“Nisto são manifestos
os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não
procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão” (1 João 3:10)
A DISTINÇÃO É FEITA
POR DEUS. “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo”.
Afinal, será que realmente dá para
detectar e afirmar quem é e quem não é um justo, crente em Cristo? Num mundo
obscurecido de engano, onde os homens não toleram o absoluto, será que é
possível apontar o dedo para definir quem são os verdadeiros cidadãos do céu?
Não temos outro recurso, senão tomar a poderosa Palavra da verdade e chegar a
uma plena e definida convicção. O fato é que a bíblia sempre mostrou sua
definição, direta ou indiretamente. Por exemplo, a respeito de Noé é dito: “Noé
era um homem justo entre os seus contemporâneos; Noé andou com Deus” Gn. 6:9.
Outra ilustração é vista com referência a Ló em 2 Pedro 2:7,8). Eis que chegou
o momento para que paremos de viver iludidos. Mostra que o Deus da revelação
não obscurece aquilo que claramente revelou.
Primeiramente quero examinar a linguagem
do Senhor Jesus em relação às suas ovelhas. Ora, ele conversava com os judeus e
aquele povo conhecia muito bem a criação de ovelhas, como também sabia
identificar a linguagem do Velho Testamento, onde várias vezes o Senhor fala de
seu relacionamento com suas ovelhas. Em João 10 nosso Senhor fala acerca do seu
como povo como sendo: “minhas ovelhas”. Ele utiliza o pronome possessivo porque
quer deixar claro aos judeus rebeldes que eles nada tinham a ver com ele,
justamente porque não ouvia sua voz, não davam crédito às suas palavras (João
10:26): “Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas”. Ele afirma que
conhece suas ovelhas e o que ele quer dizer é que aqueles que o Pai lhe
entregou já foram conhecidos desde a eternidade. Por essa razão ele dirá no
juízo para muitos enganados: “...nunca vos conheci...”.
No texto acima vemos que João mostra o
fato que os justos não ficam encobertos neste mundo; que mesmo que pareça que
não há diferença do ponto de vista dos homens, eis que “...são manifestos os
filhos de Deus...”. Não somente Deus vê e conhece seu povo; não somente os
olhos de amor e ternos cuidados envolvem o povo salvo, como também eles vão
mostrar que há nítida diferença. Às vezes a escuridão é tão intensa que nem
mesmo podemos ver qualquer sinal de estrelas no céu, mas não significa que elas
não estão lá. Às vezes o povo de Deus está embrenhado neste mundo de escuridão
sem que ninguém perceba que há diferença. Muitos pastores fieis experimentam
essa verdade em seus ministérios, pois lutam numa igreja com muitos infiéis como
membros, dando a impressão que não há nenhum crente ali. Mas assim que chega o
momento da verdade, de examinar tudo à luz da lupa bíblica, eis que os santos
aparecem.
É com os vendavais e furacões do mal
assolando tudo ao derredor que os santos surgem como estrelas a brilhar neste
mundo. Foi depois de dias de lutos, choro e dores ali em Moabe, que a fumaça do
mal desapareceu, dando lugar à fé de Noemi e de Rute, revelando que havia
impressionante diferença entre a fé dessas duas mulheres valentes e a incredulidade
de Orfa (Rute 1).
Os verdadeiros crentes em Cristo não
somente brilham no céu naqueles que já partiram, como também brilham aqui,
aparecendo quando realmente precisa, porque Deus não fica sem suas sinceras
testemunhas. Que saibamos disso e que nossos corações sejam tomados de temor e
alegria, mesmo que agora vejamos como o horror do pecado tem se desmanchado
como bloco de gelo, ante o calor da apostasia que reina neste mundo.
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