segunda-feira, 2 de outubro de 2017

VIVER E MORRER (8)



                                    
“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
A MORTE VISTA DO ASPECTO DA VIDA: “...e o morrer e lucro”.
        Quando o viver é Cristo realmente não apaga a realidade deste viver aqui. O que acontece é que os verdadeiros encantos da vida aparecem, porque tudo passa a ocupar seu devido lugar. Quando Zaqueu se converteu ele foi imediatamente libertado das amarras do pecado que lhe prendiam e que faziam dele um homem perverso, odiador e odiado. Os homens no pecado ilusoriamente pensam que estão vivendo, quando realmente não passam de pobres prisioneiros, cegos e incapazes de ver a realidade da vida. O viver é Cristo faz o homem entender suas responsabilidades aqui. Ele é chamado a viver da verdade e se alimentar da verdade. Agora pode perceber o lugar que ele tem neste mundo, como é um mordomo dos bens de Deus e que um dia há de prestar contas.
        O viver é Cristo liberta o homem para ver como a criação é maravilhosa; como fomos feitos de uma forma perfeita e que tudo está adornado da justiça e bondade e da glória do criador. O viver é Cristo percebe que tudo é milagre e que essa casa de Deus está repleta de sua bondade. Tudo se torna belo ao derredor; tudo é usado com prazer e traz sentido da adoração que nos cabe. O viver é Cristo nos abre a porta para sermos bondosos, altruístas, cavalheiros, fieis e justos no trato com os outros. Também, o viver é Cristo desfaz as paixões pecaminosas e perversas, a fim de mostrar justiça no prazer matrimonial, irradiando respeito, honras e enchendo o ambiente familiar de segurança. O viver é Cristo não omite a riqueza, mas desfaz a idolatria e o espírito de torpe ganância, fazendo com que tudo seja contemplado como dádiva celestial, porquanto a glória de Cristo brilha sobre tudo o que material; as grades do pecado são arrancadas e tudo passa a ser visto além deste véu passageiro.
        O viver é Cristo é o único viver capaz de exibir o reino de Deus na terra. É nesse clima de pureza e santidade que os homens são elevados à condição e verdadeiros homens. O viver é Cristo faz os homens úteis, trabalhadores e prontos para servir seu próximo. Nesse viver há piedade e isso traz prazer em viver na terra. A piedade do rei Josias trouxe o povo judeu para perto de Deus e houve em seus dias o sentido do que é temor e respeito ao verdadeiro Deus de Israel (2 Crônicas 35). Foi sob o comando de um homem piedoso como Neemias que Deus restaurou Jerusalém e até mesmo a vida social do povo foi posta em ordem, desfazendo aquele espírito de anarquia, de ódio e de prevaricação que tanto fazia os mais pobres sofrerem (Neemias 5).
        O que estamos precisando em nossos dias? O que estamos presenciando hoje é de um viver saboreando as delícias do pecado, com gravíssimas consequências sobre tudo e sobre todos. O viver de hoje consiste em comer, beber, divertir e aproveitar os prazeres da iniquidade. O viver é Cristo desapareceu da sociedade, até mesmo dos ambientes evangélicos. Nessa condição tão triste o que podemos e devemos fazer? Inventar novas programações? Trazer divertimentos aos casais? Será que essas coisas modificam os homens? Claro que não! O que carecemos agora é da pregação do evangelho da glória de Cristo. Carecemos de ouvir os fatos narrados nas Escrituras, acerca da condição dos homens no pecado; que estão perdidos e que este estilo de vida mundano tão perverso não passa de satanás puxando as almas pelo lindo tapete que conduz milhares ao inferno. A resposta está no Filho de Deus, quando pecadores chegam a ele em contrição e quebrantamento.

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