“Quanto,
porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles,
trazei-os aqui e executai-os na minha presença” (Lucas 19:27).
CRISTO
JESUS É O REI QUE FOI EXALTADO.
Meu objetivo nesta segunda página é
mostrar que Cristo é o Rei que foi exaltado, se considerarmos o fato que ele
veio aqui e foi humilhado. O fato é que Cristo sempre reinou. Paulo o intitula
de “Rei eterno” (1 Timóteo 1:17) e isso significa que em sua posição como Deus
ele sempre reinou e há de reinar. Mas devido à sua descida até nós, a fim de
tomar nossa humilhante semelhança, a tendência é que nós passemos por cima de
sua exaltada posição de Rei.
Por outro lado vemos que foi sua humilhação
que destacou sua exaltação, conforme Paulo destaca em 1 Timóteo 3:10: “...Aquele
que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por
anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória”. Em
Filipenses naquela passagem tão conhecida de todos (2:5 em diante) vemos que
após a ressurreição do Senhor e de sua subida ao céu, o Pai exaltou seu Filho
de forma poderosa acima de todo nome. É dito em Hebreus que ele assumiu o trono
ao lado do Pai. Ora, toda essa verdade revelada nos mostra o quanto o Filho é
Rei. Mas, mesmo em humilhação ele foi visto como Rei. Em Hebreus 1 vemos que
quando ele desceu do céu e veio à terra, desceu abaixo dos anjos, com isso deu
motivo para que os próprios seres angelicais o ignorassem. Mas vejamos o que o
Espírito Santo nos ensina no verso 6: “E, novamente, ao introduzir o
Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos o adorem.” Isso significa que sua
humilhação não arrancou dele sua posição divina de Rei e Senhor. Os anjos,
assim como os anjos são criaturas, por isso devem agir como súditos perante o
Rei.
Assim percebemos o quanto a bíblia
destaca esse humilde nazareno como o Rei. Demônios caiam aos seus pés; era ele
quem mostrava ter o controle do mar, do vento, dos poderes das trevas e dos
poderosos neste mundo. Quando esteve perante Pilatos e foi interrogado se era
ele o Rei de Israel, ele não negou, mas afirmou que veio para reinar. Mostrou
essa verdade até para os judeus quando repartiu os pães e peixes, alimentando
milagrosamente uma grande multidão. O que os judeus fizeram quando presenciaram
esse milagre? Eles se uniram para fazer dele um Rei. Mas o que eles queriam era
um rei terreno que lhes concedesse aquilo que eles materialmente tanto queriam,
porque as marcas dos desejos mundanos e materiais estavam gravados em seus
pervertidos corações (João 6).
Em suas palavras, milagres e atos nosso
Senhor sempre mostrou que era ele o Rei da glória. Os apóstolos perceberam isso
e caíram aos seus pés; eles temiam o Senhor, porque sabia que por detrás daquela
aparência humana estava o grande EU SOU. Em sua primeira carta, falando a
respeito do Filho de Deus, eis que João, em suas palavras destaca o fato que
ele e os apóstolos contemplaram aquele ser glorioso, tocaram nele e, extasiados
fitaram o Verbo da vida (1 João 1:1). Todo esse revestimento de glória visto no
Homem – Deus mostra que ele é o Rei. Ele deixou seu trono de glória, a fim de
receber aqui a coroa de espinhos, e assim mostrasse à igreja que ele é Rei dos
reis e Senhor dos senhores. Veio para que sua humilhação viesse destacar ainda
mais sua glória na exaltação. Veio para mostrar o quanto ama perdidos pecadores
e que em seu reino ele recebe inimigos, perdoando seus pecados e elevando-os na
posição de salvos e herdeiros com ele.
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