“Pedi e dar-se-vos-á;
buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Porque todo aquele que pede recebe;
o que busca, encontra; e o que ao que bate, abrir-se-vos-á” MATEUS 7:7,8
O QUE ENVOLVE A
ORAÇÃO.
O que envolve a verdadeira oração? É claro
que envolve o reconhecimento de nossa miséria e dependência inteiramente da
graça de Deus. Quem quiser andar nas alturas da confiança em Deus, certamente
deve tirar os pés deste sistema terreno e mundano de vida aqui. A oração
verdadeira e persistente nos envolve em milagres; entendemos que aquilo que
mais necessitamos aqui só pode vir da poderosa mão de Deus. O que acontece
hoje, quando estamos tão envolvidos nesse ambiente tão mundano, que tanto evoca
prosperidade é que buscamos a Deus quando percebemos que estamos sendo
retirados de nosso tão desejável conforto.
Oh! Como precisamos ser levados ao
conhecimento de nossa tremenda fraqueza! Deus permite que isso aconteça, a fim
de nos mover às profundezas da oração. Paulo entendeu em dura experiência o que
significava ser fraco, a fim de obter forças oriundas da graça, por isso ele
diz: “Quando sou fraco, então sou forte”. Precisamos aprender com nosso Pai
celestial que somos filhos dependentes inteiramente dele; que se não pedirmos
constantemente o que precisamos aqui, então é fatal que dependeremos de satanás
e de nossa debilidade.
Não foi assim na salvação? A deficiência
na oração não é devido ao fato que muitos jamais entenderam na prática o real
significado de salvação? Estou biblicamente convencido que é na sincera
conversão que a oração genuína tem início: “Porque todo aquele que invocar o
Nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13). Invocação é uma petição feita por alguém
que está precisando urgentemente de socorro. Quando Ananias foi enviado à Rua
Direita para encontrar-se com Saulo, o Senhor deixou bem claro para seu servo
que ele o acharia orando (Atos 9). Um terrível perseguidor, insolente e
blasfemo, agora é um novo homem submisso a Deus. O fato é que Deus nos colocou
na condição de pedintes, a fim de que busquemos recursos não daqui, mas do céu.
Nossa herança está lá; nossos recursos em Cristo estão lá, mas para que
obtenhamos o que precisamos, precisamos nos humilhar perante o Senhor.
Também, a oração envolve mistérios, os
quais obviamente estão completamente distantes da compreensão deste mundo. Nem
tudo aquilo que pedimos para nós Deus há de responder conforme nós esperamos.
Quando Moisés pediu para viver mais, a fim de entrar na terra prometida, Deus
negou de forma veemente ao seu servo. Quem vai entender isso, a não ser os
crentes? A vida cristã é uma ligação de um Deus que amou perdidos e que os
trata agora como seus filhos. Também pedimos coisas que estão infinitamente
além da compreensão humana, porque lidamos com o Deus de toda glória, por isso
nossas petições envolvem coisas que trarão honras e glórias para Deus; envolvem
assuntos que resultarão em maior santidade e temor no viver; envolve assuntos
que beneficiarão temporária e eternamente os homens aqui.
Meditemos numa reunião de oração. O que
os santos estão pedindo? Por exemplo, reunimo-nos para pedir a salvação de
pecadores; desejamos de todo coração ver nossos queridos, nossos semelhantes
sendo arrancados da triste condição em que estão no pecado, a fim de serem
salvos para sempre. O que estamos pedindo? Não é algo misterioso? Não acreditamos
na eleição? Não cremos que Deus já tem seus escolhidos? Mas aí está um grupo de
homens e mulheres rogando ao Senhor, para que ele envolva este mundo com o
santo abraço da sua misericórdia; que ele desça do céu, trazendo a salvação
gloriosa. Não é isso um mistério? Claro que é para o mundo, mas nós entendemos
o quanto isso faz parte do trabalho incansável da graça salvadora.
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