quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A INQUIETUDE DA ALMA LONGE DE DEUS (8)




“O Senhor vela pelos simples; achava-me prostrado, e ele me salvou. Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo. Pois livraste da morte a minha alma, das lágrimas, os meus pés. Andarei na presença do Senhor na terra dos viventes” (Salmo 116:6-9).
A FIRME SEGURANÇA NO ANDAR: “...da queda os meus pés”.
        Somente na conversão genuína é que pecadores podem sentir a firmeza da eterna salvação. Nada aqui pode fornecer qualquer segurança ao pecador, pois fora da redenção pelo sangue o que há é apenas engano das trevas, que cerca a alma de tal maneira que ele nem sequer percebe os perigos atrozes, os quais rondam sua alma. A satisfação que envolveu o Salmista foi pelo fato que ele sentiu firmeza debaixo dos seus pés. Quando Jesus salva o pecador, ele não dá uma salvação hipotética; ele não dá uma paz e segurança que dependem do pecador. A fé faz o convertido olhar para o triunfo da cruz e não para si mesmo, para andar convicto na trilha que o leva ao céu.
        Homens no pecado devem saber que estão sob gravíssimo perigo, porque inimigos vorazes querem devorá-los, a fim de ceifar sua existência neste mundo passageiro. Creio que devemos meditar nisso, mesmo que nos leve à humilhação. Os homens se sentem tão bem em seus pecados que tirá-los dessa zona de conforto é assombroso para eles. Porém, essa impressão que eles têm de bem-estar certamente lhes há de conduzir à perdição. Posso tomar as iniquidades, porque nossos pecados aqui são extremamente pesados. Mesmo o mais simples pecado é como um pesado chumbo que puxa os homens para baixo. Ultimamente satanás tem feito de tudo para que as multidões venham sentir alívio em suas vidas tortas. O pai da mentira trouxe à baila uma divindade diferente, uma paz e uma consolação achadas em seu império de trevas.
        Sem o firme fundamento da salvação bíblica não há ninguém que possa se estabelecer aqui. Os pés dos homens vacilam e escorregam de repente em lugares aparentemente seguros, porque a paz que os homens encontram aqui funciona como gelo que se derrete ante o calor. Também, eles acreditam que podem confiar em suas riquezas e bens acumulados. Quanto engano! Ora, os homens, mesmo tendo comida, bebida, roupas, casa para morar e saúde, mesmo assim mostram que estão inseguros porque vivem à busca de riquezas. As casas de suas vidas nunca estão realmente  prontas. Eles acreditam que as riquezas podem afastar as maldições das doenças e da presença da morte. Constantemente eles percebem que seus pés vacilam e que afundam quando chegam os inimigos visíveis e invisíveis. Toda tentativa de construir um mundo melhor e um lugar mais aconchegável para viver é inútil, porquanto o tempo se encarrega de destruir seus projetos. Em Sodoma e Gomorra milhares trabalharam em construir suas casas e ajustar seus negócios, mas eis que de repente tudo virou cinzas ante o derramamento da ira de Deus (Gênesis 19).
        Somente o Deus de misericórdia pode envolver os pecadores nessas verdades, caso contrário estarão perdidos. Na salvação Deus abre os olhos da alma e assim homens e mulheres veem a miséria eterna e o perigo do abismo debaixo dos pés. Quando homens invocam o nome do Senhor para a salvação é porque eles percebem que não há outro meio, ou outro nome fora do nome do Senhor Jesus, para conceder-lhes salvação eterna.

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