terça-feira, 27 de março de 2018

A ORAÇÃO PERSISTENTE (3)



“Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe; o que busca, encontra; e o que ao que bate, abrir-se-vos-á”   MATEUS 7:7,8
O QUE ENVOLVE A ORAÇÃO.
        O que envolve a verdadeira oração? É claro que envolve o reconhecimento de nossa miséria e dependência inteiramente da graça de Deus. Quem quiser andar nas alturas da confiança em Deus, certamente deve tirar os pés deste sistema terreno e mundano de vida aqui. A oração verdadeira e persistente nos envolve em milagres; entendemos que aquilo que mais necessitamos aqui só pode vir da poderosa mão de Deus. O que acontece hoje, quando estamos tão envolvidos nesse ambiente tão mundano, que tanto evoca prosperidade é que buscamos a Deus quando percebemos que estamos sendo retirados de nosso tão desejável conforto.
        Oh! Como precisamos ser levados ao conhecimento de nossa tremenda fraqueza! Deus permite que isso aconteça, a fim de nos mover às profundezas da oração. Paulo entendeu em dura experiência o que significava ser fraco, a fim de obter forças oriundas da graça, por isso ele diz: “Quando sou fraco, então sou forte”. Precisamos aprender com nosso Pai celestial que somos filhos dependentes inteiramente dele; que se não pedirmos constantemente o que precisamos aqui, então é fatal que dependeremos de satanás e de nossa debilidade.
        Não foi assim na salvação? A deficiência na oração não é devido ao fato que muitos jamais entenderam na prática o real significado de salvação? Estou biblicamente convencido que é na sincera conversão que a oração genuína tem início: “Porque todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13). Invocação é uma petição feita por alguém que está precisando urgentemente de socorro. Quando Ananias foi enviado à Rua Direita para encontrar-se com Saulo, o Senhor deixou bem claro para seu servo que ele o acharia orando (Atos 9). Um terrível perseguidor, insolente e blasfemo, agora é um novo homem submisso a Deus. O fato é que Deus nos colocou na condição de pedintes, a fim de que busquemos recursos não daqui, mas do céu. Nossa herança está lá; nossos recursos em Cristo estão lá, mas para que obtenhamos o que precisamos, precisamos nos humilhar perante o Senhor.
        Também, a oração envolve mistérios, os quais obviamente estão completamente distantes da compreensão deste mundo. Nem tudo aquilo que pedimos para nós Deus há de responder conforme nós esperamos. Quando Moisés pediu para viver mais, a fim de entrar na terra prometida, Deus negou de forma veemente ao seu servo. Quem vai entender isso, a não ser os crentes? A vida cristã é uma ligação de um Deus que amou perdidos e que os trata agora como seus filhos. Também pedimos coisas que estão infinitamente além da compreensão humana, porque lidamos com o Deus de toda glória, por isso nossas petições envolvem coisas que trarão honras e glórias para Deus; envolvem assuntos que resultarão em maior santidade e temor no viver; envolve assuntos que beneficiarão temporária e eternamente os homens aqui.
        Meditemos numa reunião de oração. O que os santos estão pedindo? Por exemplo, reunimo-nos para pedir a salvação de pecadores; desejamos de todo coração ver nossos queridos, nossos semelhantes sendo arrancados da triste condição em que estão no pecado, a fim de serem salvos para sempre. O que estamos pedindo? Não é algo misterioso? Não acreditamos na eleição? Não cremos que Deus já tem seus escolhidos? Mas aí está um grupo de homens e mulheres rogando ao Senhor, para que ele envolva este mundo com o santo abraço da sua misericórdia; que ele desça do céu, trazendo a salvação gloriosa. Não é isso um mistério? Claro que é para o mundo, mas nós entendemos o quanto isso faz parte do trabalho incansável da graça salvadora.

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