sexta-feira, 14 de julho de 2017

A DIFERENÇA ENTRE O JUSTO E O ÍMPIO (3)



                   
“Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão” (1 João 3:10)
A DISTINÇÃO É FEITA POR DEUS. “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo”.
        Afinal, será que realmente dá para detectar e afirmar quem é e quem não é um justo, crente em Cristo? Num mundo obscurecido de engano, onde os homens não toleram o absoluto, será que é possível apontar o dedo para definir quem são os verdadeiros cidadãos do céu? Não temos outro recurso, senão tomar a poderosa Palavra da verdade e chegar a uma plena e definida convicção. O fato é que a bíblia sempre mostrou sua definição, direta ou indiretamente. Por exemplo, a respeito de Noé é dito: “Noé era um homem justo entre os seus contemporâneos; Noé andou com Deus” Gn. 6:9. Outra ilustração é vista com referência a Ló em 2 Pedro 2:7,8). Eis que chegou o momento para que paremos de viver iludidos. Mostra que o Deus da revelação não obscurece aquilo que claramente revelou.
        Primeiramente quero examinar a linguagem do Senhor Jesus em relação às suas ovelhas. Ora, ele conversava com os judeus e aquele povo conhecia muito bem a criação de ovelhas, como também sabia identificar a linguagem do Velho Testamento, onde várias vezes o Senhor fala de seu relacionamento com suas ovelhas. Em João 10 nosso Senhor fala acerca do seu como povo como sendo: “minhas ovelhas”. Ele utiliza o pronome possessivo porque quer deixar claro aos judeus rebeldes que eles nada tinham a ver com ele, justamente porque não ouvia sua voz, não davam crédito às suas palavras (João 10:26): “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas”. Ele afirma que conhece suas ovelhas e o que ele quer dizer é que aqueles que o Pai lhe entregou já foram conhecidos desde a eternidade. Por essa razão ele dirá no juízo para muitos enganados: “...nunca vos conheci...”.
        No texto acima vemos que João mostra o fato que os justos não ficam encobertos neste mundo; que mesmo que pareça que não há diferença do ponto de vista dos homens, eis que “...são manifestos os filhos de Deus...”. Não somente Deus vê e conhece seu povo; não somente os olhos de amor e ternos cuidados envolvem o povo salvo, como também eles vão mostrar que há nítida diferença. Às vezes a escuridão é tão intensa que nem mesmo podemos ver qualquer sinal de estrelas no céu, mas não significa que elas não estão lá. Às vezes o povo de Deus está embrenhado neste mundo de escuridão sem que ninguém perceba que há diferença. Muitos pastores fieis experimentam essa verdade em seus ministérios, pois lutam numa igreja com muitos infiéis como membros, dando a impressão que não há nenhum crente ali. Mas assim que chega o momento da verdade, de examinar tudo à luz da lupa bíblica, eis que os santos aparecem.
        É com os vendavais e furacões do mal assolando tudo ao derredor que os santos surgem como estrelas a brilhar neste mundo. Foi depois de dias de lutos, choro e dores ali em Moabe, que a fumaça do mal desapareceu, dando lugar à fé de Noemi e de Rute, revelando que havia impressionante diferença entre a fé dessas duas mulheres valentes e a incredulidade de Orfa (Rute 1).
        Os verdadeiros crentes em Cristo não somente brilham no céu naqueles que já partiram, como também brilham aqui, aparecendo quando realmente precisa, porque Deus não fica sem suas sinceras testemunhas. Que saibamos disso e que nossos corações sejam tomados de temor e alegria, mesmo que agora vejamos como o horror do pecado tem se desmanchado como bloco de gelo, ante o calor da apostasia que reina neste mundo.

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