segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A INQUIETUDE DA ALMA LONGE DE DEUS (11 de 11)




“O Senhor vela pelos simples; achava-me prostrado, e ele me salvou. Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo. Pois livraste da morte a minha alma, das lágrimas, os meus pés. Andarei na presença do Senhor na terra dos viventes” (Salmo 116:6-9).
A SABEDORIA NO VIVER: “Andarei na presença do Senhor na...”
        Somente a salvação em Cristo proporciona aos homens o real entendimento sobre o que é viver aqui. Uma vida sem o temor do Senhor é viver é mexer com perigos eternos; é brincar com a morte. As piores prisões são aquelas que não são vistas. Os homens no pecado não percebem que suas mãos, pés e lábios estão amordaçados no pecado. Sem o conhecimento da verdade conforme nos foi entregue, os homens desconhecem a verdadeira divindade, por isso eles não veem que sobre eles está a terrível ira de Deus; que de um lado está a poderosa morte, a qual aguarda as ordens soberanas de Deus; que do outro lado está satanás bem equipado com mentiras e aliciando sua mente e emoções e finalmente, por detrás têm milhares de poderes das trevas que riem, zombam e escarnecem de uma alma cega e arrogante.
        Mas com o Salmista, eis que a misericórdia de Deus envolveu sua alma, transformou seu coração endurecido e fez reviver todo seu ser, a fim de que viesse a funcionar para Deus. Agora salvo, ele pode confessar ser Jesus o seu Pastor (Salmo 23:1). Uma vez podendo ver a realidade das coisas, então perdeu o medo dos homens e se dispôs a inclinar-se diante daquele que é Senhor. Foi essa a atitude do cego de nascença (João 9), porque assim que compreendeu tudo à luz dessa infinita bondade do Senhor, eis que não se intimidou diante das ameaças daqueles líderes arrogantes, dando às costas para eles, a fim de buscar seu Senhor que tanto lhe amou, e assim adorá-lo. As ovelhas de Cristo têm-no como seu Pastor, pois realmente o segue, o ama e têm discernimento da sua voz, conforme o Senhor mesmo fala em João 10.
        Vou mais longe para afirmar que a alma salva, ao andar com Deus aqui ele é fortificado na graça, para vencer seus reais inimigos. Quando o homem é salvo ele se torna forte no coração. Os homens no pecado pensam que são fortes, mas realmente são pobres e miseráveis, pois não têm qualquer vigor para lutar contra inimigos invisíveis. Os salvos são diferentes, porque eles se utilizam do poder de Deus para lutar contra os mais temíveis, ferozes e invisíveis inimigos. Os crentes avançam pisando todos os poderes que se levantam contra eles. Os santos são vencedores porque usam as armas da justiça, da santidade, da oração e da perseverança. Muitos pensam que os crentes são frágeis e idiotas. Quanto engano! Eles pisam a iniquidade, sem pisar em seres humanos; eles vencem a guerra que é invisível aos olhos humanos, porque sabem que assim trazem paz à sociedade. A paz que eles conhecem não é a paz com o pecado; eles não acenam a bandeira branca para estender a paz para a iniquidade. Eles sabem que ao derrotar o pecado, tudo ao derredor muda e traz transformação.
        Finalmente, os salvos têm convicção que hão de chegar à glória naquele dia. A morte do salvo é diferente, porque ela é utilizada como um trampolim para saltar para a glória eterna. Os salvos veem além deste véu e pela fé vislumbram a cidade celestial. Assim ele sabe como viver neste mundo, em plena esperança de que chegará o momento do adeus, para deixar tudo aqui e partir para estar com Cristo para sempre.








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