“Porquanto,
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
VIVER
PARA MORRER.
A carta de Paulo aos Romanos é a carta
maestra que mostra a nossa luta aqui, a fim de que conquistemos o viver em
Cristo. Estamos acostumados com esse espírito de um evangelho que nos dá uma vida
aqui cheia de conforto carnal. Estamos vivenciando esse evangelho que nos leva
a sentir e não a tomar posse pela fé daquilo que recebemos na salvação. Mas o
que vemos em Romanos é que, se eu quero viver, então terei que morrer
diariamente: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas
se pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis” (8:13).
Não há na bíblia um estilo de vida cristã diferente; não há um estilo de vida
para um grupo mais seleto de crentes; não há uma segunda bênção que receberei,
a fim de obter um poder maior do que aquele que recebi na salvação.
O que vemos em Romanos 8 é que se eu
tomar a direção da carne, então a morte será o efeito obtido. O caminho certo
para isso lutar no poder do Espírito contra os feitos pervertidos de nossa
carne. Quando fala da morte no texto, não está referindo à morte eterna, mas
sim àquilo que eu experimento quando dou ocasião à carne. Quando busco prazer e
satisfação na carne, eis que imediatamente os efeitos da morte tomam conta do
meu viver, a tristeza, abatimento, fraqueza e desânimo. Veja bem que o prazer
da carne é passageiro, mas os efeitos da morte são contínuos e operantes.
Assim, o que nos é transmitido no texto é que, se eu quiser viver, então tenho
que morrer. Noutras palavras, a vida em Cristo no coração só pode aparecer e
brilhar intensamente, se for por fora desmanchados os feitos da carne. É como
uma lâmpada suja, que para brilhar melhor precisa que tire dela a sujeira que
impede seu brilho total.
Precisamos lembrar que os verdadeiros
crentes são chamados à guerra diariamente. A ausência desse desejo por viver a
vida que há em Cristo pode bem ser a indicação que a pessoa não é salva, e que
por isso não habita nela o Espírito Santo. Uma contínua permanência na carne,
satisfazendo suas paixões não coaduna com a disposição dada pelo Espírito Santo
a um crente genuíno. A fé que recebemos na salvação é a mesma fé que nos dá “músculos
espirituais” a fim de que possamos guerrear e destruir os inimigos mortais que
lutam contra a vida que há no Filho. A fé verdadeira é impulsionada pela
palavra de Deus e toma posse de seus ensinos e promessas.
Devo saber então, que se eu me recusar,
e procurar uma vida fácil, isenta de luta, imediatamente o sistema da morte
controla meu viver. Mas os verdadeiros crentes são erguidos pelo poder de Deus;
eles lutam contra seu orgulho próprio; eles passam a ver que para glorificar
Cristo no viver, então o egoísmo tem que ser destruído e a carne vencida
diariamente. A palavra de Deus é nossa suficiência; o Espírito de Deus veio
habitar em nós, a fim de que sejamos conduzidos na verdade e para que lutemos
pela verdade. Assim, minha exortação no final desta página é para que os
leitores, fieis e sinceros servos do Senhor se empenhe com devoção. Cuidemos
com o espírito dessa época maligna; cuidemos com a impressão de bem-estar;
cuidemos com a falsa paz que vem de falsos ensinos “evangélicos” de nossos
dias. Que as compaixões do Senhor venham sobre seu povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário