“Porque
para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
A
MORTE VISTA DO ASPECTO DA VIDA: “...e o morrer e lucro”.
Quando o viver é Cristo realmente não
apaga a realidade deste viver aqui. O que acontece é que os verdadeiros
encantos da vida aparecem, porque tudo passa a ocupar seu devido lugar. Quando
Zaqueu se converteu ele foi imediatamente libertado das amarras do pecado que
lhe prendiam e que faziam dele um homem perverso, odiador e odiado. Os homens
no pecado ilusoriamente pensam que estão vivendo, quando realmente não passam
de pobres prisioneiros, cegos e incapazes de ver a realidade da vida. O viver é
Cristo faz o homem entender suas responsabilidades aqui. Ele é chamado a viver
da verdade e se alimentar da verdade. Agora pode perceber o lugar que ele tem
neste mundo, como é um mordomo dos bens de Deus e que um dia há de prestar
contas.
O viver é Cristo liberta o homem para ver
como a criação é maravilhosa; como fomos feitos de uma forma perfeita e que tudo
está adornado da justiça e bondade e da glória do criador. O viver é Cristo
percebe que tudo é milagre e que essa casa de Deus está repleta de sua bondade.
Tudo se torna belo ao derredor; tudo é usado com prazer e traz sentido da
adoração que nos cabe. O viver é Cristo nos abre a porta para sermos bondosos, altruístas,
cavalheiros, fieis e justos no trato com os outros. Também, o viver é Cristo
desfaz as paixões pecaminosas e perversas, a fim de mostrar justiça no prazer
matrimonial, irradiando respeito, honras e enchendo o ambiente familiar de
segurança. O viver é Cristo não omite a riqueza, mas desfaz a idolatria e o
espírito de torpe ganância, fazendo com que tudo seja contemplado como dádiva
celestial, porquanto a glória de Cristo brilha sobre tudo o que material; as
grades do pecado são arrancadas e tudo passa a ser visto além deste véu
passageiro.
O viver é Cristo é o único viver capaz
de exibir o reino de Deus na terra. É nesse clima de pureza e santidade que os
homens são elevados à condição e verdadeiros homens. O viver é Cristo faz os
homens úteis, trabalhadores e prontos para servir seu próximo. Nesse viver há
piedade e isso traz prazer em viver na terra. A piedade do rei Josias trouxe o
povo judeu para perto de Deus e houve em seus dias o sentido do que é temor e
respeito ao verdadeiro Deus de Israel (2 Crônicas 35). Foi sob o comando de um
homem piedoso como Neemias que Deus restaurou Jerusalém e até mesmo a vida
social do povo foi posta em ordem, desfazendo aquele espírito de anarquia, de
ódio e de prevaricação que tanto fazia os mais pobres sofrerem (Neemias 5).
O que estamos precisando em nossos dias?
O que estamos presenciando hoje é de um viver saboreando as delícias do pecado,
com gravíssimas consequências sobre tudo e sobre todos. O viver de hoje
consiste em comer, beber, divertir e aproveitar os prazeres da iniquidade. O
viver é Cristo desapareceu da sociedade, até mesmo dos ambientes evangélicos.
Nessa condição tão triste o que podemos e devemos fazer? Inventar novas
programações? Trazer divertimentos aos casais? Será que essas coisas modificam
os homens? Claro que não! O que carecemos agora é da pregação do evangelho da
glória de Cristo. Carecemos de ouvir os fatos narrados nas Escrituras, acerca
da condição dos homens no pecado; que estão perdidos e que este estilo de vida
mundano tão perverso não passa de satanás puxando as almas pelo lindo tapete
que conduz milhares ao inferno. A resposta está no Filho de Deus, quando
pecadores chegam a ele em contrição e quebrantamento.
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