo à terra de Israel, porque aquele
território estava vinculado às bênçãos materiais de Deus, caso o povo
obedecesse a lei e andasse em temor. Uma das provas disso foi que Deus arrancou
a nação da terra prometida por causa da desobediência e a levou cativa para os
setenta anos de cativeiro na Babilônia, para que durante esses anos a terra de
Israel pudesse descansar. Diante disso devo salientar aqui que a igreja do
Senhor não tem qualquer vínculo com qualquer pedaço de terra, nem com qualquer
nação. O povo de Deus é o povo celestial, a nossa pátria está localizada no
céu. Não significa que Deus não abençoa a terra em nossos dias. Quando a igreja
prospera em santidade eis que o mundo respira e a natureza sente a brisa do céu
num ambiente que foi amaldiçoado pelo pecado.
Então, seguindo esse raciocínio, creio que
estaremos livres dos perigos de torcer as Escrituras, como tem acontecido
tanto. Quando homens usam a Bíblia sem seus critérios de interpretação, eis que
a confusão chega e tudo é usado por satanás para criar maiores problemas e
trazer um surto de outras interpretações erradas, bem como de superstições e de
idolatria. Portanto, acheguemo-nos à palavra de Deu com sabedoria e temor;
examinemos suas palavras à luz daquilo que ele nos mostra em toda Escritura, se
é que queremos ser bem sucedido e ajudar os outros. Além disso, quanto perigo
há em torcer as Escrituras! Aquele que nos deu sua palavra requer que nós a
amemos e a tratemos temor e cuidado. Caso contrário ele haverá de tratar com
nosso atrevimento e arrogância.
Assim, creio que estamos preparados para
essas lições. Precisamos de um povo humilde, dedicado ao Senhor, que ama de
fato a palavra de Deus e a aceita de todo coração. O Senhor sempre fala ao seu
povo; ele sempre se dirige àqueles que têm ouvidos para ouvir sua voz. Ele não
mudou, mesmo que o mundo muda sempre. Sua palavra permanece fiel e inabalável
como o sol, mesmo que as trevas têm invadido os corações dos homens e a igreja
do Senhor parece tão fraca e sem poder.
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