“Por que te orgulhas
de teus vales? Por que te orgulhas dos teus luxuriantes vales? Ó Filha infiel!
Tu confias em tuas riquezas e dizes: Quem me atacará?” (JEREMIAS 49:4).
O CHAMADO COMPASSIVO
DE DEUS.
Vemos no texto o quanto Deus trata os
homens com compaixão. Ele une aquele povo amonita como se fosse um só e
intitula de “...filha rebelde...”. Deus está conversando com seres racionais,
responsáveis, que foram criados originalmente segundo à imagem e semelhança
dele; são seres que devem saber que não são animais irracionais, que Deus não
os fez assim, mas que foi o pecado que os levou à essa condição tão vil,
completamente abaixo da condição dos animais.
É assim que Deus se comunica com os
homens. Quando uma mulher encontra seu marido bêbado, gastando seu dinheiro com
pinga e deixando a família passar fome, além de trata-lo como um péssimo
exemplo para seus filhos, certamente ela não há de poupa-lo; não vai trata-lo
como vítima, culpando a pinga. Ela o fará sentir o quão irresponsável ele é,
culpado e repulsivo. Não é assim que Deus trata os homens? A palavra de Deus
não trata os homens como vítimas da situação, mas sim como culpados, devedores,
transgressores, vis, rebeldes e condenados. Deus vai mais longe, para mostrar
aos homens o quanto eles agem no íntimo com ódio de Deus; que eles tramam suas
armadilhas, seus atos ocultos no coração contra Ele e em prejuízo aos seus
semelhantes.
O fato que os homens estão mortos em
seus pecados, não significa que eles estão isentos naturalmente de suas
responsabilidades. Não foi o Senhor que os lançou às garras do pecado e da morte.
O fato que eles são escravos do diabo e do pecado, não os tira do fato que são
terrivelmente culpados de terem ofendidos a Deus e que agora estão usando toda
criação para suas finalidades pervertidas. Deus chega aos homens, comunicando
com elementos rebeldes: “...ó filha rebelde...”; ele está enfrentando seres
responsáveis pelos seus atos; está lidando com elementos com consciências
acerca do bem e do mal, mas que se entregaram voluntariamente ao mal. Toda
comunicação bíblica tem em vista anunciar ao mundo inteiro que Deus é bondoso,
que ele se manifestou às suas criaturas e que em toda eternidade jamais eles
terão sequer um motivo para queixar-se de Deus santo, bondoso e compassivo.
Também, nessa compaixão Ele mostra quão inútil
e vã é a confiança dos homens: “...que
confias em teus tesouros...”. Veja os Amonitas deitando, levantando,
assentando, correndo, se alimentando, passeando, divertindo, etc. sem qualquer
noção de perigo, indiferentes aos olhares de um Deus que vê tudo perfeitamente
em todos os detalhes, quer nos pensamentos, quer nos atos. Quanta loucura! Os
mundanos acreditam que não estão sendo vistos; acreditam que não há qualquer
divindade que possa ser mais poderosa do que seus ídolos. Eles agem assim em
todas as suas atividades. Além disso, eles desconhecem um grande e eterno Juiz;
eles não acreditam que seus atos serão punidos de forma amarga. Cada dia para
os mundanos é um dia “abençoado”, porque eles querem ser bem sucedido em seus
atos; eles proclamam no íntimo uma divindade para si, mas essa divindade não
tem consigo nada daquilo que é prerrogativa do grande e glorioso Senhor.
Para os mundanos, aquilo que eles veem e
têm representa a segurança deles. O conhecimento errado do verdadeiro Deus
transforma toda atividade deles em armadilha contra eles mesmos. O povo de Jericó
construiu o muro em torno da cidade por causa do entendimento errado acerca de
Deus; os mundanos olham para a frente, para os lados, mas não conseguem olhar
para cima. A mensagem do evangelho vem anunciar acerca de um Deus paciente,
compassivo, amoroso e pronto para salvar os perdidos!
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