quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

ESTUDOS NO SALMO 23 (22)



“Guia-me pelas veredas da justiça por amor do Seu nome.” (verso 3)
A CERTEZA DE SER GUIADO NO CAMINHO CERTO “Guia-me pelas veredas da justiça...” (primeira)
                Já pudemos ver a liderança certa de Cristo na vida de cada salvo. Mas o verso 3 ainda mostra a certeza de guiar-nos no caminho onde de fato, como crentes devemos andar. Esse é o trabalho da gloriosa graça e certamente apresenta nosso triunfo, porquanto, uma vez cientes da liderança do Senhor em nossas vidas, o que se espera é que vai nos guiar pelo caminho que Ele bem sabe onde devemos andar. Está estampado no verso 3 que Ele guia Sua ovelha pelas veredas da justiça.
Como é impressionante a harmonia das Escrituras! Num sentido prático temos aí a exposição da poderosa doutrina da justificação, doutrina que brilha de forma gloriosa na carta de Paulo aos Romanos. Devemos saber que todas as doutrinas têm um efeito prático nas vidas dos crentes. Cremos na doutrina da justificação, que Deus toma o culpado, e pelo sangue do seu Filho bendito torna-lhe inculpável, justo, perfeitamente aceitável perante Deus. Cremos na doutrina da santificação, que Deus torna aquele que Ele salva, numa pessoa santa. Mas pela Bíblia, deve se esperar que o justo há de andar no caminho da justiça, e o santo há de viver em santidade. Deus não põe rótulos em pessoas. Ao perdoar o pecador de todas as suas culpas, Ele também lhe purifica o coração (1 João 1:9).   Amado irmão, no livro dos Salmos, o crente é comumente chamado de “justo”. E não devemos ficar pensando que o justo apresentado nos Salmos, refere-se aquele que no Velho Testamento exibia a justiça que há na lei. A lei não pode justificar ninguém, nem tampouco pode tornar alguém justo no viver. A obra da justificação sempre foi algo realizado pelo milagre da graça e o que Deus fez com Abraão, tornou o modelo do que Ele haveria de fazer com todos quantos fossem salvos em todas as nações. Paulo, para dar a estrutura necessária a essa preciosa doutrina no cap. 4 de Romanos, toma por base o Salmo 32 versos 1 e 2: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto”, (conferir com Romanos 4:7).
Ao justificar alguém, Deus há de guiar tal pessoa por onde mesmo? “Pelas veredas da justiça”. O andar continuamente numa vida que exibe as marcas da injustiça prova claramente que jamais ocorreu qualquer obra de justificação. Deus jamais irá chamar o injusto de justo, nem irá chamar o profano de santo, nem tampouco dirá que ser “filho da desobediência” é igual a ser “filho da obediência”. Isso não significa que o crente não comete injustiça, pois todos os verdadeiros crentes têm experiências de tropeços no viver. Há pessoas que mostram justiça natural produzida pela natureza, mas jamais Deus teve intenção de recuperar o homem como se recupera um carro velho. A justiça humana cheira mal às narinas de Deus.  O que a Palavra de Deus está tratando é sobre a justiça de Cristo implantada no coração da alma que nasceu de novo. Esse é de fato justo, e vai odiar qualquer injustiça. Mas o que é injusto manifestará continuamente as marcas da injustiça em seu proceder. Paulo afirma que o injusto não herdará o reino de Deus, (1 Coríntios 6:9). (continua)

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