“Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia” (João 6:44).
SEGURANÇA ETERNA: “... e eu o ressuscitarei no último dia”.
Querido
leitor considere comigo as maravilhas da segurança eterna! Consideremos juntos
o profundo significado dessa tão gloriosa e exuberante obra de arte da graça
irresistível! Veja como o trabalho de Deus em atrair pecadores para Si envolve
toda nossa maneira de viver! Na frase: “...e eu o ressuscitarei no último dia”,
nosso Senhor está mostrando ao mundo a invencível e conquistadora obra do amor
de Deus em favor dos perdidos, porquanto todos os inimigos são destruídos.
Quando Ele afirma que os salvos hão de ressuscitar no último dia, nosso Senhor
está mostrando que o reino do pecado foi vencido, especialmente naquilo que
revela ser o mais pavoroso e tétrico resultado do pecado – a morte.
Tendo a
ressurreição como o mais glorioso resultado do trabalho da graça, vemos que o
propósito da nossa salvação nada tem a ver com esta vida aqui. Não há qualquer
promessa de uma vida material e socialmente melhor. Nosso Senhor deixou bem
claro para seus discípulos: “...No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”
(João 16:33). Após a partida do Senhor para o céu, Seus discípulos enfrentaram
a dureza e rigor de um mundo organizado para o mal. Eles não foram bem
recebidos; não houve nenhuma aclamação de alegria por parte dos religiosos em
favor deles, pelo contrário, enfrentaram lutas, dores, apedrejamentos, prisões,
fome e semelhantes aflições. Nenhum dos apóstolos ficou rico; nenhum deles
possuiu casas nem dinheiro. Eram homens dos quais o mundo não era digno
(Hebreus 11:38).
Por
que um evangelho aparentemente tão pessimista? Respondo imediatamente, que o
evangelho faz o homem mirar as glórias que hão de vir, não as glórias
passageiras e inúteis deste ambiente fermentado de maldade. Vemos essa verdade
na declaração do Senhor: “...e eu o ressuscitarei no último dia”. A salvação
bíblica nos envolve na realidade daquilo que há de vir, na herança reservada
para os santos (1Pedro 1:4). Notemos que foi essa esperança que encheu os
corações dos santos no passado. Eles foram cativados pela esperança da glória,
como ocorreu com a igreja de Colossos: “por causa da esperança que vos está
reservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do
evangelho” (Colossenses 1:5). Esses santos sabiam que a vida aqui neste mundo
estava sendo rasgada pela morte, mas a certeza da ressurreição cercava seus
corações com regozijo. Embalados nessa tão sublime verdade das glórias eternais
que homens e mulheres foram o que foram, viveram como viveram e triunfaram
sobre todos os obstáculos achados neste vale de dor.
Mas
venho afirmar que a salvação soberana traz consigo a estrutura inabalável para
o viver em santidade, poder e triunfo neste mundo. A esperança da glória não
apaga o viver presente, muito pelo contrário, é a certeza da glória que faz o
salvo encarar esta vida passageira com satisfação, felicidade e coragem para
enfrentar os terrores. A salvação não traz pesares; a salvação bíblica expõe ao
mundo a vida que há no Filho por meio de homens e mulheres tirados da morte
para a vida. A salvação faz do verdadeiro crente uma luz que vai brilhar no
meio das trevas. O salvo está plenamente convicto que o mundo é o que é, um
ambiente de aflições, mas carrega consigo o bom ânimo porque caminha no meio de
derrotados. O mundo, o diabo, a morte e o inferno foram destruídos pelo triunfo
do Cordeiro de Deus: “...mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).
Então, querido leitor, veja bem que não trago uma péssima notícia, mas sim as
boas novas do céu! No pecado o homem vagueia na incerteza, pois o pecado lhe
algemou na escuridão. A salvação que há no Filho faz o homem mirar pela fé a
glória eterna que lhe aguarda!
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