quinta-feira, 19 de outubro de 2017

UM REI REJEITADO (3)



                                             
“Quanto, porém, a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e executai-os na minha presença” (Lucas 19:27).
UM REI REJEITADO PELOS HOMENS.
        Estou tomando a parábola contada por Cristo em Lucas 19, a fim de mostrar o quanto o Senhor é o Rei que foi, é e será sempre rejeitado pelos homens. Sua palavra mostra essa verdade e os homens sempre provaram e ainda provam o quanto têm dentro de seus corações um ódio tremendo contra o Senhor da glória. O propósito agora é mostrar aos meus leitores o quanto esses fatos estão claramente estampados na história bíblica e na vida de homens e mulheres agora.
        Olhemos a história dos judeus, porque esse povo foi o que esteve mais próximo de uma imensidão de bênçãos materiais e espirituais de Deus. A história de como Deus libertou aquele povo do Egito é a prova da compaixão de Deus em favor dos homens perdidos. A forma como Deus guiou esse povo pelo deserto, mostrando sinais e maravilhas ao atravessar o mar vermelho e ao guiar o povo no caminho com sustento constante, durante os quarenta anos até a terra prometida, conforme Moisés conta desde Êxodo até Deuteronômio. Essa história é apenas uma pequena parcela daquilo que vemos durante todo desenrolar do viver desse povo depois que se tornou nação.
        Se houve um povo que deveria mostrar imensa gratidão e profundo temor era essa nação. Mas a verdade é que eles agiram com arrogância e desprezo ao bondoso Deus. Os Salmos 105 e 106 são resumos da bondade de Deus e da terrível ingratidão deles. Mas quero levar meus leitores àquele acontecimento narrado em 1 Samuel 7 e 8. A nação estava sob o domínio dos filisteus e por meio de Samuel Deus deu um grande livramento, destruindo o exército inimigo e livrando o povo das opressões e dos sofrimentos. Após essa grande vitória e grande livramento, o que deveríamos esperar da parte de Israel? Não era uma gratidão e disposição de honrar seu Deus, para tê-lo definitivamente como seu Rei? Claro! Mas a verdade é que ocorreu exatamente ao contrário, pois os líderes se reuniram para solicitar a Samuel o seguinte: “...Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações” (1 Samuel 8:5).
        Aquelas palavras mostram o quanto os homens rejeitam o verdadeiro, bondoso, compassivo e eterno Rei. Mesmo provando sua bondade e vendo seus atos de misericórdia. O que eles estavam dizendo? “Não queremos ter Deus como nosso Rei! Não queremos que ele reine sobre nós! Nós realmente desejamos ser iguais as outras nações!”. Será que meus leitores podem entende tamanha insanidade? Nos versos seguintes vemos a reação de Deus e sua atitude em dar ao povo aquilo que eles haviam solicitado. Desprezaram o verdadeiro Rei, a fim de confiar num homem; rejeitaram o reino de Deus, a fim de confiar nas provisões terrenas. Posteriormente vemos o quanto Saul foi um desastre para a nação de Israel.
        Caro amigo, nós não somos diferentes dos judeus, porque somos provenientes do mesmo barro pecaminoso. Não importa a nação, a cor, a raça, os costumes, riquezas ou pobreza, todos os homens no coração têm a mesma disposição de rejeitar o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O viver de homens e mulheres prova o quanto os homens preferem o pecado e não aquele que veio ao mundo, a fim de nos resgatar desse sistema enganador e corrompido.

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