quarta-feira, 14 de março de 2018

QUATRO REQUISITOS PARA UM AVIVAMENTO (12)




“Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
                QUARTO REQUISITO: Conversão sincera “...e se converter...”
        Chego agora ao último dos quatro requisitos e vemos com clareza o quanto eles estão interligados, um depende do outro em sua ordem. O sinal claro de avivamento é conversão sincera: “...e se converter dos seus maus caminhos...”. Que nossa atenção seja bem fervorosa, porque essas palavras saíram diretamente da boca do grande Deus. Para ele o que importa é a alma convertida. Não há valor em prédios, construções caríssimas e outras coisas que tanto atraem a atenção dos homens. Se Israel não mostrasse ser um povo convertido a Ele, de nada adiantaria aquela construção tão cara e tão bela do templo em Jerusalém, sem dúvida serviria de motejo e zombaria para os inimigos, como Ele mesmo prometeu fazer e que de fato aconteceu.
        Como havia falado logo no início, há necessidade de explicar a diferença entre os princípios da lei e os princípios da graça. Se eu não fizer isso logo as mentes dos crentes ficarão cheias de confusão. Um exemplo claro disso está no perdão conforme a lei e no perdão conforme a graça. Na lei o perdão de Deus estava firmado na aliança condicional feita com o povo. Na lei normalmente vemos Deus em sua ira; na lei a graça aparece e desaparece, mostrando os terrores de Deus em face da sua aliança que sempre foi anulada por um povo infiel. Por essa razão vemos na lei os santos orando, querendo conquistar a face do Senhor. Mas na graça é diferente, porque o perdão de Deus está firmado na aliança feita com o sangue remidor: “...e de suas iniquidades jamais me lembrarei”. Na graça quando Deus perdoa, ele para sempre esquece, na lei tudo é lembrado pela ira de Deus.
        Posso ir mais longe nessa explicação, porque na lei a contínua atitude de rebelião do povo atraía a ira de Deus, mas na graça é diferente não há mais ira em relação àquele que foi a Cristo de todo coração: “...e dos vossos pecados jamais me lembrarei”. Mesmo na lei a graça agia assim com aqueles que buscavam ao Senhor de todo coração. Sempre a graça de Deus atuou no meio dos homens dessa forma; Deus em sua graça jamais mudou sua atitude em salvar, perdoar e purificar os pecadores. Foi assim que ele agiu com Abraão, Isaque, Jacó e outros milhares de santos, os quais eram homens iguais a nós.
        Tem outro detalhe. No exercício gracioso de Deus em salvar, o que parece ser ira é, de fato uma manifestação do amor de Deus em favor dos crentes. Para os amigos de Jó, seus sofrimentos eram resultados da ira de Deus. Eles acreditavam que Jó sofria porque havia pecado. Aqueles homens se desdobravam em expor seus pensamentos, ignorando tudo o que estava por detrás das aflições daquele homem. Mas tudo Deus deixou bem esclarecido, mostrando ao Seu servo que o quanto sua graça estava por detrás de tudo, salientando sua fé, seu amor, sua maturidade e compreensão de que o soberano Senhor age como bem quiser agir, porque é Deus.
        Assim concluímos o quanto os crentes na graça são disciplinados, e às vezes com disciplinas terríveis e inesperadas. Mas não é a ira de Deus contra eles. Os santos estão livres da justa ira vindoura (1 Tessalonicenses 1:10). Não há mais medo, mas sim um temor reverente, obediente e dedicado dos filhos de Deus. Na lei, entretanto é diferente. Mas quando trazemos essa verdade aos nossos dias, temos que lembrar que avivamento resulta em conversões sinceras. Sem salvação os homens estão debaixo da ira de Deus; sem salvação, mesmo dentro de uma igreja os homens estão em perigo constante.

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