“Se o meu povo que se
chama pelo meu nome, se humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e
sararei a sua terra” (2 Crônicas 7:14 versão corrigida)
QUARTO REQUISITO: Conversão
sincera “...e se converter...”
Chego agora ao último dos quatro
requisitos e vemos com clareza o quanto eles estão interligados, um depende do
outro em sua ordem. O sinal claro de avivamento é conversão sincera: “...e se
converter dos seus maus caminhos...”. Que nossa atenção seja bem fervorosa,
porque essas palavras saíram diretamente da boca do grande Deus. Para ele o que
importa é a alma convertida. Não há valor em prédios, construções caríssimas e
outras coisas que tanto atraem a atenção dos homens. Se Israel não mostrasse
ser um povo convertido a Ele, de nada adiantaria aquela construção tão cara e
tão bela do templo em Jerusalém, sem dúvida serviria de motejo e zombaria para
os inimigos, como Ele mesmo prometeu fazer e que de fato aconteceu.
Como havia falado logo no início, há
necessidade de explicar a diferença entre os princípios da lei e os princípios
da graça. Se eu não fizer isso logo as mentes dos crentes ficarão cheias de
confusão. Um exemplo claro disso está no perdão conforme a lei e no perdão
conforme a graça. Na lei o perdão de Deus estava firmado na aliança condicional
feita com o povo. Na lei normalmente vemos Deus em sua ira; na lei a graça
aparece e desaparece, mostrando os terrores de Deus em face da sua aliança que
sempre foi anulada por um povo infiel. Por essa razão vemos na lei os santos
orando, querendo conquistar a face do Senhor. Mas na graça é diferente, porque
o perdão de Deus está firmado na aliança feita com o sangue remidor: “...e de
suas iniquidades jamais me lembrarei”. Na graça quando Deus perdoa, ele para
sempre esquece, na lei tudo é lembrado pela ira de Deus.
Posso ir mais longe nessa explicação,
porque na lei a contínua atitude de rebelião do povo atraía a ira de Deus, mas
na graça é diferente não há mais ira em relação àquele que foi a Cristo de todo
coração: “...e dos vossos pecados jamais me lembrarei”. Mesmo na lei a graça
agia assim com aqueles que buscavam ao Senhor de todo coração. Sempre a graça
de Deus atuou no meio dos homens dessa forma; Deus em sua graça jamais mudou
sua atitude em salvar, perdoar e purificar os pecadores. Foi assim que ele agiu
com Abraão, Isaque, Jacó e outros milhares de santos, os quais eram homens
iguais a nós.
Tem outro detalhe. No exercício gracioso
de Deus em salvar, o que parece ser ira é, de fato uma manifestação do amor de
Deus em favor dos crentes. Para os amigos de Jó, seus sofrimentos eram
resultados da ira de Deus. Eles acreditavam que Jó sofria porque havia pecado.
Aqueles homens se desdobravam em expor seus pensamentos, ignorando tudo o que
estava por detrás das aflições daquele homem. Mas tudo Deus deixou bem
esclarecido, mostrando ao Seu servo que o quanto sua graça estava por detrás de
tudo, salientando sua fé, seu amor, sua maturidade e compreensão de que o
soberano Senhor age como bem quiser agir, porque é Deus.
Assim concluímos o quanto os crentes na
graça são disciplinados, e às vezes com disciplinas terríveis e inesperadas.
Mas não é a ira de Deus contra eles. Os santos estão livres da justa ira
vindoura (1 Tessalonicenses 1:10). Não há mais medo, mas sim um temor
reverente, obediente e dedicado dos filhos de Deus. Na lei, entretanto é
diferente. Mas quando trazemos essa verdade aos nossos dias, temos que lembrar
que avivamento resulta em conversões sinceras. Sem salvação os homens estão
debaixo da ira de Deus; sem salvação, mesmo dentro de uma igreja os homens
estão em perigo constante.
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