“Porquanto,
para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O
VIVER É CRISTO - QUEM TEM O FILHO TEM
A VIDA.
É óbvio que se há a vida de Cristo em
nós os sinais claros dessa vida hão de manifestar-se, assim como ocorre quando
ocorre o nascimento. O choro, o desejo de alimentar-se e seu desenvolvimento
natural. Assim como uma criança está apegada à mamãe, desejando seu afeto e seu
leite, assim também o salvo deseja o Senhor em seu viver. Pedro trata disso no
cap. 2 de sua primeira carta: “Desejai afetuosamente, como criança
recém-nascida o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado
crescimento para salvação” (verso 2). Não há dúvida que esse desejo espiritual
no crente é evidenciado no amor pela palavra.
Quem não ama a palavra de Deus, nem
deseja conhece-la, realmente não é uma pessoa crente. Tenho lidado com muitos
que abandonam a bíblia durante a semana; ela fica esquecida, abandonada e só é
lembrada quando é hora de ir para a igreja. O pastor logo percebe que aqueles
que ignoram a palavra de Deus durante a semana, também vão ignorá-la no culto.
Quem se endurece contra a santa verdade no dia a dia, há de desprezá-la também
no decorrer dos cultos. Não havendo esse apego normal pelo conhecimento da
palavra, certamente prova que não há sinal de crescimento e desenvolvimento na
fé e no amor do Senhor em seu viver. Quem não ama a palavra da verdade, não é
proveniente da verdade; quem tem os ouvidos surdos para a pregação do evangelho
e dos santos ensinos da graça, certamente estará na igreja à procura de
novidades e de entretenimentos. E todos nós sabemos o quanto o mundo evangélico
de nossos dias está carregadíssimo dessas provisões religiosas que tanto atraem
corações endurecidos.
Mas sei que posso mostrar os tremendos
valores da simplicidade do livro de Deus. Estou certo que muitos pensam que
tendo conhecimento das poderosas doutrinas da graça, como eleição, chamada
eficaz, segurança eterna e lendo livros de homens eruditos no assunto, já é
suficiente para afirmar são crentes. Isso não passa de engano, porque as
doutrinas da graça podem ser usadas como um confortável colchão para descansar.
Quando acontece o novo nascimento, certamente a pessoa vai aproximar-se do
Senhor. A vida de Cristo em nós há de nos fazer pessoas que realmente amam e
que desejam conhece-lo mais: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive...” (1
Pedro 2:4). Os salvos não estão no mundo para elevar homens e glorificar
conhecimentos. Estamos no mundo para conhecer nosso Senhor e devemos prosseguir
nesse conhecimento, até que no céu conquistemos a plenitude desse conhecimento.
Assim, a fé há de prezar esse prazer; há
de lutar para que esse nosso tesouro eterno seja nossa riqueza; há de ver o
Senhor como a fonte da alegria, felicidade, gozo e satisfação. Sem a palavra de
Deus no viver o mundo será a melhor opção, será o desejo da carne e
consequentemente a ruína da alma. Muitos santos no passado mostraram o grande
amor e interesse em estar perto de Cristo; mostraram que suas vidas tinham
interesse em conhecer sua verdade no viver diário, como mostra a primeira
estrofe de um antigo hino:
Oh, minha alma, sem
demora ergue-te para entoar
Os louvores do teu
Cristo e seu nome celebrar!
Pra remir-te sua vida te
quis dar!
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