quinta-feira, 22 de março de 2018

“O VIVER ENGANOSO DOS MUNDANOS” (6)



“Por que te orgulhas de teus vales? Por que te orgulhas dos teus luxuriantes vales? Ó Filha infiel! Tu confias em tuas riquezas e dizes: Quem me atacará?” (JEREMIAS 49:4).
AS PALAVRAS DE UM DEUS QUE REVELA ONDE OS HOMENS      ESTÃO: “...te glorias nos vales...”.
        As palavras que saem da boca do Senhor, conforme vemos no texto revelam o quanto homens e mulheres vivem na soberba de seus corações enganosos e enganados. Foi assim com os amonitas e é assim com toda raça, em qualquer lugar e em qualquer época. O efeito do pecado é o mesmo – soberba. Sempre o pecado há de manifestar-se como uma força que se desdobra contra Deus; que faz homens e anjos agirem independentes. Foi assim com Lúcifer em sua queda. O que o levou a se tornar no diabo e satanás? Foi o pecado! Esse é o efeito eterno do pecado em qualquer ser criado com sabedoria, emoção e volição. Satanás será assim, mesmo quando for atirado ao fogo eterno. Foi esse o efeito nos anjos que juntamente caíram; mesmo que sejam inferiores em poder em comparação com Lúcifer, este lidera uma equipe de seres pervertidos, cada um seguindo o propósito natural de seus corações.
        O efeito do pecado não foi diferente nos homens. Nós somos extremamente inferiores aos anjos, mas a soberba do coração é a mesma soberba que há nos anjos que tombaram no pecado. Cada ser humano tem a pretensão de ser um deus, vive assim e tem sonhos de chegar lá. A própria soberba do pecado impede que eles vejam qualquer presença de punição, pois o coração endurecido pelo engano do pecado faz com que eles fiquem cercados por um facho de perigosa luz. Eles não veem Deus, porque se sentem como divindades aqui. Eles estão sempre dizendo em no íntimo: “Não há Deus!” (Salmo 14:1). Por essa razão eles se gloriam; eles acreditam que são fortes, capazes, independentes e livres. O pecado intercepta qualquer presença de juízo e ódio ao derredor.
        Como essa atitude de vanglória manifesta no viver dos mundanos? O pecado dá a eles uma impressão de bem-estar. O pecado impede que eles voltem atrás e encarem o que ocorreu no passado. Se eles checarem a história pregressa, tudo o que ocorreu com as cinzas da morte, tudo aquilo será visto como coisas normais desta vida. O que vale para os mundanos é o que posso ter agora para desfrutar de tudo aquilo que o mundo proporciona. Por essa razão eles se gloriam “no vale”. Eles estão sempre contando seus atos aqui; estão sempre narrando suas vitórias, conquistas, paixões ilícitas e seus planos para o futuro. A soberba do pecado faz com que os ímpios se sintam seguros aqui. Normalmente eles têm suas frases preferidas, como: “Tendo saúde tem tudo”.
        No “vale” eles se cercam daquilo que creem serem muralhas de proteção. Para os moradores de Jericó o grande muro que cercava a cidade representava o que cada um deles pensava ser segurança, até mesmo para enfrentar o Deus de Israel. Eles viam o povo de Israel como ameaça, porque criam que as armas deles eram ineficazes contra aquela grossa parede, a qual parecia tão intransponível. A visão deles estava sob o controle da soberba do pecado; seguindo o raciocínio lógico, eles não viam Deus, por isso lutavam sob essa atmosfera de engano e isso foi fatal, porque estavam se escondendo do Todo-Poderoso.
        Meu amigo, porque esconder-se de Deus? Por que empunhar as armas tão inúteis contra o Senhor. Não é melhor se humilhar e pela fé render-se a Ele? Ele chegou para os amonitas com tanta compaixão! Não é assim que ele chega para falar suavemente aos teus ouvidos? Se ele quisesse já teria posto um ponto final em tua existência terrena, mas ele não o fez por compaixão. Então, agora é o momento para tua conversão a Cristo, o Filho.

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