“Mas com inundação
transbordante, acabará de uma vez com o lugar desta cidade; com trevas
perseguirá o Senhor os Seus inimigos” (Naum 1:8).
Prezado leitor, estamos vendo em Naum
como Deus persegue Seus inimigos com trevas. Foi assim que Ele puniu Nínive,
aprisionando toda população, até que viesse o dia da execução da Sua Ira. O
Espírito de Deus deixou registrada tal verdade, a fim de mostrar a todos os
homens em todos os tempos que o imutável Deus não mudou; que ainda é o Deus que
persegue Seus inimigos com trevas; que homens e mulheres que ainda permanecem
em seus pecados são inimigos Dele.
Conforme pudemos ver, trevas na bíblia,
dependendo do contexto normalmente refere-se a ausência da verdade, conforme
vemos na própria linguagem do Senhor em João 8:11: “...quem me segue não andará nas trevas...”. Quando homens e mulheres
são salvos é porque conheceram a verdade (Efésios 1:13) e foram retirados das
trevas para a maravilhosa luz (Colossenses 1:13). O Deus da bíblia é o Deus de
toda verdade, então andar sem Ele, sem a comunhão Dele, em aliança com a
iniquidade é andar nas trevas.
Deus aprisiona Seus inimigos em trevas
espirituais e dessas prisões não podem escapar. Milhares de homens e mulheres
estão nessa condição; vivem em prisões, algemados nas mãos e nos pés; suas
algemas e grilhões são invisíveis e imperceptíveis. Milhares estão
aprisionados, sem, contudo perceberem a real situação, porquanto têm olhos, mas
estão cegos, não podem enxergar a verdade, vagueiam na escuridão, completamente
ignorantes acerca da situação e completamente despreocupados quanto ao destino
que lhes espera. Nas trevas onde estão presos estão sentindo a calma e a
enganosa e perigosa paz do pecado e a paz com o pecado.
Por que vivem assim? Por que nada,
absolutamente nada pode acordar e despertar as almas nessa condição? Por que
até mesmo dores, aflições, avisos, mensagens, advertências, etc. não acordam,
despertando essas almas? Por que às vezes parece que estão dispostas a fugir do
perigo, mas logo que a calma retorna, voltam ao perigosíssimo sossego que tanto
amam? A resposta está no fato que essas almas são mantidas ali, sob a Ira
ardente de Deus, sem que possam escapar por si mesmos, a não ser que a
misericórdia de Deus entre em ação.
Meditemos na
forma como Deus manteve Faraó aprisionado nas trevas. Para o orgulhoso monarca
ele mesmo era Deus; ele mesmo era o soberano e curtia essa arrogante decisão
mantendo o povo de Deus como escravo. Note bem que mesmo afligido sob os
açoites das dez pragas nada mudou seu coração. Nas trevas foi mantido
aprisionado e quando parecia que queria sair de lá, era iludido pelo engano do
pecado. Assim que as aflições passavam Faraó voltava a deitar-se em sua zona
de conforto, nas trevas, até que sob os impulsos da carne correu em direção
ao mar vermelho onde foi sepultado.
Ah! Não há lugar mais confortável para
o ímpio do que as prisões das trevas! Ali não há sinais de perigos eternos! Ali
parece que há sentido de liberdade! Ali parece que há prazer e alegria! Note
como Caim foi aprisionado nas trevas (Gênesis 4); veja como ele correu para lá,
fugindo da presença de Deus, a fim de estabelecer seu próprio mundo e seu
sistema de vida. Milhares não percebem que estão foram colocados por Deus
aprisionados nas trevas e mesmo que os terrores do juízo vindouro cheguem, nada
altera sua situação.
Caro leitor, trago o evangelho da
glória de Cristo, porque não há outra luz, senão a luz da misericórdia de Deus,
a fim de mostrar-lhe a mensagem de salvação. Milhares de elementos perigosos
estão levando outras luzes de esperança mundana aos corações, mas elas logo se
apagam! Mesmo que homens e mulheres recebam benefícios materiais, essas coisas
não passam de fogos de artifícios. Trago a luz do evangelho, anunciando a todos
que Cristo Jesus veio ao mundo e que pelo sangue desse Cordeiro, pecadores são
libertos da Ira de Deus! Pecadores são reconciliados com Deus por meio do
sangue da cruz e que agora é o momento para que homens e mulheres se arrependam
e se convertam a Cristo de todo coração.
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