“Olhando firmemente
para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que
lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está
assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).
ELE É O AUTOR DA
NOSSA FÉ POR SER PERFEITO HOMEM
Nosso Senhor foi de fato o modelo
absolutamente perfeito da fé, porque como Homem ele em tudo se submeteu ao Pai,
a fim de cumprir sua vontade. Notamos isso em suas palavras, conforme Isaías
50:5: “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me retirei
para trás”. Notáveis palavras daquilo que podemos entender de perfeita
submissão. Quando o Filho se dispôs a descer do céu e vir à terra, a fim de
tomar nossa semelhança, para ele foi completa alegria; ele foi movido pelo
intenso e eterno amor pelos seus; ele, como Deus contemplou toda desventura que
enfrentaria na jornada; sabia sim que enfrentaria toda oposição infernal e que
seria até mesmo desprezado pelo Pai quando chegasse à cruz; entendeu perfeitamente
qual seria a sua função neste mundo, porque seu alvo era a salvação perfeita e
completa do seu povo.
Diante de tudo isso nosso Senhor não
assumiu uma postura dominada pelas emoções; ele entrou no mundo como Homem, a
fim de andar como homem e encarar o caminhar de um Homem perfeito numa estrada
imperfeita e num corpo mortal. Não é maravilhosa essa disposição de nosso
Mestre e Salvador? Ele não viu à frente um caminho maravilhoso, cheio de
aprovação e louvor dos homens. O amor sacrificial dele não buscou qualquer
recompensa terrena ou mesmo angelical. Sua humilhação foi intensa e
inexplicavelmente profunda, porque ele mesmo afirma no texto acima que se
submeteu ao Pai: “O Senhor Deus abriu-me os ouvidos...”. Que cena incrível! A
ideia é que ele se dispôs a servir como uma disposição obediente de estar
absolutamente pronta para escutar todo ensino e orientação de alguém superior a
ele.
Também, no texto de Isaías vemos que
esse servo “...não foi rebelde...”. Isso significa que ele silenciou-se diante
das ordenanças; que não quis impor suas condições; que lançou fora todo seu
armamento de defesa e que estava disposto a se tornar como uma ovelha muda,
totalmente dependente. O texto também acrescenta o fato que ele não se retirou:
“...nem me retirei para trás”. Ele não foi tomado de medo, apreensão e
preocupação. Que decisão de amor! Imagina o ser glorioso deixando para trás
toda sua glória que envolvia sua divindade ao lado do Pai e do Espírito, a fim
de tornar-se um insignificante ser humano! Tomando tal decisão com santa e
humilde determinação, nosso Senhor sabia perfeitamente que no caminho pelo qual
andaria ele necessitaria de total confiança em Deus.
Noutras palavras, nosso Senhor
adentrou-se a este mundo como o Homem de fé. Não houve nada de automático nele;
ele não buscou qualquer recurso em suas prerrogativas da divindade. Ele assumiu
a posição firme e inflexível de alguém que era submisso e confiante apenas em
Deus. Sua fé era a fé perfeita, modelo pronto e singular para nós. Ali estava o
criador dos céus e da terra, poderoso, sublime, autossuficiente nele mesmo; ali
estava no meio dos homens, pronto para enfrentar os mais terríveis horrores
deste caminho forjado pelo pecado e que leva o perdido para o inferno. Sua meta
era passar por essa trilha e assim preparar o caminho para seu povo andar. Ele
foi à nossa frente; ele andou nesse caminho, a fim de destruir todo o poder do
diabo, da morte, do mundo e dos anseios do inferno, a fim de abrir o caminho
para o céu, como de fato fez.
Pecadores precisam saber disso; crentes
precisam conhecer essa fulgurante e memorável história de amor. O perfeito
Homem conquistou perfeita fé! Pecadores despertados passam a ter a mesma fé no
peito, a fé que nos liga ao céu! Homens perdidos, de repente passam a ver o que
jamais viram e andar pelo caminho que jamais trilharam antes. Crentes podem
crescer nessa fé à medida que andar e aprendem! Não é a mais maravilhosa
história?
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