“Guia-me
pelas veredas da justiça por amor do Seu nome.” (verso 3)
A CERTEZA DE SER GUIADO NO CAMINHO CERTO “Guia-me pelas veredas da justiça...” (segunda)
Voltando ao Salmo 23
verso 3, podemos prosseguir no assunto que mostra de forma prática a doutrina
da justificação. Quem é o crente? É agora uma pessoa que há de manifestar a
justiça de Deus em seu viver. Numa linguagem simbólica, ele agora está trajando
as vestes brancas da justiça de Cristo e neste mundo será guiado pelas veredas
da justiça.
Primeiro, devo explicar como Deus faz isso e depois explicarei qual deve ser o
proceder do crente.
Para nos guiar pelas veredas da justiça, Deus
mediante a obra de Sua graça imprimiu essa justiça em nossos corações. Um
exemplo claro dessa verdade está na vida de Zaqueu. Antes aquele homem não
passava de um ladrão, mas quando foi a Cristo, o Espírito de Deus transformou
aquele judeu que havia se tornado em escória para sua sociedade, numa nova criatura.
Zaqueu levantou perante Jesus em completa consagração para andar numa vida cuja
justiça só poderia revelar a justiça de Deus. Desde então, aquele que antes
amava o dinheiro, mostrou que amava mais a Jesus e que estava pronto a
consagrar seus bens para servir ao próximo. No caso de Zaqueu, a
iniquidade prendia e dominava-lhe na
avareza. Mas, quando foi operado nele o milagre da salvação, eis que Zaqueu
estava pronto agora a servir ao seu próximo. A lei de Deus foi gravada pelo
Espírito em seu íntimo e eis que ali estava um novo homem pronto a trilhar o
caminho da justiça. Quando não há esse milagre feito por Deus, é impossível
para a pessoa ser conduzida na justiça de Deus.
Abraão é tido como o
modelo da justificação. Ele pecou por não esperar o tempo de Deus e cedeu às
pressões de Sara para ter um filho com Hagar, a escrava egípcia. Essa história
está registrada no cap. 16 de Gênesis. É claro que a atitude de Abraão foi
pervertida e que a maldade plantada seria colhida. No cap. 17, logo no primeiro
verso parece indicar que Deus ficou 14 anos sem comunicar-se com Seu servo.
Quando o Senhor lhe aparece, Abraão recebe como que uma aula de teologia por
parte do próprio Deus. O Senhor diz para Abraão: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso.”
É como se Ele estivesse dizendo ao seu idoso servo: “Abraão, você ficou velho,
mas eu não, eu sou o mesmo”. Mas, veja o que segue no verso 1. Deus dá-lhe duas
ordens: “Anda na minha presença, e sê perfeito.” Olhando superficialmente
parece que Deus está repreendendo Abraão pelo que fizera e pondo um fardo sobre
aquele homem. Como Abraão poderia andar na presença de Deus e ser perfeito? Ele
era um pecador como qualquer ser humano. Mas Deus não lança uma carga
insuportável sobre a vida espiritual do seu servo. O trabalho de Deus na vida
de Abraão desde o começo foi pela graça e agora também não seria diferente.
Deus em sua graça chega para o fraco Abraão e dispara-lhe duas ordenanças:
“Anda na minha presença, e sê perfeito.” Quando Deus em Sua graça ordena,
naquela ordem Ele dá o poder, por isso pode andar em Sua presença e ser o homem
segundo o coração de Deus, e foi exatamente isso o que ocorreu com o crente
Abraão. (continua)
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