“Porquanto,
para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O
VIVER É CRISTO - SUAS IMPLICAÇÕES
ETERNAS.
Para Paulo o viver é Cristo e para nós
também, porque os santos têm a mesma vida que há no Filho de Deus. Entretanto,
estou certo do quanto o sistema evangélico moderno tem trazido um conceito tão
anti-bíblico acerca do viver do crente. Tudo hoje está mais voltado àquilo que
constitui prazer, e não raro vemos como as pessoas se afastam de tudo aquilo
que exige luta e sofrimento contra a carne. A verdade é que o viver é Cristo
tem consigo suas implicações – gozo por dentro e lutas por fora. A atmosfera
mundana não é um ambiente receptivo a esse viver que há no Senhor. Por essa
razão quero levar meus leitores crentes a considerarem essa situação na qual
estamos neste momento quando peregrinamos nesta vida, até o final da nossa
jornada.
Os crentes devem lembrar o quanto o
mundo tem um padrão de vida, chamado em Efésios 1:2 de “Curso deste mundo”. É claro
que a natureza carnal está de pleno acordo com esse padrão mundano de viver e
os santos não estão livres dessa atmosfera de gozo e paz no pecado. É certo que
os falsos crentes amam este mundo e estão associados a esse sistema enganador.
Por essa razão muitos não conseguem permanecer por muito tempo num ambiente
espiritual, porque a atração do mundo é muito forte. Para aquele que deseja
viver por Cristo saberá logo que estará em plena guerra contra um mundo que
sempre foi e será hostil em relação a Deus. Não há qualquer possibilidade de
amar o mundo e viver por Cristo.
Outro detalhe que considero de vital
importância é o fato que na queda o pecado nos levou ao rebaixamento. O mundo, entretanto
leva os homens a pensar que estão subindo às alturas da glória e da felicidade.
Este espírito de engano faz com que os homens não percebam que estão descendo e
não subindo; que estão sendo lesados e empurrados ao abismo. Não há elevação no
pecado; não há crescimento no pecado porque não há vida nele. No pecado só há
espinhos e abrolhos. Quando os pensam que estão sendo coroados em fama e
prazer, na realidade estão sendo preparado como uma gostosa refeição para a
morte eterna.
Para que experimentemos o gozo desse “viver
é Cristo” é certo que teremos que abandonar as paixões que o mundo oferece.
Pedro afirma que essas paixões carnais fazem guerra contra a alma; elas não nos
elevam a Deus; elas têm um efeito rápido de um prazer, que logo termina em
tristeza e angústia no íntimo. O verdadeiro viver em Cristo consiste de fazer o
que o autor de um antigo hino diz em sua sincera oração mostrada na letra: “Vencendo
a tentação, contente viverei”. Eis aí a realidade da vida cristã forte e santa.
Quanto mais forte for no coração, para vencer a carne e o mundo com suas
tentações, mais feliz eu serei no Senhor. Foi assim que a graça operou na disciplina do
apóstolo; foi assim que seu sofrer por fora trouxe a vida que há em Cristo em
sua experiência. E isso avançou de tal maneira que ele pode confessar: “Porquanto,
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.
Qual deve ser nossa reação a isso neste
momento? Não devemos nos humilhar perante o Senhor? Não devemos fugir desse
falso cristianismo que é apenas como papel, pois não suporta o calor da prova?
Não é o momento para que lancemos fora aquilo que tem valor temporário, a fim
de gozarmos daquilo cujo valor é eterno?
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