“Filhinhos, não vos
deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como
ele é justo” (1 João 3:7)
INTRODUÇÃO:
É impossível abrir a primeira carta de
João sem perceber nela como Deus trata com sua família, seu povo salvo. Suas
lições são encantadoras, edificantes e as doutrinas brilham nela como diamantes
trabalhados pela maravilhosa graça. Não é uma carta apreciada pelo homem
natural, porque em nada ela vai encantar o coração marcado pelo engano do
pecado. Deus aparece ali em seu santuário e logo no capítulo 1 o cenário é
deslumbrante, mostrando que somente corações confessos e humilhados podem
chegar ali e achar o sangue purificador (1:7) e buscar na confissão o perdão e
purificação da parte daquele que é Fiel e Justo (1:9).
Não vou dar uma exposição da carta
inteira, mas trazer apenas as lições do verso 7 do terceiro capítulo. Meu
objetivo é mostrar que há tremenda diferença entre o salvo e o não salvo, se
quisermos ver o homem à luz do que está escrito. O mundo moderno tem oferecido
não somente um evangelho diferente e bem aceitável aos corações mundanos, como
também feito com que milhares pareçam até mesmo melhores do que muitos genuínos
crentes. Ora, isso tende a abalar muitos corações sinceramente santificados
pela graça. Por essa razão necessita da verdade revelada, mostrada ao povo de
Deus como o Senhor quer que vejamos. Creio que o verso acima nos mostra como há
uma nítida diferença entre o melhor homem do homem, o mais religioso e o mais
admirado, quando comparado com o mais simples crente. Por que João traz este
assunto à baila? Na realidade começa mesmo no cap. 2 a partir do verso 18:
1.
O espírito do
anticristo constitui o maior perigo jamais enfrentado pela igreja. Desde o
começo da igreja satanás sempre se ocupou em enviar ao mundo a mensagem
religiosa e mentira; sempre se ocupou em enviar elementos parecidos com servos
de Deus, a fim de iludir o povo de Deus. Por essa razão João admoesta os
crentes usando termos como: “cuidado”, “Acautelai-vos”, etc.
2.
Tem em vista negar a
Cristo reduzindo-o ao nível meramente humano, carnal e social. Satanás é um
sedutor, enganador, que visa enganar o povo de Deus, e ele faz isso se
apresentando como anjo de luz; ele faz isso tentando mostrar que Cristo é como
qualquer homem e que ele é um dos milhares mediadores entre Deus e o homem.
Vemos isso em nossos dias, quando pastores e falsos mestres são venerados e
buscados como seres extraordinários e cheio de poderes.
3.
Negar o Pai, porque
ao negar o Filho há de negar aquele que enviou o Filho ao mundo. As doutrinas
bíblicas mostram a unidade que há entre as pessoas da divindade. Nosso Senhor
declara que quem crê nele, crê também naquele que o enviou. Mas satanás procura
dividir o que é eternamente unido e isso enche a igreja de confusão.
4.
Dá ao mundo um
sentimento de que Jesus veio para todos e que todos são aceitos por Ele. Essa é
a principal atividade do pai da mentira em suas articulações religiosas neste
mundo. Ele faz com que todos passem a crer que são filhos de Deus. É exatamente
isso o que mais vemos como resultados de um falso evangelho propagado, enchendo
os corações dos homens de uma falsa paz, enquanto eles vivem em seus pecados. O
mistério da iniquidade está operando a todo vapor.
5.
Daí a necessidade da
doutrina que revela o amor de Deus pelo seu povo e que esse povo dá fruto de
santidade. João enfatiza isso em sua carta, mostrando o quanto a salvação
mediante a justiça de Cristo há de operar um viver justo e santo. Não há outra
forma de viver que mostra a real diferença entre os justos e os ímpios. Por
essa razão convido meus leitores ao exame dessas maravilhosas lições para nossa
edificação e viver na graça.
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