segunda-feira, 3 de julho de 2017

O AUTOR DA NOSSA FÉ (4)




“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).
ELE É O AUTOR DA NOSSA FÉ POR SER PERFEITO HOMEM
        Nosso Senhor foi de fato o modelo absolutamente perfeito da fé, porque como Homem ele em tudo se submeteu ao Pai, a fim de cumprir sua vontade. Notamos isso em suas palavras, conforme Isaías 50:5: “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me retirei para trás”. Notáveis palavras daquilo que podemos entender de perfeita submissão. Quando o Filho se dispôs a descer do céu e vir à terra, a fim de tomar nossa semelhança, para ele foi completa alegria; ele foi movido pelo intenso e eterno amor pelos seus; ele, como Deus contemplou toda desventura que enfrentaria na jornada; sabia sim que enfrentaria toda oposição infernal e que seria até mesmo desprezado pelo Pai quando chegasse à cruz; entendeu perfeitamente qual seria a sua função neste mundo, porque seu alvo era a salvação perfeita e completa do seu povo.
        Diante de tudo isso nosso Senhor não assumiu uma postura dominada pelas emoções; ele entrou no mundo como Homem, a fim de andar como homem e encarar o caminhar de um Homem perfeito numa estrada imperfeita e num corpo mortal. Não é maravilhosa essa disposição de nosso Mestre e Salvador? Ele não viu à frente um caminho maravilhoso, cheio de aprovação e louvor dos homens. O amor sacrificial dele não buscou qualquer recompensa terrena ou mesmo angelical. Sua humilhação foi intensa e inexplicavelmente profunda, porque ele mesmo afirma no texto acima que se submeteu ao Pai: “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos...”. Que cena incrível! A ideia é que ele se dispôs a servir como uma disposição obediente de estar absolutamente pronta para escutar todo ensino e orientação de alguém superior a ele.
        Também, no texto de Isaías vemos que esse servo “...não foi rebelde...”. Isso significa que ele silenciou-se diante das ordenanças; que não quis impor suas condições; que lançou fora todo seu armamento de defesa e que estava disposto a se tornar como uma ovelha muda, totalmente dependente. O texto também acrescenta o fato que ele não se retirou: “...nem me retirei para trás”. Ele não foi tomado de medo, apreensão e preocupação. Que decisão de amor! Imagina o ser glorioso deixando para trás toda sua glória que envolvia sua divindade ao lado do Pai e do Espírito, a fim de tornar-se um insignificante ser humano! Tomando tal decisão com santa e humilde determinação, nosso Senhor sabia perfeitamente que no caminho pelo qual andaria ele necessitaria de total confiança em Deus.
        Noutras palavras, nosso Senhor adentrou-se a este mundo como o Homem de fé. Não houve nada de automático nele; ele não buscou qualquer recurso em suas prerrogativas da divindade. Ele assumiu a posição firme e inflexível de alguém que era submisso e confiante apenas em Deus. Sua fé era a fé perfeita, modelo pronto e singular para nós. Ali estava o criador dos céus e da terra, poderoso, sublime, autossuficiente nele mesmo; ali estava no meio dos homens, pronto para enfrentar os mais terríveis horrores deste caminho forjado pelo pecado e que leva o perdido para o inferno. Sua meta era passar por essa trilha e assim preparar o caminho para seu povo andar. Ele foi à nossa frente; ele andou nesse caminho, a fim de destruir todo o poder do diabo, da morte, do mundo e dos anseios do inferno, a fim de abrir o caminho para o céu, como de fato fez.
        Pecadores precisam saber disso; crentes precisam conhecer essa fulgurante e memorável história de amor. O perfeito Homem conquistou perfeita fé! Pecadores despertados passam a ter a mesma fé no peito, a fé que nos liga ao céu! Homens perdidos, de repente passam a ver o que jamais viram e andar pelo caminho que jamais trilharam antes. Crentes podem crescer nessa fé à medida que andar e aprendem! Não é a mais maravilhosa história?

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