terça-feira, 31 de outubro de 2017

VIVER PARA MORRER – MORRER PARA VIVER (8)



                     
“Porquanto, para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
                 MORRER PARA VIVER: “...e o morrer é lucro”.
        Analisemos agora o que nos ensina “morrer para viver”. Estamos lidando com a palavra de Deus e ela parece cheia de paradoxos ao entendimento natural (1 Coríntios 2:14). Se olharmos a todos aqui neste mundo do ponto de vista natural, veremos que não há qualquer diferença entre a morte do homem crente e do não crente. Todos têm a mesma morte; todos partem para o sepulcro igualmente. Mas quando olhamos tudo do ponto de vista bíblico, especialmente analisando as palavras de Paulo: “o morrer é lucro”, então entenderemos que há uma diferença impressionante entre a morte do crente e a morte do não crente.
        A primeira lição é que o morrer para viver significa que o estilo de morte do crente é diferente do não crente. Não estou falando da mera morte física, porque é igual a todos, porquanto todos habitam em corpos mortais. Mas a diferença intrínseca é que o não crente tenta viver aqui. Nas palavras do Senhor Jesus, o homem no pecado quer ganhar a vida; quer a todo custo aproveitar bem aqui, por essa razão ele se gasta, a fim de obter mais tempo e mais recurso possível deste mundo pecaminoso. Noutras palavras, o homem no pecado quer forçar a vida, num certo sentido a ser vida com significado. Deixando mais claro, o homem sem salvação quer se salvar aqui; tenta a todo custo manter a morte o mais longe possível, porque anela fazer da sua vida aqui seu céu, seu paraíso e seu lugar de sonhos por prosperidade.
        O verdadeiro crente também quer viver. Ele não vive de forma suicida; ele não busca a morte nem se diverte à beira de um precipício. Os crentes verdadeiros negociam até que Cristo volte. Mas não é o caso do não crente, porque ele tenta lutar contra a morte; ele tem medo dessa presença tirana e forte, porque vem para destruir seus sonhos e projetos de uma vida melhor aqui. Dessa maneira o não salvo tenta empurrar a morte para fora da sua casa, para longe de sua presença, porque quer dar um sinal de positivo à vida aqui. Por essa razão suas palavras mostram o quanto ele se acha até mais forte e rigorosamente capaz de fazer a vida brilhar. Para ele “vai dar tudo certo!”. Eles agem como se tivessem poder para trancar a morte do lado de fora, como fazemos com ladrões que ameaçam roubar nossos bens. Como não conseguem ver o invisível, eles acreditam na saúde que a morte não está presente; que ela ainda está distante e que não há qualquer ameaça à sua vida hoje.
        Mas o fato é que sem o conhecimento da palavra de Deus, os homens no pecado lidam com o invisível da mesma forma que lidam com o visível. Eles tratam a morte como tratamos com as pessoas fisicamente. Mas todos nós sabemos, ou devemos saber que os maiores inimigos dos homens são invisíveis. Os crentes são exortados a lutar, não contra o visível, mas sim contra o invisível (Romanos 6:12). Mas os não salvos não têm qualquer poder para isso; eles desconhecem o poder da morte; eles desconhecem que a morte não é algo externo, mas sim inerente ao viver do homem aqui. A morte habita em nossos corpos mortais; a morte física está trabalhando a todo vapor e sem Cristo e sua salvação, homens e mulheres podem a qualquer momento terem sua existência ceifada para todo sempre.

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