“Olhando firmemente
para o Autor e Consumador da nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que
lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está
assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).
ELE É O AUTOR DA
NOSSA FÉ PELA PERFEITA OBRA AGRADÁVEL AO PAI.
A segunda lição vem nos mostrar que
nosso Senhor é o Autor da nossa fé, porque sua obra em tudo agradou ao Pai. A
bíblia mostra a humilhação do nosso Senhor de uma forma impressionante e
inimaginável, porque ele se aprofundou no conhecimento experimental da miséria
humana. Ele foi exposto para ficar perante um mundo culpado, como se ele fosse
o mais terrível e tremendo culpado que já existiu. Noutras palavras, eis que o
inocente Senhor foi colocado no banco dos réus, a fim de ser julgado e
condenado pelos perversos e culpados filhos de Adão. Que santa confiança!
No Salmo 22
vemos como o nosso Senhor em suas palavras aparece, como se ele mesmo fosse um
pecador culpado; vemos como ele se manifesta, não confessando sua inocência,
mas sim como alguém que olha para os pecadores, a fim de declarar que ocupava o
lugar deles ali. Os vermes estavam do lado de fora, gritando, xingando,
blasfemando: : “Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que
nele tem prazer” (Salmo 22:8), mas o puro Cordeiro de Deus estava pendurado na
cruz em meio às mais cruciantes dores, no meio do alastrante fogo da ira de
Deus. A sua coragem mobilizada pelo amor e sua fé mobilizada pela humanização fez
com que ele ficasse sozinho. Não foi reconhecido por ninguém, nem mesmo pelo seu
povo eleito. A fé movida pelo amor fez com que nosso Senhor fizesse uma
confissão estonteante, porquanto o Homem perfeito se colocou no lugar dos
vermes: “Mas eu sou verme, e não homem...” (verso 6).
Como nós
podemos entender isso? O fato é que o Autor de nossa fé foi até à mais
humilhante confissão, ao poço mais profundo da condição do homem no pecado.
Noutras palavras, ele recebeu sobre si o tsunami da depravação total, a fim de
ser batizado na miséria. Jeremias foi jogado na cisterna de lama, mas Cristo
foi atirado ao poço da mais completa sujeira que causa a mais repugnante náusea
a Deus. Ele fez tudo isso porque pode confiar em Deus, lançando-se aos fortes
braços da vontade soberana. Quando homens se arrogam de sua fé é porque
desconhece a verdade da tão grande salvação na alma. Quando pecadores são
humilhados e chegam ao reconhecimento da sua miséria, é porque podem ver que
nada têm para dar a Deus. Assim Cristo é visto ocupando nosso lugar; ele foi
desprezado, para que pecadores perversos fossem aceitos. A fé natural vacila
como Pedro vacilou, mas a fé que vem do Senhor aos corações confessa que Cristo
é seu Salvador e Senhor.
O que nós
temos para oferecer a Deus? Nada! Se o pobre pecador não se humilhar, sem
dúvida estará partindo para a miséria confiando em si mesmo. O Autor da nossa
fé conquistou para nós a fé que agrada a Deus. Pecadores que realmente creem
são frutos da conquista de Cristo. A fé que vem de Jesus ocupou o coração de
Paulo, de tal maneira que ele se ocultou totalmente no Filho de Deus: “...logo
já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, e esse viver que agora tenho
na carne, vivo pela fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou
por mim” (Gálatas 2:20). A fé natural quebra como um frágil fio, mas a fé que
vem do Senhor é mais forte do que qualquer cabo de aço. Quando Deus opera no
homem não há que possa impedir sua perfeita obra no coração: “...aquele que
começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus”
(Filipenses 1:6)
Oh! Que pecadores
corram para buscar refúgio naquele que é o refúgio da alma aflita! Que homens e
mulheres se humilhem perante Deus! Que almas desesperadas diante da realidade
da perdição, possam confessar sua miséria e clamar a maravilhosa e perfeita
salvação, a qual foi conquistada pelo filho de Deus ali na cruz!
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