segunda-feira, 16 de outubro de 2017

VIVER E MORRER II (8)



                                             
“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O VIVER É CRISTO -      SUAS IMPLICAÇÕES ETERNAS.
        Também, o “viver é Cristo” há de mostrar ter padrão de perfeita justiça. Salvação bíblica é sinônima de justiça na alma. Sem a perfeita justiça de Cristo não existe salvação. Apresentar um evangelho sem aquele serviço perfeito do Filho que satisfez o Pai, não é evangelho, mas sim embuste. Cuidemos porque a natureza humana se contenta com uma mensagem de obras e tais obras aparecem disfarçadas de emoções e de fé carnal. A função da mensagem santa e pura que vem do céu é primeiramente arrancar a capa de justiça própria que os usam nesta vida aqui. Eles não toleram ser surpreendidos e correm com medo de serem descobertos. Já lidei com muitos que após serem descobertos pela verdade, logo mostraram seu ódio contra a mensagem e contra o pregador.
        O fato é que é nessa perfeita justiça que a alma entende que foi reconciliada com Deus, perdoada totalmente de seus miseráveis pecados e que agora um réu culpado foi inocentado perante o grande Deus. Esse é o ensino básico que mostra que o fundamento é correto e que assim a alma poderá andar e avançar. Noutras palavras a vida em Cristo começa aqui, porque se Deus não endireitar o homem, seu viver será tortuoso sempre, mesmo sendo ele religioso. Se não for arrancada de uma vez a imunda capa de justiça própria, eis que o homem continuará lutando para mostrar o quanto é justo e o quanto é capaz de fazer alguma coisa para Deus. Em nossos dias esse tipo de religião fabricada por Caim tem crescido e aumentado como praga na sociedade.
        A vida em Cristo, entretanto, parte de um coração humilhado, que contemplou a cruz e seu Salvador morrendo em seu lugar. A luz que emana da cruz é a única que mostra o caminho por onde o homem deve andar; é a única capaz de mostrar o quanto o mundo é maligno e cheio de poder destruidor. A mensagem da cruz mostra onde tudo começou; como avançamos em justiça e santidade; como lutamos dia a dia no combate e como chegaremos em luta no céu. É nesse ambiente de paz que derivou-se do sangue remidor que a alma sente-se feliz, tranquila, confiante e cheia de prazer no Senhor.
        Também, posso afirmar que o “viver é Cristo” há de revelar que a fé está despertada para as conquistas da graça em Cristo. A salvação em Cristo não põe flores em nossas mãos, mas sim uma espada; a salvação não é movida por mera emoção, mas sim daquela fé que pode ver e receber a verdade conforme está escrito. A salvação faz do salvo um soldado que se apresenta para a santa guerra contra o mal e não molenga que vive atrás de afetos humanos. O “viver é Cristo” é uma conquista que cresce mais e mais; é uma santificação para combater contra os inimigos que estão em nosso caminho, a fim de nos destruir. É verdade que temos paz, mas a paz com guerra; que temos convicção daquilo que a graça nos deu, mas que precisamos utilizar os recursos para as grandes conquistas da fé. O “viver é Cristo” nos prostra em oração, em santa meditação diária e em constantes vitórias contras as setas inflamadas do diabo. O “viver é Cristo” nos mostra o grande campo de batalha que está à nossa frente, como diz o antigo hino: “Lutai irmãos por Cristo, soldados sois da luz!”

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